COMENTÁRIO BÍBLICO DE APOCALIPSE AS SETE IGREJAS
PÉRGAMO – APOCALIPSE 2. 12 a 17
NOME DA CIDADE
Pérgamo
ficava setenta e cinco milhas de Esmirna, e quinze milhas do Mar Egeu. A
moderna Bergama, tem seu nome perpetuado no termo Inglês “parchment” – Frances “parchemin”
– Holandês “perkment” – Espanhol “pergamino” e Português “pergaminho”. Nos dias de hoje essa
cidade ainda existe, El se chama “Bergama”,
e é habitada pelos gregos e turcos.
A
expressão ilustra um antigo pergaminho, onde o povo, devido um comércio
embargado, não podendo comprar produtos de papel que era feito das folhas de
papiro do Egito, preparava peles de animais com o propósito de escrever.
O
papiro era extraído da poupa de um arbusto que crescia em grande quantidade nas
margens do rio Nilo. Extraía-se o miolo desta planta, que era alisada e
prensada de modo a formar folhas que por sua vez eram polidas numa de suas
superfícies. O resultado era um material muito parecido ao papel “Madeira ou Manila”, que se usava quase
universalmente para escrever.
A
cidade não apenas negociava essas peles, mas também abriu uma biblioteca que
chegou armazenar cerca de duzentos mil rolos, no mundo antigo somente a
biblioteca de Alexandria a superava. Veio centro cultural onde o conhecimento
era acumulado e aplicado.
Pérgamo
nunca pode obter a grandeza comercial de Éfeso e Esmirna, mas era um centro
cultural que ultrapassava essas duas outras cidades.
Como
Pérgamo conseguiu formar uma biblioteca tão grandiosa? No terceiro século a.C
ore o de Pérgamo Eumenes quis tornar a biblioteca da cidade a mais importante
do mundo antigo. Convenceu Aristófanes de Bizâncio, que era bibliotecário em
Alexandria assumir a biblioteca de Pérgamo. Ptolomeu, rei do Egito irou-se por
Aristófanes ter aceito tal convite que proibiu a importação de papiro a
Pérgamo, mas isso não impediu que seus planos tornassem realidade. Foi diante
desta situação que os estudiosos de Pérgamo inventaram o “pergaminho”, que se faz alisando e encerando o couro sendo possível
escrever em uma das superfícies. A descoberta foi um sucesso nos tempos
antigos, pois esse material e tornou-se de melhor qualidade para escritura, e
durante muito tempo esse material foi usado e exportado para outras nações,
depois o papiro substituiu o papiro tornando-se universal em uso para
escrituras. Pérgamo então, glorificava-se em seu conhecimentos e sua
cultura.
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HISTÓRIA DA CIDADE
Por
volta do ano de 282 a.C, Pérgamo foi designada a capital do reino Selêucida,
uma das divisões do império que Alexandre o Magno deixou a morrer. Foi a
capital desse reino até 133ª.C, quando Átalo III em seu testamento legou seu
reino a Roma. Com o território do reino Selêucida que Roam formou a província
da Ásia, e Pérgamo segui sendo sua capital, e por quatrocentos anos desfrutou
deste título.
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SUA LOCALIDADE
Localizada
numa elevação de cerca de mil pés, sobre uma elevada colina cônica que dominava
o vale do rio Caico; de sua parte mais alta podia ver-se o Mediterrâneo a vinte
e cinco quilômetros de distância. Pérgamo servia como fortaleza que dominava
uma zona rural. Era uma cidade que desfrutou de proeminência durante séculos
antes que os romanos a invadissem e fizesse dela uma província.
Sua
localização geográfica fazia que Pérgamo fosse ainda mais impressionante.
William Ramsay, um erudito viajante contemporâneo, descreve-a da seguinte
maneira: “Dá a impressão de uma cidade
real, como nenhuma outra das cidades da Ásia menor, é tão proprietária de si
mesma ....”
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RELIGIOSIDADE
Pérgamo
era conhecida como um centro religioso, com templo a “Zeus, Atenas, Nicéfora, Dionisio Catégemo, e Asclépio”. Construído
sobre uma saliência fronteira ao templo de Atena, onde estava o templo de Zeus.
Era o mais esplêndido dos monumentos religiosos por causa de sua altura.
Asclépio era o deus da cura, e atraía o interesse de incontável multidão que
sofria de males físicos. Seu símbolo era a serpente, o qual ainda decora hoje
os emblemas de medicina.
Foi
no ano de 240 a.C. que a cidade levantou um consagrado a Zeus, esse foi erguido
devido uma vitória que os habitantes de Pérgamo teve contra uma invasão dos “Gálatas ou Galos”, povo considerado
bárbaro e selvagem. Tinha o altar quatorze metros de altura, e estava
localizado numa rocha sobre a colina, durante todo dia elevava-se do “trono de Zeus” fumaça de sacrifícios a
ele. Sugeriu-se que esse altar é o que no Apocalipse se domina “Trono de Satanás”
Em
129 d.C os romanos conquistaram a cidade de Pérgamo, e construíram um templo
que mais tarde foi dedicado a Augusto e a Roma, introduziram o culto a Cezar.
Templos dedicados a Trajano e a Severo
foram construídos bem depois. O culto ao imperador tinha o centro em Pérgamo, e
por tempo a cidade rivalizou com Esmirna e com Éfeso, pois lhe foi dado o
privilégio de designar um administrador ou guardião “neokoros”, do templo. Chegou a ser também o primeiro centro romano
da província da Ásia. O prôconsul que tinha a residência ali mantinha o poder
da espada para determinar se uma pessoa viveria ou morreria.
A
palavra “soter”, aplicada a Zeus e a
Asclépio, significa “salvador”.
Diante d seu Salvador, Jesus Cristo, era impossível para os cristãos
reconhecerem esses deuses como salvador. Além disso, jamais podiam recitar o
moto “Cezar é Senhor”, por que para
eles o titulo de Senhor era reservado exclusivamente a Jesus Cristo.
Em
vez dos duzentos mil rolos da biblioteca de Pérgamo, os cristãos manuseavam
apenas as Escrituras. Em lugar dos numerosos templos, não tinham templo e
diziam que sua comunhão cristã e seus corpos físicos serviam como templo do
Espírito Santo – I Coríntios 3.16 e 6. 19 – Em vez de cura de Asclépio, os
cristãos ensinava que Jesus era seu médico.
Por
sua recusa em comprometer-se, os cristãos eram ridicularizados pelos romanos e
outros que os chamavam “christiani”
pelos judeus que os rotulavam de “nazarenos”.
Eram culpado de infidelidade a Roma, escarnecidos, acusados de sedição,
perseguidos e assassinados. A despeito da perseguição e inclusive por causa
dela, a igreja cristã continuava florescendo e crescia em números.
Em
Pérgamo, os cristãos enfrentavam diariamente as pressões de uma sociedade pagã.
Caso se recusassem aceitar o convite para participar de uma festa em honra a
uma divindade pagã, não só seriam evitados, mas perderiam seu emprego ou
negócio. As pessoas os consideravam indignos de viver nesta terra. Mas para os
cristãos fiéis não há nada acima de seu Senhor, nenhuma lei humana que assuma
precedência sobre a lei de Deus e nenhuma doutrina que suplante o evangelho.
