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COMENTÁRIO BÍBLICO DE APOCALIPSE AS SETE IGREJAS
FILADÉLFIA – APOCALIPSE 3. 7 a 13
CIDADE
Filadélfia
era a mais nova das sete cidades. Estava localizada a quase trinta milhas a
sudoeste de Sardes e cerca se sessenta milhas a leste de Esmirna. Filadélfia é
a atual “Alasehir”, foi fundada em 140 a.C por Átalo Segundo. Seu segundo nome
era Filadelfo, e por amor de seu irmão Eumenes, ele chamou a cidade de (Philadelphos) em português Filadélfia,
cujo o significado do nome é “Amor
fraternal”ou “Aquele que ama seu
irmão”. Estava localizada em junto a uma rodovia que ligava o Oriente
(Ásia) ao Ocidente (Europa). Era uma cidade que tinha a porta aberta através da
qual a indústria, o comércio, o idioma e a cultura grega se difundiram na
Grécia e Mesopotâmia para Ásia Menor e Síria.
A
área circunjacente a Filadélfia era vulcânica e conhecida como “terra fumegante”. As cinzas desciam e
tornavam o solo extremamente fértil. Havia farta plantação de vinha, que
pontilhavam a paisagem, de modo que ela veio a ser conhecida por seus vinhos e
bebidas refrigerantes. Não bastava as atividade vulcânicas , esta cidade era
abalada por frequentes terremotos. Em 17 d.C um forte terremoto devastou a
cidade, a qual o imperador Tibérios isentou a Filadélfia do pagamento de
impostos, e até doou ama soma em dinheiro para reconstrução da cidade.
Seus
moradores movidos pelo medo dos constantes tremores, preferiam viver fora dos
muros da cidade, e campos abertos.
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A CIDADE MUDA DE NOME
É
preciso mencionar outro ponto de interesse. A cidade, devastada pelo terremoto
em 17 d.C e auxiliada financeiramente por Tibério, querendo honrar o imperador,
adotou o nome de “Neocasesarea” que
significa “Cidade do novo Cézar”.
Esse nome permaneceu por aproximadamente trinta anos, então passou a chamar-se
“Flávia”, que também foi uma forma de honra ao imperador Vespasiano, cujo seu
nome completo era “Tito Flávio Sabino
Vespasiano”.
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A IDOLATRIA DA CIDADE
Conforme
se dava com a maioria das cidades daquela área, Filadélfia estava imersa na
idolatria, e, mais tarde mergulhou no “Culto
ao imperador”.era famosa pelo números e grandiosidade de seus templos e de
suas festividades religiosas.
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AS CARACTERÍSTICAS DA CIDADE
Primeiro,
Filadélfia era a cidade missionária. Segundo, e seu povo sempre viveu sob medo
de hecatombe (Sacrifícios de vidas,
também usados em referencia a catastrófes naturais como: terremoto, furacão,
tsumani, inundação, etc ... sinônimo de carnificina, chacina, matança,
mortandade), “o dia de provação”.
Terceiro, muitos dentre seu povo fixaram moradia e suas residência fora dos
muros da cidade. Quarto, ela adotou um nome oriundo de seu deus imperial.
Não
só na igreja de Esmirna, como também de Filadélfia vieram a ser modelos de
fidelidade a Jesus Cristo. Ele os louva por sua firmeza, e por toda esta carta
ele não expressa nenhuma palavra de reprovação. São muitas as indicações da
influência cristã em Filadélfia, pois a igreja permaneceu leal a Jesus através
dos séculos, mesmo quando o Islamismo veio a ser a principal religião da
região.
Até
a primeira parte do século vinte, cinco congregações cristãs eram ainda florescentes
em Filadélfia. De todas as sete igrejas na província da Ásia Menor, somente
Filadélfia transpôs os séculos.
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A IGREJA – UMA CIDADE DIGNA DO LOUVOR
À
semelhança das outras igrejas mencionadas no Apocalipse, Filadélfia também foi
estabelecida por Apóstolo Paulo, ou por algum membro de sua equipe. Pelo menos
é o que inferimos desta passagem de Atos. A estadia de Paulo em Éfeso
impulsionou o Reino de Deus a estender-se por todo o continente. – “Durou isto por espaço de dois anos, dando
ensejo a que todos habitantes da Ásia ouvissem a palavra do Senhor, tanto
judeus como gregos” – Atos dos Apóstolos 19.10
Dente
as sete igrejas endereçadas a Ásia Menor, somente Esmirna e Filadélfia não
recebem críticas, apesar da questão de pouca força, na carta dirigida a igreja
de Filadélfia, parece ser um reprimenda suave, contanto que compreendamos isso
como força espiritual, e não como nulidade deles diante do mundo. Ao que
parece, a repreensão aplica-se somente a um remanescente dentro da igreja de
Filadélfia, e não a igreja interia. Porém, é provável que o nono versículo é
uma repreensão contra o grosso da “igreja
professa”. Neste caso, a igreja de Filadélfia, considerada como um todo,
foi uma das piores, e não uma das melhores da sete igrejas.