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A CARTA – A
PÉRGAMO – APOCALIPSE 2. 12 a 17
O TRONO DE
SATANÁS
Chegamos
agora à igreja de Pérgamo, que adaptou-se ao mundo, desfrutando de seu conforto
e participando de seus vícios. Perdeu sua espiritualidade, ao ponto ser chamada
“Trono de Satanás”.
Profeticamente
falando, a carta à igreja de Pérgamo fala do “paganismo” em geral das igrejas. Historicamente,
isso também aconteceu em muitas igrejas da Ásia Menor. O gnosticismo, o
misticismo oriental e heresias que se misturavam com elementos do antigo
judaísmo, do cristianismo, da filosofia e mitologia grega, assediou a igreja
por cento e cinquenta anos.
Por
isso nos dias dos Apóstolos se escreveu tanto sobre o assunto. Oito livros
foram escritos para combater essa heresia – Colossenses – I Timóteo – II
Timóteo – Tito – I João – II João
e III João – Judas. Além desses na epistola aos Efésios e no evangelho de João
e em Apocalipse encontramos lugares onde essa heresia é aludida e combatida.
Esse
tipo de paganismo que historicamente tanto prejudicou a igreja cristã, embora, sempre tem havido elementos do gnosticismo que sobrevivem
em qualquer era da igreja, e em quase todas denominação evangélica nos
dias atuais nos deparamos com essa praga. Através do gnosticismo “a imoralidade
sexual”
PRIMEIRO – A
VIOLÊNCIA
Apocalipse 2. 12 – “Ao anjo da igreja em Pérgamo
escreva: Estas coisas diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes:”
“Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve ...”
– Há quem queira atribuir a carta a algum ser angelical que ministram à igreja,
controlando seus ministros, servindo de mediadores espirituais. Outros pensam
que se trata de uma pessoa enviada as comunidades cristãs levando copias do
livro de Apocalipse, não é provável que se trate de cristão itinerantes e sim
membros alguém permanente vinculado a igreja. O Apostolo João foi instruído a
escrever uma breve carta endereçada aos pastores das igrejas da Ásia Menor,
vemos a mesma saudação as sete igrejas Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira,
Sardes, Filadélfia e Laodicéia.
“... da igreja ...” – 1. Sendo elas
em número de sete, representando a igreja universal, bem como a igreja cristã
estabelecida na Ásia Menor;
2. O número sete, por ser um número
místico, foi usado propositalmente por João. Assim é que neste livro, também
temos sete selos, sete julgamentos por trombetas, sete personagens, sete visões
dos adoradores do Cordeiro e da besta, sete juízos das taças, sete visões sobre
a queda da babilônia, sete visões de como satanás será derrubado do seu reino e
destroçado. Por isso a tradição visa a mensagem divina enviada à igreja
universal, misticamente representada pelas sete igrejas da Ásia Menor;
3. É possível que as sete igrejas
representa, profeticamente, sete estágios da história da igreja cristã, até ao
tempo de segunda vinda de cristo;
4.
Essas sete igrejas representam as condições espirituais das igrejas
cristãs em qualquer época histórica;
5. Sete igrejas literais daquela época
que precisavam instruções as quais estão contidas neste livro. Portanto,
Apocalipse em parte é um livro histórico. Supomos que muitas de suas profecias,
a começar do quarto capítulo deste livro, também representam condições existentes nos fins do
primeiro século de nossa era, bem como dos primórdios do segundo século;
6. Se desenharmos um mapa dessas cidades
na ordem que aparece no décimo primeiro versículo, descobriremos que ele forma
um circulo, que é igualmente sinal da perfeição. É possível que João tenha
propositalmente escolhido essas cidades a fim de formar um circulo geográfico,
desta maneira representando a igreja universal;
“... em Pérgamo ...” – Alguns
escritores atribuem o nome da cidade devido haverem sido os inventores do
“papiro”, outros já relacionam o titulo da cidade devido a beleza dos prédio
ali existentes, acreditam que a palavra esta relacionada a “pargos” isto é “torre ou castelo fortificado”. Pérgamo era a cidadela de “Tróia”. Sua suposta significação de “casada” não é apoiada nos dicionários. É
verdade que a igreja entrou em matrimônio com o mundo, quando ficou sob favor
imperial, mas tal significado não ilustra o nome da cidade.
Existia uma antiga forma de adoração ao
diabo, era sede de um antigo culto de mágicas babilônicas, e tornou-se
importantíssimo centro de propagação do culto ao imperador, que era apenas
outra forma de falsa religião, usada pelas forças satânicas. Tornou-se sede de
quatro dos maiores cultos pagãos, a saber, de Zeus, de Atena, De Dionisio e de
Asclépio. Também estabeleceu ali culto dos Magos, de origem babilônica.o
sacerdote desse culto era “Pontifex
Maximus”, o principal Construtor da Ponte do home e os poderes superiores,
os quais tornavam objetos de adoração. Os habitantes de Pérgamo eram chamados
de “Gurdiões do Templo” da Ásia
Menor.
A alusão que temos neste capítulo ao “Trono de Satanás” é devido a esses
cultos. Satanás impulsionava os homens a adorarem um mero homem; esse era seu “ardil” naquele tempo.
Todas as principais estradas da Ásia
ocidental convergia
“...
escreve ...” – A ordem de escrever ocorre por treze vezes neste livro –
(Apocalipse 1.11 e 19 – 2. 1,8,12 e 18 – 3. 1,7 e 14 – 10. 4 – 14.3 – 19.9 e
21.5), uma vez em cada uma das sete cartas. O intuito do Senhor era que a
revelação fosse preservada; e até a forma escrita é a melhor maneira de
preservar uma comunicação. – Habacuque 2.2 – “Escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para que a pessoa que a passa
ler até quem passa correndo”
As
visões de Apocalipse foram escritas a fim de serem publicadas. Sua mensagem
merecia publicidade. Somente no caso dos sete trovões no que concerne ao livro
de Apocalipse – é que seu significado deveria ser selado – Apocalipse 10.4
Quem manda o Apóstolo escrever ao anjo da igreja é
Jesus Cristo
– Essas cartas constituem exclusivamente das palavras de Cristo, mas
diferentemente das parábolas, ou sermão do monte, foram ditadas dos céus,
depois de que ele ressuscitou e foi glorificado. Essas palavras são únicas
registradas em seus discursos que chegaram até nós. Elas chegaram até nós com
admoestações sete vezes reiterada, de que devemos ouvi-las e guardá-las no
coração.
“...Estas
coisas ...” – Isto é, o conteúdo da carta que segue, com sua
advertência e promessa.
“...
diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes ...” – Cada uma das
sete cartas conta com uma descrição distinta de Jesus Cristo, que se adapta ao
caráter da igreja. Em Apocalipse 1. 6 – lemos a mesma expressão, tratando de um
poderoso símbolo místico. É obvio que o significado é primário e é um juízo
severo, ameaçador e em potencial. Tal juízo cairá sobre os perseguidores da
igreja, os quais, historicamente eram os romanos que impunham aos cristãos o “culto ao imperador”, sob pena de
encarceramento ou morte se não houvesse tal adoração aquela suposta divindade.
Não
era o prôconsul romano ou o governador que decidia sobre a questão de vida ou
morte, mas Jesus decidia com a espada afiada de dois gumes que saia de sua
boca, que é a palavra procedente de sua boca.
A
mesma expressão esta registrada na palavra – “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante que qualquer
espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma do espírito, junta
e medulas, e é apta para discernir pensamentos e propósitos do coração” –
Hebreus 4.12 – Em Apocalipse 19.14 e 15 vemos o Senhor Jesus assentado sobre um
cavalo branco, e da sua boca sai uma espada afiada para com ela julgar as
nações anticristãs. Apocalipse 19.21 também diz que alguns foram mortos com a
espada que saia daquele que estava montado no cavalo. A espada de dois gumes é
a Palavra de Deus, sim, ele mesmo é a Palavra de Deus. – “E o Verbo se fez carne e habitou no meio de nós ....” – João 1.14
O
décimo sexto versículo deste capítulo dá apoio a essa interpretação, pois, a
menos que aqueles cristão se arrependessem, Cristo se voltaria contra eles com
a espada que sai de sua boca. A espada aguda não é instrumento de julgamento
penais externos, e, sim, órgão dos julgamentos de espírito. - Efésios 6.17 e João 16.8.
Apocalipse 2. 13 – “ Conheço o lugar que
habitas; onde está o trono de satanás, e que conservas meu nome e não negastes
minha fé, anda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi
morto entre vós, onde satanás habita.”
“Conheço o lugar que habitam ...” –
Jesus não dirigiu essas palavras a nenhum turista, mas a residentes permanentes
que cresceram em Pérgamo, e tinham suas raízes fincadas naquela cidade. – I
Pedro 1.1.
Essas palavras foram ditas, porque o
lugar em que habitavam era repleto de maldade e de provação, o que poderia
impulsionar aqueles cristãos à apostasia ou, ao paganismo.
Essa expressão é algo semelhante a frase
“conheço as tuas obras” que é frase
comum à maioria dessas sete cartas. O saber o lugar onde eles habitavam era
equivalente a saber qual o caráter que resultava neles. É de suma importância
notar que em ambas expressões o que Deus esta querendo dizer é que: “Não há nada que possa ficar oculto diante de
seus olhos que tudo vê, que seus ouvido tudo ouve e a sua onipotência que tudo
perscruta.” – Salmo 139.
“... o trono de satanás ...” – Isto
é, o lugar onde satanás exerce autoridade, como se fora rei. A palavra “Thronos” do grego é usada no Novo
Testamento com sentido de “trono real”
ou com sentido de “tribunal judicial ”–
Lucas 1. 32 e 52 – Mateus 19. 28. Também faz alusão aos elevados “tronos de poderes angelicais” ou
próprios governantes humanos – Colossenses 1.16.
Satanás parece ter superioridade até que
compreendamos que o Apocalipse contrasta Deus e satanás. Jesus se assenta no
glorioso trono celestial de sue pai – Apocalipse 3.21 – satanás governa seu
trono de trevas – Apocalipse 16.10.
A palavra “trono” aparece quarenta e duas vezes em Apocalipse, quarenta delas
se refere ao trono de Deus, e duas, ao trono de satanás e da besta. Em outros
termos, não é satanás que governa, e sim Deus está no controle do universo.
Qual é o significado do trono de
satanás? Há pelo menos seis interpretações a seguir:
1. Pode ser a colina que havia por detrás
da cidade, com trezentos metros de altura, qual havia muitos templos e altares.
Essa colina poderia ser o trono de satanás, em contraste com o “Monte do Senhor” – Isaias 14.13 –
Ezequiel 28. 14 a 16;
2. Outros estudiosos pensam que alusão
ao gigantesco altar dedicado a Zeus Soter, erigido uma imensa base a duzentos
metros acima do nível da cidade;
3. Também poderia haver alusão a um
dentre vários templos construídos com o propósito de oficializar o culto ao
imperador em Pérgamo;
4. Também a alusão a própria cidade de
Pérgamo, pelo que era um lugar especial da manifestação das falsas religiões de
satanás;
5. Essa explicação desfruta de méritos,
porque o símbolo de Asclépio é uma serpente, e na escritura satanás é
tipificado como uma serpente – Gênesis 3.1 – Apocalipse 12.9 e 20.2 –
Personificado no deus Asclépio, satanás prova ser o grande enganador como
aquele que cura as doenças e salva o povo.
6. Pérgamo era o centro do culto ao
imperador. Os cristãos que se recusavam a reconhecer Cezar como senhor de deus,
enfrentavam confisco de suas propriedades, exílio e morte. Se considerarmos que
Antipas foi morto e João exilado por causa do testemunho de Jesus, essa
explicação se adéqua ao contexto perfeitamente.
Contudo é impossível determinar
exatamente a alusão do vidente João neste particular. Sem duvida, foi entendido
por sés leitores originais. O paganismo fanático que havia em Pérgamo era
controlado por satanás isso é bem claro para nós.
“... e que conservas o meu nome ...”
– A despeito do poder das forças pagãs, apesar das perseguições do governo
romano, um havia um povo que continuava fiel a Cristo como seu Salvador. Apesar
de que Cristo continuar sendo-lhes Senhor, toleravam um evangelho sem qualquer
imperativo moral, permitiam a carnalidade até mesmo entre os líderes da igreja.
“... nome ...” – Esse termo fala
sobre o que Cristo significa. Ele é o cabeça. O senhor, a única autoridade
absoluta da igreja. Continuavam confessando o nome de Cristo, não haviam
substituído pelo nome do imperador romano, e se recusavam a tomar parte no
culto ao imperador.
No contexto aspecto profético da cara
essa igreja se recusava a aceitar o Cristo falso, postulado pelos gnósticos, o qual
não era o verbo encarnado, apenas uma dentre muitas encarnações angelicais,
mediadoras e pequeninos deuses. Assim estavam firmados no Cristo de encarnação,
o Verbo divino e o humano fundidos em uma só Pessoa, o qual é o criador de
todos poderes angelicais.
“...
conservas ...” – Isto é, apegas-te, com lealdade continuando a propagar
a verdadeira posição acerca da pessoas de Cristo e a fé espiritual. O termo
grego “krateo” pode significar tão
somente “preservar” mas neste ponto
devemos preferir a idéia de “apegar-se”,
isto é, apegar-se aquilo que Cristo era e significava para aqueles cristãos, em
face das mentiras gnósticas.
“...
não negaste a minha fé ...” – Essa idéia pode ser: 1. A confiança
pessoal ou outorga da própria alma a Cristo – 2. Pode indicar virtude, da
confiança diária em Cristo – 3. O credo religioso.
“...
nos dias de Antipas ...” - N os tempos sob maiores provações, em meio
às ameaças, sofrimentos, privações e a própria morte, aqueles cristãos se
conservaram fieis ao Senhor, recusando-se a buscar proteção aos supostos
protetores divinos, “os guardiões do
imperador”
“...
Antipas ...” – Pouquíssimas informações se tem a respeito desse
personagem, exceto o que retrata aqui. É possível que seu nome signifique “Contra Todos”, ou alguma abreviação de “Antípater”. Supomos que era líder ou
representante de seu povo, ou até mesmo o Pastor da igreja de Pérgamo, tendo
sido escolhido para martírio, como advertência para os demais cristãos de
Pérgamo.
Um certo
historiador conta-nos que certo homem chamado Antipas que era bispo de Pérgamo,
o qual nos tempos de Domiciano, foi fechado dentro de um boi de bronze e
aquecido ao rubro. Seu corpo foi cozido literalmente. Diz-se que terminou seus
dias em louvor e oração. É possível ser autentica tal lenda.