Se
profeticamente, a igreja de Filadélfia representa a igreja cristã dos nossos
dias, essa interpretação certamente é correta. Historicamente houve uma igreja
local dessa natureza na Ásia Menor, a qual, devido á sua fidelidade, teve a
permissão de escapar à uma á uma horrenda perseguição que sem duvida
levantou-se no mundo habitada naquela época, por motivo época, por motivo do “culto ao imperador” em que os homens
eram obrigados adorar ao imperador de Roma.
Profeticamente
falando, Filadélfia é a igreja que terá de enfrentar a “Grande tribulação”, neste livro descrita. Filadélfia, pois,
representa a igreja fiel daquele tempo futuro , ao passo que a igreja de Laodicéia
representa a igreja apostata do mesmo período. Esta é o período que aparecerá a
pior perseguição religiosa de todos tempos, de tal modo que parte da igreja,
aqueles que ficarem nesta “Grande Tribulação” terá de viver
subterraneamente.
A
grande maioria acredita que o arrebatamento será parcial, isto é, somente esse
remanescente fiel é que seria arrebatado, ao passo que o resto da igreja, terá
de enfrentar a tribulação. Pelo menos essa ideia é muito mais provável que a de
um arrebatamento geral, conforme a conhecemos a necessidade e prontidão, por
parte dos Crist, ao passo que a igreja geral, conforme a conhecemos na
atualidade, está preparada para tanto. Parece indiscutível, que toda a igreja
precisa purificar-se antes de encontrar-se com o noivo. Lembremo-nos do banho
que tomavam as noivas antigas antes do casamento. Somente depois é que estava
preparada para a cerimônia do casamento, pois estava purificada. A igreja, a
noiva de Cristo, não poderá ir ao encontro do Noivo, sem cumprir esse ritual. –
Efésios 5.27
A
grande lição da necessidade de preparo, para a segunda vinda de Cristo, é
proeminente nesta época. Precisamos estar preparados para o encontro com o
Noivo, sem importar quando ele volte, precisamos estar preparados para
enfrentar a “Grande Tribulação” se
estivermos destinados para atravessar tal acontecimento.
1. Endereço e Reconhecimento
Apocalipse 3.7 – “Ao anjo da igreja em Filadélfia
escreve: Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de
Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá:”
“...
Ao anjo da igreja ...” – Há quem queira atribuir a carta a algum ser
angelical que ministram à igreja, controlando seus ministros, servindo de
mediadores espirituais. Outros pensam que se trata de uma pessoa enviada as
comunidades cristãs levando copias do livro de Apocalipse, não é provável que
se trate de cristão itinerantes e sim membros alguém permanente vinculado a
igreja. O Apostolo João foi instruído a escrever uma breve carta endereçada ao
pastor da igreja de Filadélfia, vemos a mesma saudação as outras seis igrejas
da Ásia menor.
O
ensino que temos aqui é profundo, a igreja de Cristo não fica sozinha, conta
com a ajuda de grandes protetores espirituais, guardiões e instrumentos
angelicais. Cumprindo o que esta escrito em Hebreus 13.5 – “de maneira alguma te deixarei, nunca jamais
te abandonarei” e Mateus 28.20 – “Eis
que estou contigo todos os dias te a consumação dos séculos”
“... igreja ...” – 1. Sendo elas em
número de sete, representando a igreja universal, bem como a igreja cristã
estabelecida na Ásia Menor;
2. O número sete, por ser um número
místico, foi usado propositalmente por João. Assim é que neste livro, também
temos sete selos, sete julgamentos por trombetas, sete personagens, sete visões
dos adoradores do Cordeiro e da besta, sete juízos das taças, sete visões sobre
a queda da babilônia, sete visões de como satanás será derrubado do seu reino e
destroçado. Por isso a tradição visa a mensagem divina enviada à igreja
universal, misticamente representada pelas sete igrejas da Ásia Menor;
3. É possível que as sete igrejas
representa, profeticamente, sete estágios da história da igreja cristã, até ao
tempo de segunda vinda de cristo;
4.
Essas sete igrejas representam as condições espirituais das igrejas
cristãs em qualquer época histórica;
5. Sete igrejas literais daquela época
que precisavam instruções as quais estão contidas neste livro. Portanto,
Apocalipse em parte é um livro histórico. Supomos que muitas de suas profecias,
a começar do quarto capítulo deste livro, também representam condições existentes nos fins do
primeiro século de nossa era, bem como dos primódios do segundo século;
6. Se desenharmos um mapa dessas cidades
na ordem que aparece no décimo primeiro versículo, descobriremos que ele forma
um circulo, que é igualmente sinal da perfeição. É possível que João tenha
propositalmente escolhido essas cidades a fim de formar um circulo geográfico,
desta maneira representando a igreja universal;
“...
Filadélfia ...” As notas expositivas sobre a localidade e a sua
significação da cidade esta registrada de forma detalhada na introdução deste
assunto.
“...
escreve ...” – Quem manda o Apóstolo escrever ao anjo da
igreja é Jesus Cristo – Essas cartas constituem exclusivamente das
palavras de Cristo, mas diferentemente das parábolas, ou sermão do monte, foram
ditadas dos céus, depois de que ele ressuscitou e foi glorificado. Essas
palavras são únicas registradas em seus discursos que chegaram até nós. Elas
chegaram até nós com admoestações sete vezes reiterada, de que devemos ouvi-las
e guardá-las no coração.
Os
pastores não são meramente portadores de luz, mas como as estrelas, são
doadores de luz. Eles transmitem a luz aos membros das igrejas, as quais, por
sua vez dissipam as trevas que os circundam.
Jesus
se dirige aos mensageiros da congregação locais, pois eles são responsáveis por
levar a mensagem ao povo. Se eles falharem em fazê-lo, abafam a luz do
evangelho e conservam os membros da
igreja na escuridão. Jesus espera que os pastores sejam os embaixadores da sua
palavra. Romanos 10.14 – “E como pode
ouvir se não há quem pregue?
“...
estas cousas ...” – O Apocalipse não era uma revelação que devesse ser
selada; antes , deveria ser registrada, para ser reservada para beneficio
espiritual de muitos. As coisas que deveria ser escritas, seria o conteúdo da
carta e suas instruções, admoestações e promessas de Cristo o qual é o Senhor
da igreja.
“...
diz o santo ...” – Os nomes de Cristo, ou seja, as descrições a seu
respeito expressam em cada uma das sete cartas, algo da natureza da igreja que
está sendo endereçada. Para Éfeso Cristo é retratado como aquele que segura as
sete estrelas (Igrejas) em sua mão direita, símbolo de “poder e segurança”. A igreja dos Mártires, Esmirna, por sua vez
ouviu a voz de Cristo aquele que morreu, mas que está vivo, e que oferece a “coroa da vida”. A corrupta Pérgamo teria
de enfrentar aquele que tem a aguda espada de dois gumes, “símbolo de julgamento”. Tiatira, uma fase ainda mais corrompida da
igreja, teria de enfrentar o Filho de Deus, cujo olhos são como chama de
fogo.... “juízo mais severo”
A
escritura ensina que Deus é Santo – Levíticos 11.45 – 19.2 – 20.7. Aqui Jesus é
chamado de Santo e verdadeiro, isto é, voraz em oposição a massa da igreja, que
se transformara em um igreja falsa, a sinagoga de satanás. Aliás, tanto os
demônios como os seus discípulos o reconhecem como Santo – Marco 1.24 – Lucas
4.34 – João 6.69.
Jesus
também espera que sua igreja busque a mesma santidade que exerceu aqui na terra
– I Pedro 1.16 – “Sede santo, porque eu
sou santo” – Hebreus 12.14 – “Segui a
paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá a Deus”
De
todo os livros do Novo testamento, o Apocalipse mui frequentemente chama o povo
de Deus de “Os Santos”. Já foram
purificados pelo sangue de Cristo e tem acesso à presença de Deus como nunca
tivessem pecado.
“O Santo”, neste particular precisamos
considerar três pontos a saber:
1.
Esse é um título que pertence a Deus, mas o vidente João não hesitou em aplicar
ao Filho, assim como Lucas e o escritor de Hebreus vê a mesma coisa – Atos 2.27
e 13.35 – Hebreus 7.26. Embora esse título normalmente pertença ao Deus Pai,
incidentalmente demonstra a divindade
essencial do Filho – Hebreus 1.3
2.
Esse título também é uma afirmação da missão messiânica de Jesus, porquanto os
judeus o considerava maligno, homem mau e usurpador de uma autoridade que não
lhe pertencia. – Mateus 12.24 – Marcos 2. 5 a 10
3.
O segundo ponto moral, fica sugerido que o Filho Santo é a origem de toda a
nossa santidade – Gálatas 5.22 e 23
“...
verdadeiro ...” – Apenas duas vezes no Novo Testamento os dois
adjetivos “santo e verdadeiro” são
combinados; uma vez são aplicado a Jesus neste texto e uma vez e Apocalipse
6.10 – “... Até quando, ó Soberano
Senhor, santo e verdadeiro, ...”
Verdadeiro
significa, aquilo que é genuíno como oposto a falsificação, mentira ou
imitação. João 14. “... eu sou o caminho,
e a verdade e a vida ...”. podemos ver claramente que satanás é mentiroso
desde inicio, tornando-se totalmente oposto a Cristo que é verdadeiro. João
8.44 – “... jamais se firmou na verdade,
porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é
próprio, porque é mentiroso e pai da mentira ...”
Jesus nunca quebra sua palavra, mas que
preenche todas as implicações. Os que se chamavam judeus, mas que não eram,
demonstravam ser mentirosos, se fazendo assim aliados de satanás.
O verdadeiro, em quais sentidos?
1. Naquilo que assevera, sua mensagem é
verídica, precisando ser notada e obedecida.
2.
Mas Cristo é, semelhante a sua própria verdade, sendo a verdade personificada
conforme – João 14.6.
3.
Portanto, Ele é fiel, sem mácula, totalmente digno de confiança, ideia essa que
a palavra também envolve.
4.
Ele é a origem do verdadeiro evangelho, em contraste com a mensagem da sinagoga
de satanás, que expunha a falsa doutrina gnóstica.
Cristo
permanece santo e voraz, a despeito do declínio da igreja, não aceitando as
heresias dos Nicolaítas, dos seguidores de Balaão e da malignidade de
Jezabel.