“...
minhas testemunhas ...” – O vocábulo grego “martus” originalmente significa “testemunho”, mais tarde, visto que tantas testemunhas cristã se
tornaram mártires, a palavra veio tomar este sentido.
“...
meu fiel ...” – Antipas seria uma testemunha fiel. Isso reflete o
terror das perseguições sob Domiciano, que estavam em processo quando este livro
foi escrito. Antipas foi fiel por ter-se mantido leal a Cristo, em tempos
adversos, porquanto não negou sua fé e não quis mostrar submissão ao imperador,
como se fosse deus.
“...
foi morto entre vós, onde satanás habita ...” – Antipas foi vitima de certa
forma de satanismo, o qual prevalecia em Pérgamo. A maioria das razões
verdadeiras que um homem mata outro é
por motivos de diferenças religiosas, é a influência e a inspiração satânica.
“...
onde satanás habita ...” – Satanás pode encarnar-se em um homem, em uma
comunidade ou em uma assembleia cristão local, tal como Cristo pode vir fazer
morada em Cristãos individuais e em igrejas locais.
Vivendo próximo a residência de satanás,
os seguidores de Cristo podem nutrir a expectativa de enfrentar tanto
perseguição quanto a morte. Sucede que sua habitação e a de satanás vem ser a
mesma. Os cristãos de Pérgamo eram vizinhos do diabo, dividiam o mesmo espaço
físico! Enquanto seus vizinhos sacrificavam aos demônios os discípulos
reconheciam o único Deus como Senhor. – Coríntios
10.9 – de
modo que o maligno está sempre presente espiritualmente. Jesus, porém, disse a
seus discípulos que estão no mundo, porém não pertencem ao mundo – João 17. 14
e 18.
Ele designa seu povo levar a mensagem de
salvação por toda a parte desta terra conturbada. Como vitorioso, ele tem dito:
“Mas tenham bom ânimo! Eu venci o mundo.”
– João 16.33 –
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SEGUNDO
– A CENSURA
Apocalipse 2.14 – “Tendo todavia, contra
ti algumas coisas, pois tens ai os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual
ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem
coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição.”
“Tenho
todavia, contra ti algumas coisas ...” – Esperávamos ouvir dos abios de
Jesus palavras de encorajamento; e m vez disso, ouvimos palavras de censura. A
igreja de Pérgamo foi reprovada, por causa das fraquezas demonstrada. Jesus
fala da falta de resistência diante do falso ensino e conduta no seio da
congregação. Os cristão estavam tolerando mestres que difundiam suas doutrinas
insidiosa, e ouve falha em expulsá-los da igreja. Aquele falsos mestres estavam
espalhando células cancerígenas em um corpo sadio, era preciso tomar alguma
atitude antes que fosse tarde demais. Enquanto a igreja de Éfeso exercia
disciplina, a igreja de Pérgamo estava adormecida diante tamanha maldição.
“...
pois tens ai os que sustentam ...” – Essa expressão significa que
tinham logrado acesso na igreja e tinham sido aceitos como membros, ou que eram
influenciados por pessoas que eram de fora da igreja II Pedro 2.15 Judas 11
“... a
doutrina de Balaão ...” – Jesus chama atenção para história de Balaão e
de Balaque, registrada no livro de Números capítulos 22 a 25. Presumimos que os
cristão de segunda e terceira geração de Pérgamo estavam suficientemente
familiarizados com o relato da história de Israel, não carecendo de que o
escritor fizesse um descrição detalhada.
Historicamente,
tanto os Nicolaítas como os seguidores de Balaão, provavelmente representavam
formas licenciosas do gnosticismo, porquanto foi a heresia a começar no tempo
dos apóstolos, e durante cento e cinquenta anos assaltou à igreja cristã. Esse seita
foi severamente combatida em todo Novo Testamento, a saber: Colossenses, as
três epistolas pastorais de Paulo, as três epistolas, João e Judas no evangelho
de João e Apocalipse. Doutrina essa que negavam a verdade da encarnação de
Cristo, a fusão da natureza divina e humana de Cristo e negavam a morte
expiatória de Cristo; faziam de Cristo apenas uma emanação angelical e um
pequeno deus entre muitos outros. Para
os gnósticos Jesus era penas um Mártir, e não salvador, Jesus teria
recebido o espírito de Cristo no momento de seu batismo abandonando-o na
crucificação.
Balaão
tronou-se símbolo de todos que ensinavam e encorajavam o povo de Israel e
envolver-se com a idolatria, o que, naturalmente, incluía os vícios pagãos que
acompanhavam esse sistema, como sejam os excessos da gula, do alcoolismo e da
prostituição. Balaão foi inimigo declarado de Deus, professava adorar a Deus,
mas traiu o povo antigo levando-o a aceitarem ideias pagãs, tendo assim tentado
destruir o caráter deles como um povo separado. Os seguidores de Balaão nos
tempos cristãos não possuíam integridade de alma. Podem ser indivíduos
religiosos, mas se caracterizam por defeitos vastos e sérios em sua vida
espiritual, e terminam por exercer uma influência negativa sobre a maioria das
pessoas, aos invés de contribuírem para piedade.
Depois
da tríplice falha de Balaão e não poder amaldiçoar o povo de Israel, Balaão
tentou corrompe-los, levando os varões a ter relações sexuais com mulheres
Moabitas, a comer alimentos sacrificados a ídolos e adorar deuses pagãos, assim
manchando a separação deles. Assim produziu a união da igreja com o paganismo,
exatamente o acontecia na igreja de Pérgamo. O culto do imperador tentava os
cristãos a transigirem com idolatria; mas o gnosticismo parece ter sido a
principal força que buscava corromper a moral da igreja cristã. A imoralidade
dos líderes da igreja e por conseguintes, nos seus discípulos, era aceita como
normal na ética cristã.
“... a
armar ciladas diante dos filhos de Israel ...” – Balaão, literalmente procurou levar os israelitas a adorarem ideias
pagãs, a tomarem esposas pagãs, e se envolverem na idolatria e seus vícios.
Primeiro,
sugeriam que aos cristãos era perfeitamente aceitável que comessem carne que
bem sabiam tinham sido sacrificada a ídolos. Se bem que os cristão não deviam
perguntar a origem da carne vendida no mercado – I Coríntios 10.25 – porém sua
consciência não lhe permitiam participar de festas dedicadas a ídolos.
Segundo,
os Nicolaítas sugeriam que os cristãos se envolvessem em imoralidade sexual.
Entretanto, os cristãos sabiam que a lei de Deus os barrava a envolver-se com
relação extraconjugal. Estavam plenamente cientes das numerosas prostitutas
existentes nos recintos do templo que os seduziam a pretexto imoral.
Terceiro,
os seguidores de Balaão insistiam com os cristãos a sacrificarem um animal no
culto oferecido ao imperador. Diziam que esse sacrifício só acarretaria a
queima de uma parte insignificante do animal,
deixar o resto para festa que seria desfrutada pelos cristão com sua
famílias e amigos. Uma vez mais, os seguidores de Cristo sabiam que não podiam
cultural a Cristo e Cezar simultaneamente.