“...
que tem a chave de Davi ...” – Jesus segura a chave de Davi, o que é uma
referencia direta à sua linhagem messiânica. Essas palavras estão baseadas em
Isaías 22.22 – “Porei sobre seus ombros
as chaves do reino de Davi; o que ela abrir ninguém conseguira fechar, e o que
ele fechar ninguém conseguira abrir”
Por
isso, alguns veem o uso da chave real manipulada por Eliaquim, filho de Hilquia
que serviu ao rei Ezequias como mordomo fiel. Eliaquim recebeu emblemas régios
de autoridade, um manto com cinturão e a chave da dinastia de Davi sobre seus
ombros. Ele governou sobre o tesouro da
casa de Davi, Jerusalém e Judá. Ele foi protótipo de Jesus, o Messias que
carregou o governo do mundo sobre seus ombros – Isaias 9.6 e Hebreus 1.8 – 3.6
– O Rei benévolo dará essa riqueza aos fieis.
Além
disso temos outros pontos a se levar em conta a respeito da chave de Davi, a
Saber:
1.
A alusão e ao trecho de Isaias 22.22, uma predição sobre a subida de Eliaquim
ao oficio de governador do palácio. A chave de Davi era símbolo de poder e
autoridade de seu oficio monárquico. Certa autoridade foi dada a Eliaquim,
porém toda autoridade nos céus e na terra foi dada a Cristo – “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo:
Toda autoridade me foi dada no céu e na terra” – Mateus 28.18
A
expressão “chave” esta no singular, é
precedida do artigo, e assim difere d primeira descrição de Jesus segurando as
chaves da “Morte e do Hades” –
Apocalipse 1.8.
Jesus
é o único que detém autoridade absoluta co aquela chave régia de Davi –
Apocalipse 5.5 e 22.16 – Ele é soberano nos céus e na terra – Mateus 28.18.
2.
O vidente João sem duvida nos faz uma promessa escatológica: Cris tem as
chaves, dará ao mundo os benefícios de seu evangelho, e tornará os homens seu
súditos. Aqueles que lhe estiverem sujeitos receberão acesso ao reino de Deus,
bem como ao mundo eterno.
3.
Cristo é aquele que abre as portas, para que a igreja missionária avance diante
de esforço para ganhar as vidas, e levá-las a salvação – I Coríntios 16.9 e II
Coríntios 2.12
“...
que abre e ninguém fechará e que fecha e ninguém abre ...” – Essa palavras
dão a entender o senhorio absoluto de Jesus. As duas sentenças sobre a porta
aberta e a impossibilidade de fechá-la parecem ser uma alusão às obras
realizadas pela Igreja de Filadélfia, que vivia ensinando e pregando o
evangelho de Cristo. Tal declaração esta ligada diretamente com a passagem de –
Mateus 28.18.
O
prazer de Cristo é de abrir portas para todas as nações, para que ouçam o
evangelho, e o Apocalipse mostra que isso se realizará. Cristo tem poder para
trazer a muitos para o reino de Deus; nem todos homens todavia atingirão essa
benção, isso por terem sido excluídos pelo uso das chaves, por causa de sua
rebelião e infidelidade.
Esse
trecho do versículo também pode ser comparado com – Apocalipse 1.8, onde Cristo
é visto com aquele que possui as chaves de “Morte
e do Hades”, e também ao trecho de – Mateus 16.19 – onde a Pedro foi
entregue a “chaves do reino dos céus”.
As
chaves de Davi visam um fim beneficente. O senhor nunca se transformará
voluntariamente em motivo de exclusão de homens, estes arrependendo-se
encontrará Cristo de braços abertos para acolhe-los.
Então
entendemos,que somente Cristo pode excluir alguém de seu reino, os hereges,
como tem sido considerados, que tem sido excluídos da igreja, com certeza tem
sido seus melhores membros
Apocalipse 3.8 – “Conheço as tuas obras – eis que
tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar – que
tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu
nome.”
“Conheço
a tua obra...” – Essa é uma declaração comum a todas as sete igrejas da
Ásia Menor, descrita neste livro – Éfeso Apocalipse – 22.2 – Esmirna Apocalipse
2.9 – Pérgamo Apocalipse 2.13 – Tiatira Apocalipse 2.19 – Sardes Apocalipse 3.1
– Filadélfia Apocalipse 3.8 – Laodicéia Apocalipse 3.15
Jesus
não diz estar meramente familiarizados com a igeja de Filadélfia, mas declara
conhecer profundamente tudo o que eles fazem, porque nada escapa a sua atenção.
O substantivo “obras”, é abrangente e
pode ser interpretado no sentido tanto de feitos bons quanto de malfeitos,
tanto no sentido positivo como no negativo. Consideremos alguns pontos:
1.
É salientada assim a Onipotência de Cristo. Essa declaração é reiterada a todas
as igrejas. – Mateus 12.25 – “Jesus,
porém, conhecendo-lhes os pensamentos ...”
2. O interesse de Cristo por sua igreja é
focalizado, porque ele conhece as suas condições, a fim de louvar ou de
repreender à mesma, e tudo o que visa produzir é modificações espirituais
favoráveis.
3.