O
termo grego aqui usado é “skandalon”, “armadilha”,
ou qualquer coisas que alguém “tropeçar”
ou “cair” o ardil de satanás
constituiu do atrativo de mulheres pagãs, dos deleites pervertidos da adoração
pagã. Satanás tem usado de tentações e age com armadilha. Transformam-se então
em vícios que são extremamente difíceis de extirpar.
A
mulher licenciosa tem manoplas de ferro, suas vitimas não conseguem escapar com
facilidade. O homem licencioso tem vícios de aço, que oprime seu cérebro, não
podem ser libertos facilmente. Esses são os ardis das influências de satanás,
essas coisas podem cativar até mesmo os líderes da igreja, tal como sucedeu em
Pérgamo e continua a acontecer até hoje. O poder do evangelho, desta maneira, é
anulado.
Desta
maneira envolver-se com atos sexuais com prostitutas do templo, comer alimentos
consagrados e oferecer sacrifício a deus estranhos é uma violação ao Decágo,
Deus dissera: “Você não terá outros
deuses diante de ti” – “Você não se
curvará diante deles nem adorarás” – “Você
não cometerá adultério” – Êxodo 20.3,5 e 14 – “que vos abstenhais das cosas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue,
da carne de animais sufocada e das relações sexuais ilícitas; destas coisas
feri bem se vos guardares. Saúde” – Atos 15.29
“...
para comer coisas sacrificadas aos ídolos ...” – O comer coisas sacrificadas aos ídolos é algo que pode ocorrer
em mais de uma maneira. As carnes podiam ser vendidas nos mercados após terem
servido a seus propósitos, nos templos pagãos. O cristão pode adquirir essa
carne, sem sabê-lo, ou mesmo sabendo do fato. Para Paulo, essa possibilidade
era indiferente, enquanto algum irmão mais escrupuloso não fizesse objeção,
ofendendo-se porque alguém comia dessa carne. – I Coríntios 8
Todavia,
outros cristãos entravam nos templos pagãos, convidados por seus vizinhos para
alguma festividade em honras a outros deuses, patronos ou templos e questão. Se
um cristão agisse assim sua ação era reprovada.
Além
disso Paulo relembrou aos cristãos que, adoração pagãs na realidade tem
demônios por trás da mesma. De fato, o ídolo nada é, mas é possível que através
do ídolo algum poder espiritual negativo real esteja sendo adorado, como um
demônio. – I Coríntios 10.18 a 21 – Romanos 14. 19 a 23
Era
comum a idolatria ser vista no judaísmo com símbolo extremo e físico de
adoração aos demônios, em que estes recebiam homenagens dos homens. Portanto,
honrar um ídolo em qualquer sentido, também é honrar o poder espiritual por
detrás dele. No tempo da perseguição a questão tornava-se mais aguda. Provar os
vinhos das libações oferecido aos deuses pagãos, ou comer das carnes a eles
oferecidas, eram considerados homenagem as tais divindades, em cujo templos
essas festividades tinham lugar.ao mesmo tempo, tal ação indicaria que o
individuo que assim se portava, estava renunciando ao cristianismo.
Algumas
ideias complementares a respeito desse
décimo quarto versículo:
1.
Satanás ao fracassar na tentativa de derrubar a igreja mediante perseguição nos
dias de Esmirna, agora procurava enganar à igreja de Pérgamo, arrastando-s a
idolatria, e a fornicação.
2.
O caminho de Balaão referente a à predição feita em troca de dinheiro ou
vantagem, como se o evangelho fosse m meio de vida. Isso também invadira a
igreja da época.
3.
Os seguidores de Balaão, Nicolaítas, gnósticos eram provavelmente todos a mesma
categoria de pessoas.
4.
As mulheres moabitas levaram os homens israelitas primeiramente a relação
sexual ilícita, e em seguida a homenagearem aos deuses pagãos, isto é
idolatria.
5.
O pequeno bolo de fermento pode levedar a massa inteira, e aquele que tinham
sido corajoso até a morte, quando foram perseguidos, tinham se mostrados mais
resistentes as influência sedutora do mundo.
6.
Em Éfeso não eram tolerados homens maus, e Pérgamo os homens maus tinha
assumido posição de liderança da igreja – Contrastar Apocalipse 2.2 com 2.14 e
15
7.
Observamos as imundícias do espírito e da carne, com frequência andam juntas.
As doutrinas corruptas e a adoração corrompida com frequência conduzem à
corrupção das maneiras. Cada doutrina faz o seu próprio ninho. – Matthew Henry.
Apocalipse 2. 15 – “Outrossim, também tu tens o que
da mesma forma sustentam a doutrina dos Nicolaítas.”
“...sustentam a doutrina dos Nicolaítas ...”
– Não há como identificar com absoluta certeza quanto a quem é referida tal
seita. Portanto temos alguns idéias a respeito delas.
1.
O vocábulo significa “dominadores do povo”. Na opinião de alguns seriam os
leigos. E daí tiram a suposições que está em foco a manifestação inicial das
ordens sacerdotais ou clero. Neste caso seria aqui combatida a formação do um
clero profissional, e; no décimo quinto versículo deste texto.
2.
Alguns associam a seita a Nicolau, prosélito de Antioquia, um dos sete
discípulos originais de Jerusalém. Alguns acreditam que ele se desviou da sua
genuína vocação eclesiástica – Atos 6.5. Pensa-se que ele tornou-se líder de
alguma seita gnóstica anônima. Parece ter participado de festas idólatras,
incorporado imoralidade e sensualidade em suas práticas, no que seguem a
tradição gnóstica.
3.
Em épocas posteriores houve uma seita gnóstica conhecida por “os Nicolaítas” a
qual é mencionada por Tertuliano que também era da índole gnóstica. E Clemente
de Alexandria a as Construções Apostólicas juntamente com Vitorismo fizeram a
tentativa de mostrar que essas duas seitas não tinham nenhum vinculação entre
si essa posição é quase certamente correta, ainda que alguns intérpretes tenham
imaginado a identificação das duas. O livro de Apocalipse foi escrito antes
desse tempo, para referir-se à segunda dessas seitas do mesmo nome.
4.
Podemos pensar que Nicolau aqui em foco foi um personagem histórico, que
residia em Éfeso ou naquela área geral, embora não devia ser identificado com
do mesmo nome que era de Jerusalém.
5.
Finalmente há aqueles que supões que não devemos imaginar que Nicolau fosse o
nome de alguma pessoa real viva, ou seja, tudo não passa de um titulo dominador
do povo ou destruidor do povo, da igreja cristã dali. É certo que esteja em
foco algum centro gnóstico agindo dessa forma.
Muitos
interpretes identificam os Nicolaítas como seguidores de Balaão, aludido no
décimo quarto versículo deste capítulo, ou supõem que ambos os grupos eram
apenas representantes locais de uma mesma seita herética gnóstica. O que
provavelmente isso seja correto.
Os
cristão de Éfeso abominavam às ações dos Nicolaítas, não permitindo que a
lassidão moral penetrasse na igreja, não aprovando os líderes cuja vida moral
fossem corrupta, de acordo com os padrões pagão. Em contaste com isso a igreja
de Pérgamo não somente aceitava em sua comunhão tais elementos, que permitiam
que se tornassem líderes influentes.