As obras que Jesus conhece, representam as condições espirituais em geral da
igreja, e não neste caso aquilo que chamamos de “serviço ativo”. Portanto a palavra obra neste caso, indica o “caráter geral”, a natureza da pessoa,
como ela age, e o que pensa. O salmo 139 expressa com louvor essa frase.
“...
tenho posto diante de ti uma porta aberta ...” – Consideramos quanto a
ideia de “porta aberta de serviço”
que é mais provavelmente está em foco aqui, veja também – Atos 14.27 –
Colossenses 4.3.
A
porta aberta no presente texto, profeticamente falando, refere-se à era
missionária da igreja, que começou no século XVII e que chega até nossos dias.
Essa porta aberta talvez ofereça uma
oportunidade incomum para a pregação do evangelho, uma grande liberdade mental
de seus pregadores e grande atenção por parte dos ouvintes, cujos corações
serão abertos para observar, receber e abraçar ao evangelho.
Haverá
pregação abundante e frequente da Palavra com grande sucesso. Muitos dos
primeiros missionários sofreram oposição
na igreja, sendo-lhe dito que estavam laçando pérolas aos porcos, porque
pregavam aos pagãos.
Existem
outros significados da expressão “portas
abertas”
1.
Estaria em foco o próprio Cristo, a entrada para lugares celestiais – João
10.7;
2.
Outros pensam no caminho para os céus e para o reino, ao qual os discípulos
falsos não tem acesso, o que apontaria para “Nova Jerusalém”;
3.
Seria a capacidade de conhecer e interpretar corretamente as Sagradas
Escrituras;
4.
As Escrituras dizem que a porta está aberta e permanece aberta, ainda que o
Senhor possa fechá-la quando achar conveniente;
5.
Aquele que entra por essa porta, não caminhará em direção ao mundanismo, mas em
direção ao reino de Deus;
6.
Porta é acesso tanto para entrar em um recinto, quanto para sair dele; então,
esta porta que o Senhor abriu é o caminho para o homem “passar” do deserto para mananciais de água, da morte para a vida, do
inferno para o céu, ele entra por ela e acha fontes a jorrar para vida eterna,
o caminho da vida eterna com Cristo, e sai do caminho que o conduziria a morte
e o inferno.
Qual
a necessidade do momento? A igreja tem uma missão, não podemos perder tempo, as
portas estão abertas, mas em breve se fecharam. – Mateus 25.
1.
Precisamos perceber a significação profética desta carta do Apocalipse, e qual
é a nossa participação do plano piloto do evangelismo do mundo, o que
certamente é um grande privilégio;
2.
Precisamos ter mentes alertas, reconhecermos que o tempo urge, pois em breve a
porta se fechará, que a vida de cada um
de nós é breve, não havendo tempo para servirmos a nós mesmos;
3.
Também precisamos perceber que essa é um aporta aberta pelo Senhor, e que todos
temos uma missão, e precisamos cumprir nossos desígnios. Esse é um privilégio,
com também um notável encorajamento.
Apesar
da feroz oposição movida pelos judeus na sinagoga de satanás, o pequeno grupo
de cristão fieis em Filadélfia recebeu a certeza de uma benção por haver Jesus
aberto a porta da salvação para os gentios. Deus é soberano na obra de
salvação, pois ele abre porta ou fecha as portas do serviço – Isaias 45.1 – “... para abrir portas diante dele que não de
fecharão ...”
“... a
qual ninguém pode fechar ...” – A porta foi aberta divinamente, e só o
Senhor poderá fechá-la, ele usa as chaves de acordo com sua própria vontade.
O
movimento moderno das missões, a principio era resistido dentro e fora das
igrejas, e então pelo mundo todo. Nada, entretanto foi capaz de fechar tal
porta. E em breve uma grande multidão tirou vantagens do fato, e inúmeras
sociedades missionárias foram formadas, tendo enviados missionários a todas
nações.
“...
que tens pouca força ...” – Aos olhos dos judeus locais, esse cristãos
era tão insignificantes que nem mesmo precisavam considerá-los uma ameaça. –
Lucas 12.32
Talvez
lhes faltassem força na dimensão social e política, no dinheiro e até mesmo no
poder espiritual. É possível que Filadélfia era uma comunidade com poucos dons
espirituais, mas que mediante seu esforço, estava de pé. Mas o mais provável é
qe temos aqui uma repreensão gentílica, porquanto dons espirituais estão ao
alcance de todos quantos o buscam.
Aqueles
cristãos possuíam uma força, mas era diminuta. Não obstante, venceram todos
obstáculos, aqueles levantados por membros da igreja que não tinham visão
espiritual, aqueles levantados pelo mundo hostil, aqueles causados pelas
fraquezas das pessoas, aqueles divido às limitações dos recursos financeiros,
aqueles da falta de influência na sociedade. Mas apesar de sua pouca força
puderam valer-se do poder de Deus, mediante completa fidelidade e tenacidade.