Entendemos
que o foco principal dessa seita era, seduzir mulheres tolas das igrejas, e
incentivá-las ás práticas imorais. As mulheres se permitia, e até encorajava
viverem carregadas de pecado conduzida por diversas paixões. – II Timóteo 3.6
Ao que prece os seguidores de Balaão e
os Nicolaítas parecem ter sido classificada uma única categoria. É preciso que
vejamos Satanás em ação como o grande enganador, porque as intenções de Balaão
e seus seguidores, bem como a dos Nicolaítas, são idênticas: Balaão visava
derrotar os israelitas com m estilo de vida enganoso, e os Nicolaítas
penetravam a igreja com ensinamentos e práticas enganosas. O primeiro vocábulo
parece envolver a idéia de “consumidor do
povo”, e o outro, “destruidor do povo”.Alias
os que sustentam as duas seitas em questão, ao que nos parece se tratar das
mesmas pessoas, que defendiam ambas doutrinas.outros acreditam estar em foco
duas seitas distintas, porém agindo em unidade com poderes satânicos para
destruir a igreja.
Outras
ideias sobre o décimo quinto versículo deste capítulo:
1.
Não é denunciado aqui o mero mundanismo, a imoralidade pagã conseguira invadir
fortemente a igreja, tentando transformá-la em um completo templo suas
prostitutas, idolatria e sacrifícios aos homens mortais;
2.
O adultério e a fornicação de toda sorte de licenciosidade carnal, para eles
não era pecado, pois afirmavam que a morte do corpo libertaria a alma de toda a
condenação. O comer coisas oferecida aos ídolos e a participação nas
festividades e orgias pagãs, não eram práticas errônea a seus olhos. Também não
hesitavam em introduzir ritos pagãos na adoração cristã – I Coríntios 6. 17 e
18;
Apocalipse 2.16 – “Portanto, arrepende-te; e, se não
a ti venho sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca.”
“...
arrepende-te ...” – O verbo “arrepender”
aparece doze vezes no livro de Apocalipse, cinco vezes nas cartas as sete
igrejas da Ásia Menor – Apocalipse 2.5,16,21
e 3.3 19.
O
arrependimento não consiste de mera mudança intelectual, de nova resolução, do
esforço humano no sentido de aprimoramento moral. Apesar do próprio termo do
grego significa “mudança de mente” o
uso do conceito, nas páginas do Novo Testamento, indica a “mudança da alma”,
isto é conversão, mediante o pode transformador do Espírito Santo. A conversão
é a operação do Espírito Santo sobre a alma, que modifica e leva ao abandono ao
pecado, dando inicio à sua transformação moral e metafísica, segundo a imagem
de Cristo. Isso quer dizer que o filho de Deus vai sendo literalmente duplicado
na vida de ser humano. Então é que podemos ir sendo gradualmente cheios da
plenitude do Pai. Visto que somente Deus é absolutamente e infinitamente perfeito,
assim devemos buscara estatura de varão
perfeito – Efésios 4.13.
“...
se não, a ti venho sem demora ...” – Não está em foco aqui a “parousia” que é, o segundo advento de
Cristo, porquanto isso imporá juízo contra cristãos e incrédulos, igualmente.
O
que está em foco aqui é, que os seguidores de Balaão e os Nicolaítas, ambos da
igreja cristão, foram advertido que, se não houvesse arrependimento, seriam
julgados por Cristo. Isso pode vir de modo pessoal histórico, ou poderá ocorrer
quando o julgamento eterno. É bem provável que João tenha incluído ambas idéias
em sua advertência.
“...
contra eles ...” – Todos os
membros da igreja de Pérgamo teria de se arrepender, e principalmente os
líderes, já que mostrava tolerante para tão grande mal, deixando-se macular elo
mesmo. Neste caso seria um arrependimento coletivo, mas os que tinham
introduzido tal maldade na igreja eram justamente aqueles que enfrentariam o
julgamento da terrível e coriscante espada do Senhor Jesus.
“...
pelejarei com a espada da minha boca ...” – Podemos ler a cerca a
espada em dois lugares – Apocalipse 1.16 e 2.12. Entendemos que essa não é uma
simples espada, instrumento de julgamento penais externos, nem de esgrima, e,
sim, órgão dos julgamentos de espírito – Efésios 6.17 e João 16.8.
Notemos
que essa espada faz parte da descrição do Senhor no tocante à igreja de
Pérgamo. Portanto, sobretudo acima daqueles cristãos pairava um terrível
julgamento. O Senhor lutará com a espada de dois gumes que procede de sua boca,
com ela, extrairá todo câncer da igreja. Os pervertidos mestre gnósticos, os
seguidores da doutrina de Balão e dos
Nicolaítas, os que estão servindo a Satanás e os que apoiavam tais práticas
desagradando a Deus.
O
julgamento pode assumir a forma de enfermidade física, ou de uma praga, ou
decorrência naturais destrutivas. Os indivíduos culpados haveriam de encontrar
desastres pessoais; ou haveria um juízo direto, infligido pelo Espírito Santo,
talvez na forma de enfermidade, morte, infortúnio, etc. É preciso lembrar que
Balaão morreu a espada – Números 31.8 – Mui apropriadamente, neste ponto que os
seguidores neotestamentário de Balaão ao ameaçados com a espada do Senhor. – A
espada aqui é usada para punir os desertores, bem como para conquistar a
vitória para os fieis.
______________________________________________________________________
TERCEIRO -
PROMESSA
Apocalipse 2. 17 – “Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e
sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele
que o recebe.”
“Quem
tem ouvidos ouça o que o Espírito diz as igrejas ...” – Essa frase foi
emitida pelos lábios de Jesus Cristo durante seu ministério terreno, porém aqui
aparece com um complemento “O que o Espírito diz a igreja”
ocorrendo em cada uma das cartas individualmente. – (2.7,11,17,29 e 3.6,13,22).
Trata-se de uma solene chamada, para que se aplique o que acaba de ouvir. Já
que Cristo é apresentado como quem fala, não admira que a forma de expressão
seja similar a declarações genuínas de Jesus nos evangelhos. – Mateus 11.15 –
13.9.43 – Marcos 4.9,23 – 7.16 – Lucas 8.8 – 14.35.
Essa
é uma expressão usada acerca de verdades radicais. As sete cartas deveriam ser
lidas nas igrejas – Apocalipse 1.3 – poucas pessoas poderiam lê-las
pessoalmente, mas todos poderiam ouvir a leitura dessas instruções. . Portanto
já que eram capazes de ouvir, porque seu aparelho auditivo estava em
funcionamento então, deveriam ter sabedoria de dar ouvidos e de pôr em prática
o que lhes estava sendo lido.
A
primeira parte dessa sentença é uma expressão que se refere ao ato de ouvir
mecanicamente ou fisicamente, ela vem acompanhada em dar ouvido.a segunda parte
é uma ordem para ouvir atenta e obedientemente as palavras do Espírito Santo.
Jesus fala através do Espírito como também se faz ouvir em outras passagens das
escrituras. – João 14.26 – 15.26 – 16.13 e14 – Atos 2.23.
Os
ouvidos que ouve. Um dos mas solenes estudos da Bíblia inteira é aquele que
concerne ao ouvido que ouve.