Pois tornaram-se fortes no Senhor – II Coríntios 12.10
O
poder que tinham era fraco em comparação com o Pentecostes. O Senhor entretanto
em nada os condenou, amavam a Cristo. – João 14.23
“...
entretanto, guardaste minha palavra ...” – Essas palavras apontam
primeiramente para a observação dos mandamentos de Cristo, o que leva o cristão
a uma vida de santidade em contraposição à licenciosidade dos gnósticos. –
Salmo 119. 11
Em
segundo lugar, também quer dizer que aqueles cristãos deveriam observar a
Palavra de Deus, evangelizando e propagando a mensagem do Senhor. De fato,
observavam o mandamento de evangelizar. – Mateus 28. 19 e 20
Entraram
pela porta aberta, a fim de cumprirem a
vontade de Cristo, propagando o seu evangelho, preservando na própria fé
cristã, em face mesmo da apostasia.
“...
não negaste o meu nome ...” – Isso nos faz retroceder, uma vez Maísa
ideia exposta em Apocalipse 2.2 e 3ª oposição feita pelos gnósticos hereges, os
quais em sua doutrina negavam ao nome de Cristo. Aqueles que sediam opressão e
adoravam ao imperador como uma divindade, e negavam o nome de Cristo. Aqueles
que se negavam a abandonar à fé cristã, sofriam por esse motivo, porém, alguns
da igreja de Filadélfia se dispuseram a sofrer por Cristo. Assim como os
primeiros Apóstolos – Atos 4.41
Pode-se
nega a Cristo através de doutrina, da rejeição a sua divindade, à sua
humanidade verdadeira ou à sua missão, ou isso pode ser efetuado através de uma
vida imoral, que equivale ao ateísmo prático. Pode-se ser gnóstico em espírito,
sem defender qualquer de seus ideais, pois pode-se ter uma forma de vida
espiritual que os identifica filhos espirituais gnósticos. – Mateus 10. 32 e 33
Apocalipse 3.9 – “Eis farei que alguns dos que são
da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são,
mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu
te amei.”
“... Eis
farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás ...” – Note a
repetição da primeira sentença, a qual ocorre na carta aos cristãos de Esmirna
Apocalipse 2.9. Note que a interrupção no meio do versículo faz com que a
segunda parte reforce a primeira.
Apocalipse
2.9 – “... aqueles que se chama judeus, e nãos são, porém são sinagogas de
satanás ...” – Apocalipse 3.9 “... farei com que os que são sinagoga de
satanás, que se chamam judeus, e não são, porém mentem ...”
As
duas congregações de Esmirna e Filadélfia, são as únicas das sete que fazem
referência específica ao povo judeus, sua sinagogas e seu senhor, satanás.
1.
Essas palavras poderiam apontar para judeus por nacionalidade, neste caso, o
vidente João falaria da oposição movida por eles, o que paralelamente às
perseguições oficiais causava grande sofrimento para a igreja. Várias passagens
bíblicas mostram como os judeus e uniam com os gnósticos e perseguiam a igreja;
2.
Mui provavelmente, porém, não há aqui menção a judeus por nacionalidade, e sim,
ao falso Israel espiritual, aos gnósticos que assediavam as igrejas e
procuravam tomá-las. Apocalipse 2.6,15,16 e 20 mostra como esses gnósticos
vinham degradando as igrejas, querendo transformá-las em templos pagãos, por
essa razão eram chamados “Sinagogas de
Satanás”
“...
sinagogas ...” – As sinagogas judaicas surgiram no período do exílio
babilônico, quando o povo judeus era proibido de cultuar a Deus no
templo,orara, oferecer sacrifícios ou executar suas festas. Não se sabe se elas
foram criadas com intuito de um local para se reunirem, ou se nasceram com
caráter sagradas, mas com o tempo se tornaram.
As
sinagogas tinhas as mesmas diferenças que se encontram hoje entre as igrejas
evangélicas, eles se reuniam para adorar a Deus, mas, cada qual era administrada
de um modo diferente. Isso fica bastante claro em Atos 6.9
Os
fariseus tentaram padronizá-las, mas, não obtiveram sucesso. Dez homens era o
número suficiente para se fundar uma sinagoga.
As
sinagogas foram amplamente usadas pelos cristãos, em suas pregações, mas na
grande maioria das vezes suas ideias eram rejeitadas e acabavam expulsos.
A
“Sinagoga de Satanás” aqui referida
era a igreja pervertida, e não é aplicado o título honorável de igreja. Era uma
falsa igreja, e, por coseguinte, tomara o partido de satanás, em sua oposição à
igreja de Cristo. Por conseguinte, esse termo sinagoga era um termo pejorativo,
o que intensificado mediante sua identificação com Satanás. Era algo satânico.
Porque, opunha-se a igreja de Cristo perseguindo-a, e, corrompia a natureza
moral da igreja, permitindo padrões pagãos, sobretudo às questões sexuais.
“...
satanás ...” – Por todo o Novo Testamento confirma a existência de um
poder tremendo, o anjo do mal, satanás. Toda a historia da humanidade, de
acordo com o ponto de vista é descrita com a oposição entre Deus e Satanás.
Todo homem precisa escolher a quem ira servir.
“... a
si mesmo se declaram judeus ...” – Essas palavras mostram como os
judeus se orgulhavam de ser povo de Deus, e automaticamente, lhes conferia as
promessas e a salvação prometida a Abraão. Jesus implicitamente diz que eles
tinham perdido o direito de serem chamados seu povo. Pois. Haviam tornado-se
instrumentos nas mãos de satanás.
Rejeitavam não apenas a Jesus, mas a todos os seus seguidores, e assim
indiretamente, reconheciam satanás como seu senhor.
“...
mas mentem ...” – No caso dos judeus literais, os quais faziam tais
afirmações, a mentira, consistia do fato que, apesar de serem judeus na carne,
não eram espiritualmente falando, os que levava a tomar o partido no paganismo
em suas perseguições contra a igreja cristã. Por isso, não tinham o direito de
serem considerados o Israel físico e nem o Israel espiritual. Jesus os
caracterizou como mentirosos, e então filhos de satanás – João 8.44
“...
farei vir e prostrar-se aos teus pés ...” – O termo grego “proskuneo” pode ser traduzido como “adorar”, esse termo é forte demais,
então também pode ser “homenagear”,
ficando reconhecido a ideia do próprio erro. A melhor tradução é da nossa
língua Portuguesa, que é prostrar-se, “inclinar-se”.
Aquela gente teria que ser humilhada, reduzida a nada,depois de se mostrar tão
altiva. A falsidade de suas pretensões seria desmascarada, e a verdade do
evangelho revelada através da igreja, seria demonstrada. O bem sempre triunfará
sobre o mal.
O
fato de que se prostrariam diante dos cristãos, seria um sobproduto do fato que
todos se prostrarão diante de Cristo. – Filipenses 2.9 – podemos supor que o
vidente João antecipou o cumprimento histórico dessa promessa, que teria lugar
na vitória da igreja de seus próprios dias.
Em
vez de os judeus serem honrados, Jesus prediz que honraria os seus fiéis
seguidores. Isso insinua que a promessa de Deus aos judeus foi transferida para
os seguidores de Jesus.
“... e
conhecer que eu te amei ...” – Admissivelmente, nem todos os judeus
perderam o direito ao amor de Deus, todos que se arrependerem e se converterem
a ele, continuam experimentando sua graça divina, pois fazem parte do povo
pactual de Deus, remidos por Jesus.
Os
inimigos da igreja, os judeus literais, viriam admitir que estavam errados a
realidade de Cristo, e que a igreja cristã é que gozaria do amor do Filho, o
qual, é ao mesmo tempo o amor de Deus Pai.
Jesus
demonstra o seus amor para com os cristãos de Filadélfia, dizendo que os mesmos
judeus opositores confessarão que ele os ama. Como a menina do olhos, são recipiente
de seu insone cuidado.
Apocalipse 3.10 – “Porque guardaste a palavra da
minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir
sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra.”
“...
porque guardaste a palavra da minha perseverança ...” – A tradução do
versículo dez variam e, consequentemente, também as interpretações. Visto que
essa conjunção retrocede ao versículo oito “você
tem guardado minha palavra, e você não tem negado meu nome” de modo que o
versículo nove serve como uma nota explicativa sobre a opressão que os cristãos
fiéis tinham que suportar.
Em
segundo lugar, alguns comentaristas advogam a continuidade do versículo oito “você guardou minha palavra”, mas o termo
“palavra” poderia ter conotação
diferente quando ele é qualificada por “perseverar”,
pois ela assume o significado de “ordenar”
Em
terceiro lugar, há sequencia do verbo “guardar”
nos versículos oito e dez, o qual pode ser interpretado por “obedecer”, como “você obedeceu minha palavra/ordem”.
Em
quarto lugar, Deus guarda os cristãos a salvo durante um período de
dificuldades. Não obstante, em suas orações, o sumo sacerdote, Jesus não pede a
Deus que retire os cristãos deste mundo, mas que os proteja das furiosas
investidas do maligno. O Senhor promete livra seu povo na hora das provações –
João 17. 15 - Atos 18.9 e 10
Esta
em foco a palavra de “consolo” que
vinha ser ouvida pelos cristãos. Neste caso a “perseverança paciente” seria a melhor tradução. Cristo encoraja os
cristãos a perseverar, a despeito das ameaças dos romanos e da perseguição dos
gnósticos. Não apostatarem e nem adorarem ao imperador.
“...
eu
te guardarei da hora da provação ...” – A palavra “hora” não se limita a sessenta minutos, mas, antes, denota um
período de tempo. Mas a palavra “provação”
pode significar “tentação, teste ou prova”,
dos quais o último se adéqua ao texto. Aqui o significado de provação é
associado com adversários aflições, e problemas que Deus está enviando a seu
povo para testar sua fé, santidade e caráter. deus está o testando, permitindo
que satanás os tente.
Tempos
de prova vêm a qualquer igreja e a todos os cristãos em todas as épocas. Como a
igreja de Esmirna foi lançado um período de perseguição, assim Filadélfia
experimentou sua hora de provação. Isso significa que sua igreja pode vencer
durante a peregrinação sobre esta terra. A hora da provação não se limita a um
evento particular, mas apresenta um quadro telescópio de toda a massa de
provações. Diz respeito não apenas a Filadélfia, mas, se refere em termos
gerais a todas as provações que procedem o regresso de Cristo.