No
fim de quarenta anos passou no deserto, Moisés diz Israel que embora tivessem
visto tantos prodígios, Yahweh não lhes dera, com noção olhos para verem e
ouvidos para ouvirem – Deuteronômio 29.4 – E quando se achavam na Terra de
Canaã também não deram ouvidos aos mensageiros de Deus os Profetas, a Isaias –
“Ouvi, ouvi, e nada entendais, vede, vede
mas nada percebais, torna insensível o coração do povo endurecendo-lhes os
ouvidos e fechando-lhes os olhos, para que não venham ver com os olhos, a ouvir
com ouvidos e entender com o coração, e se convertam , e sejam salvos” –
Isaias 6.10 – O profeta Jeremias clama: “ouvi
agora isso, ó povo insensato e sem entendimento que tendes olhos e não vedes,
tendes ouvidos e não ouvis – Mas não lhe deram ouvidos nem atenderam, porém
andaram nos próprios conselhos e na dureza do seu coração maligno; andaram para
trás e não para diante desde o dia que vosso pais saíram da terra do Egito, até
hoje, enviei-vos todos os meus servos , os profetas, todos os dias, começando
de madrugada, eu vos enviei; mas não deste ouvidos, nem me atendestes; a cerviz
fizeste pior que seu pais” – Jeremias 5.21e 7.24 a 26
Essas
citações não da apenas lugar a interpretação fatalista , mas põem toda culpa
sobre o endurecimento do coração e o desprezo dos ouvintes.
Podemos
citar outras diversas passagens que refutarão no mesmo sentido – Ezequiel 12.2
– “Filho do homem, tu que habitas no meio
da casa rebelde, que tem olhos para ver e não vê, tem ouvidos para ouvir e não
ouve, porque é tu casa rebelde” - O
ouvir sem a devida reação positiva produz a ilusão fatal; a capacidade dos
homens se esquecem do que diz Tiago 1. 22 a 24 – “Tornai-vos pois, praticante da palavra e não somente ouvintes,
enganando-vos a vós mesmos, porque, se alguém é ouvinte da palavra e não
praticante assemelhar-se-ão homem que contempla, no espelho, o seu rosto
natural, pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de
como era seu rosto”
O
Senhor Jesus chegou até a dizer para seus discípulos, no barco – “...ainda não considerastes, nem compreendestes?
tendes o coração endurecido? Tendo olhos não vedes? E, tendo ouvidos, não
ouvis?” – Marcos 8.17 e 18
E
não podemos esquecer-nos do que fala o Apóstolo Paulo – “pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário,
cercar-se-ão de mestres segundo sua próprias cobiças, como que sentido coceira
nos ouvidos se recusarão a dar ouvidos, à verdade, entregando-se as fábulas”
– II Timóteo 4. 3 e 4.
Ora,
por nada menos do que sete vezes nos e por oito vezes no livro de Apocalipse,
ecoa aquela chamada vital, aberta e particular – “Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz as igrejas”
1
– Visam a todos os membros da igreja.
2
– Só podem ser colocadas em prática pelos que possuem discernimento espiritual,
por aqueles que buscam o mesmo, de tal modo que ponham em prática o que ali e
encontrado.
3
– Procedem elas do Espírito, porquanto foi ele quem as proferiu; por
conseguinte, só podem ser discernida espiritualmente, por serem
imperativos divinos.
4
– O significado dessas declarações transcendem ao que é terreno, e presente;
fornece-nos um vislumbre da glória futura.
5
– Essas mensagens foram dirigidas à comunidade religiosa, coletivamente, porém,
também aplica-se individualmente.
“... o
que o Espírito diz ...” – O Espírito Santo é o porta voz de Cristo em
Apocalipse. O seu poder divino que dá prosseguimento a sua obra, dentro e fora
da igreja. Além de ser uma ordem para que se dê ouvidos ao que se dizia para
que os homens ajam segundo lhes é ordenado, assegura-lhe que é o Espírito de
Deus que transite a mensagem. O Espírito Santo de Deus fala – “E servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse
o Espírito Santo: separai-me agora a Barnabé e Saulo para a obra que os tenho
chamado” – Atos 13.1
“...
as igrejas ...” – A mensagem foi dirigida não somente a igreja de
Pérgamo, e sim as sete igrejas da Ásia Menor, para onde foi originalmente
enviado o livro de Apocalipse. Acredita-se que cada uma das sete igrejas
recebeu copia da carta de Apocalipse dos capitulo dois e três. Naturalmente
elas representavam a igreja universal.
“...
ao vencedor ...” – Trata-se de um elemento comum em todas as cartas
enviadas as sete igrejas de Apocalipse na Ásia Menor – Apocalipse 2.
7,11,17,26, - 3.5,12,21 – Dá a entender aquele que tem a capacidade espiritual
da praticar o que lhe foi ordenado. No grego era um termo militar. Somos
retratados como quem está empenhado em um conflito espiritual armado – Efésios
6.11.
“...
dar-lhe-ei do maná escondido ...” – Por quarenta anos o Maná foi alimento
dos judeus no deserto até que o povo atravessasse o Jordão e entrasse na terra
de Canaã. Deus instruiu Moisés a esconder o Maná dentro da “Arca da Aliança” – Êxodo 16. 32 a 34 e
Hebreus 9.4 – De acordo com os escritos apócrifos de II Macabeus 2. 4 a 7 –
conta que na destruição do Templo de Salomão, Jeremias escondeu a “Arca da Aliança e Altar do incenso” dentro da caverna do
Monte Nebo, e selou sua entrada. Em II Baruque 29.8 – lemos que nos dias do
Messias, descerá novamente o Maná dos
Céus, para servir de alimento dos justos. Esses referencias pode ser comparada
com a vida da era Messiânica, quando comeriam o “Maná Escondido”.
Lembremo-nos
que os israelitas se alimentaram de maná, após terem sido libertos do Egito.
Para o cristão ser liberto dos vícios gnósticos e participar da vida que há em
Cristo, é preciso ser alimentar do “Pão
vivo que desceu dos céus” – João 6.48 a 57.
Os
cristão, contudo, reconheceram Jesus como Messias, desde sua vinda seus
seguidores têm comido do Maná escondido e desfrutado de suas bênçãos. Jesus é
esse Pão Vivo, que gera vida, e o alimento espiritual e o Maná escondido aos
olhos físicos, porém é disponível a todos os que depositam sua fé em Cristo.
O maná tem sido variegada mente interpretado
como se fora a “Santa Ceia do Senhor”,
e refrigério espiritual, a justificação, etc... Mas o próprio Jesus Cristo
certamente é o “Maná Escondido”
“...
escondido ...” – Os gnósticos ofereciam vantagens abetas mediante suas
práticas imorais, seus prazeres e a satisfação da parte carnal do homem. Cristo
oferece-nos aquilo que está oculto para a maioria dos homens, que só pode ser
mediado misticamente; em outras palavras, a sua própria natureza, mediante a
alimentação espiritual. O Maná Escondido, é uma alusão ao vaso de Maná que era
conservado dentro da arca, no santuário. Apesar do Maná guardado na arca não
servir de alimento, e, sim, de “Memorial
da provisão de Deus” contudo, o fato de que estava escondido segundo se lê
aqui, talvez se derive daquela circunstância vetotestamentária.
1.
Cristo é o Pão – João 6.48
2.
Cristo nos oferece sustento espiritual, mas também compartilha conosco da as
própria natureza
3.
Sua provisão não será evidente, exceto para aqueles que desejarem profundamente
e a buscarem
4.
É a verdadeira vida eterna, participação na própria modalidade da vida de Deus,
através do seu Filho – João 5.25,26 e 6.57
5.
É a eterna provisão de Deus que satisfaz às necessidades humanas, é a provisão
do Jeova-Jire, o Deus que tudo Prove.
6.
Essa provisão eterna é contrastada com a superficial satisfação de comer coisas
oferecidas a ídolos, e com a atirar-se aos prazeres carnais.
7.
Alimentar-se do Pão vivo é muito mais que satisfazer uma necessidade momentânea
da carne, trata-se da negação do que mundano, sensual e diabólico, coisas
indignas d atenção divina.
Os
escritos rabínicos falavam da restauração do vaso do maná por parte do Messias.
Naturalmente devemos entender isso de modo espiritual. Não temos qualquer
necessidade daquele vaso de maná, desde que Cristo veio trazer a realidade
espiritual, da qual aquilo era apenas o símbolo.
“...
pedrinha branca ...” – Já que há alguma forma de obscura referencia
nestas palavras, os interpretes não concordam com seu sentido. Abaixo expomos
as ideias:
1.
O diamante dentro do peitoral do sumo sacerdote, no qual estava gravado o nome
intransmissível de Yahweh.
2.
Outros interpretes pensam que alusão é alguma espécie de “Filacéria”, uma forma de caixinha usada pelos judeus piedosos,
segura à caso, onde havia escrito orações e votos ou artes da lei mosaica.
Neste caso a caixinha teria ou um novo nome do cristão, assinado sua natureza
impar, ou então conteria um novo nome de Cristo, em que haveria uma nova
revelação dada a cada Cristão, tornando-o individuo sem impar.
3.
Muitos pensam estar aqui um amuleto de boa sorte. Todos os cristão mártires
precisavam da proteção de Cristo. Portanto ter-se-ia sido dado um amuleto, com
seu nome de proteção gravado, assegurando-lhe a benção e a imortalidade no mundo
vindouro.
4.
Nos tempos antigos, os juízes ao laçarem seus votos davam um pedregulho preto a
quem era julgado condenado, ou davam um pedregulho branco a quem era julgado e
absolvido. Se e essa referencia, então ao cristão é permitido um completo
perdão, que lhe dará o direito de entrar nas glórias celestes.
5.
O símbolo pode envolver os jogos públicos, em que o vencedores recebiam uma
pedra branca, com seus nomes gravados na mesma, como símbolo da glória a
vitória obtida. Isso concorda com a ideia do galardão dado ao vencedor, a
pedrinha branca pode simbolizar a obtenção da vitória, a vida eterna em sua
glória o “premio da corrida” os
romanos chamavam essa pedra de “tesserae”
eram de vário tipos. Algumas delas eram sinal de amizade ou compromisso de
favor. Algumas dessas pedras tinham tal valor que eram preservadas e passadas
de pai para filho, em alguns casos agiam como cartão de crédito. Elas não eram
feitas apenas de rocha, as de muitos materiais como: madeira, osso e marfim.
Tais objetos traziam os nomes das pessoas a quem eram dadas, e se porventura
isso é o que esta em foco aqui, então o novo nome não é o de Cristo, e sim o do
próprio vencedor.
6.
A pedra da amizade. Dois amigos poderiam como sinal de amizade, partir uma
pedra pelo meio, e cada um ficava com a metade. Ao se encontrarem era refeita e
a amizade continuaria. Apesar de ser uma ideia interessante, podendo falar de nossa
amizade com Cristo, sobre como o nosso encontro com ele aprofundará tal
amizade. – João 15.15
7.
Pedras preciosas caiam do céu com o maná, isso porém, não passa de uma lenda
8.
Os edifícios de Pérgamo nos dias de João eram construídos de pedras marrom. As
inscrições nesse edifícios eram talhadas em blocos de mármore branco.
9.
A pedra pode ser uma pedra preciosa translúcida como um diamante, no qual o
nome de Cristo está escrito.
10.
Essa pedra branca é Jesus, a pedra cortada sem mãos – “... uma pedra foi
cortada sem auxilio da mãos, e feriu a estátua nos pés de ferro e as esmiuçou”
– Daniel 2.34 – “Eis que ponho em Sião
uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será de modo algum
envergonhado” – I Pedro 2.6 – “Porque
ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já foi posto, o qual é Jesus
Cristo” – I Coríntios 3.11 – “Este
Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular”
– Atos 4.11
E
sobre essa pedrinha escrito um novo nome, o qual ninguém conhece, exceto aquele
que o recebe ... “e sobre essa pedrinha”
significa, gravado na pedra. É isso que o Senhor prometeu. – “Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei”
– Isaias 49.16
A
pedra lembra também o sumo sacerdote Arão, que sobre seu peito trazia pedras
preciosas diante do Senhor – Êxodo 28. 15 a 21 e 29 – Agora podemos entender
melhor a promessa aos vencedores em Pérgamo, pois ela contém a mais intima
comunhão com Deus através do sumo
sacerdote Jesus Cristo, que eleva nosso nome diante do Pai. O vencedor se
tornou um com Ele.
“...
branca ...” – Talvez não por ser de cor branca, mas por rebrilhar como
se fosse um diamante coruscante. O branco pode simbolizar a pureza, a bondade,
a paz, a luz, etc ... mas tal como na natureza da própria pedra, não podemos
afirmar com certeza coisa alguma sobre sua cor branca, como se isso tivesse
alguma significação especial.
“...
novo nome ...” – Consideremos os pontos seguintes:
1.
Seria o nome de Deus, o nome inefável que seria transmitido a pessoa,
conferindo-lhe bênçãos divinas eternas, a vida eterna e tudo quanto nela está
envolvido.
2.
Seria o nome de Cristo, com o sentido de uma revelação de sua pessoa para cada
vencedor, o que equivalente a uma visão transformadora que tem efeito de fazer
de cada qual um ser sem paralelo, podendo ser usado de maneira impar como instrumento
da graça de Deus, por todo a eternidade.
A
maioria dos intérpretes preferem pensar no próprio nome de Cristo, dando
entender que Cristo se revelará a cada cristão de modo especial, tornando-se
sem igual. Seja como for a grandeza do cristão individual é um princípio por
todo o novo Testamento.
“... o
qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe ...” – Antes de mais
nada, se queres saber que tipo de novo nome obterás? Torna-te vencedor! Antes
disso, indagarás em vão, mas imediatamente depois poderás tê-lo inscrito sobre
a pedrinha branca.
Cada
cristão vencedor haverá de entrar em um segredo eterno com Deus. O novo nome
representa uma personalidade individual, obtida exclusivamente mediante a graça
de Cristo.
Seremos
um novo homem, mas não novo homem como qualquer outro. Eternamente será algo
individual e diferente, eternamente valorizado por Deus. – Efésios 4.22 a 24.
_____________________________________________________________________
FONTES DE ESTUDO
Estudo de Apocalipse de Jesus Cristo – Dennis Allan
Comentário do Novo Testamento - Willian Barclay
Novo Testamento interpretado Versículo por Versículo
– R. N. Champlin
Comentário Novo Testamento – Apocalipse – Simon
Kistemarker
Estudos no Livro de Apocalipse – Reverendo Hernandes
Dias Lopes
Apocalipse de Jesus Cristo – Um comentário para a
nossa época – Wim Malgo
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