“...
os que habitam sobre a terra ...” – Esta frase se aplica aos
incrédulos, como se faz evidente a luz de numerosas passagens no Apocalipse,
onde significa os perseguidores e inimigos dos cristãos. Deus testará os
incrédulos que perseguem seu povo e os achará em falta. Concluímos que, neste
versículo, o termo “provação” e o
verbo “provar” apontam igualmente
para os cristãos e incrédulos. Para os cristãos, além de ser uma ameaça para
sua segurança física, também será um teste de fé, o qual, pelo socorro do
Senhor, serão capazes de aguentar. Para os inimigos da igreja, contudo, quer os
judeus ou gentios, ele vira como o castigo merecido por sua perversidade.
Apocalipse 3.11 – “Venho sem demora. Conserva o que
tens, para que ninguém tome a tua coroa.”
“...
Venho sem demora ...” – Os cristão primitivos consideravam o segundo
advento de Cristo como algo que poderia ocorrer em seus próprios dias, e assim
esperava que sucedesse – I Coríntios 15.51 e I Tessalonicenses 4.15. A segunda
vinda de Cristo também é mencionada em Apocalipse 2.16 e 25 – Apocalipse 22.7,12 e 20 – Zacarias 2.10
O
sentido da palavra “tachu” não é subitamente, e sim, “breve ou sem demora”. Séculos vem e séculos vão, enquanto a igreja
continua a orar “Maranata, vem Senhor
Jesus!”. Não há evidencia de quando o Senhor virá, mas com a certeza do seu
regresso ecoa por todo livro de Apocalipse. Jesus vem para conforta seu povo e
também para vingar seus inimigos. – Mateus 24.27, 36, 42 a 44 – 25.13 – I
Tessalonicenses 5.2 e 6 – I Pedro 5.8 – Apocalipse 16.15
“...
conserva o que tens ...” – Ou seja, o que houvesse de bom entre eles, o
que fora elogiado. Para Sardes o vidente João diz: “Lembra-te, pois, de como tens recebido e ouvido, guarda-o e
arrepende-te ...”. Podemos dizer que tal frase reporta-se a própria
salvação deles, ou então, meramente o progresso espiritual deles e as graças
cristãs.
Essa
é uma mensagem de encorajamento aos fieis, mas também, é uma palavra de
advertência, para serem constantes até o fim, mediante as fraquezas e
apostasia, para não perder a coroa, e, juntamente com ela, a expectação da vida
eterna. Jesus instruí a igreja de Tiatira a guardar firme o que ela tem – Apocalipse
2.26 – e também exorta os cristãos de Filadélfia a guardar suas possessões
espirituais.
“...
para que ninguém tome sua coroa ...” – Jesus promete a igreja de
Esmirna a “coroa da vida” –
Apocalipse 2.10 – aqui ele declara que os cristãos de Filadélfia já possuem a “coroa de um vencedor”, portanto,
conservá-la significa continuar sua lealdade até o fim, assim são os
vencedores.
É
um erro gigantesco interpretar essas coros de modo materialista, como se dessem
a entender alguma espécie de possessão que vamos herdar como mansões, heranças
monetárias, carros de luxo e várias outras formas de riquezas materiais. As
coroas falam figuradamente do avanço espiritual, obtido, a medida em que chegaremos
a participar de “toda plenitude de Deus”
– Efésios 3.19.
Essa
coroa tem vários significados por exemplo: Para alguns cristãos a coroa da
justiça, para outros, elevada justiça e santidade de Deus,e ainda, das suas
qualidades morais. Já que essas virtudes são infinitas, não haverá limites em
que possamos participar delas, e a eternidade inteira verá o crescimento dessa
participação, com base no próprio recebimento da natureza Divina. – II Pedro
1.4.
A
coroa, portanto, apontam para participarmos de tudo isso, em gruas variados. A
coroa da vida, é a participação na vida eterna, mas em porções abundantíssimas.
E todo cristão autêntico receberão a coroa da vida, mas alguns deles serão mais
espiritualizados do que os outros, tornando-se seres mais elevados que o
restante, de acordo com nosso grande modelo de Cristo.
Simbolismo judaico que esta por detrás
dessa declaração – Certo Rabino chamado Simon afirma que quando ocorreu o que
diz em Êxodo 24.7, os israelitas foram coroados com duas coroas, por seiscentos
mil anjos. A primeira dessa coroa foi quando disseram: “Faremos”, e outra quando disseram: “Seremos obedientes”. Porém por ocasião do acontecimento retratado
em Êxodo 33.6, essas coroas foram arrebatadas das cabeças, por um milhão e
duzentos mil demônios. Finalmente Deus restaurou as coroas, conforme se vê no
trecho de Isaias 35.10. De acordo com a doutrina judaica, não há que duvidar
que a perda das coroas significa perada da salvação pessoal, que fora ganha
mediante a justificação diante de Deus, é perfeitamente possível que o
vidente João compartilhasse desse ponto
de vista.
É bem possível que João tenha feito aqui
um advertência contra a apostasia, ou seja, contra a perda da salvação, e não
meramente contra a perda de galardões, ou mesmo da perfeita glória celestial.
Ela também aparece nos escritos de Tiago
1.12 – e pode ser traduzida como “plenitude da vida”, é um emblema da “mais
elevada alegria, felicidade, e de glória e imortalidade”.
É preciso termos em mente que, Cristo
primeiramente recebeu a “coroa de
espinhos”, antes de ser dada a coroa da vida. O mesmo aconteceu com os
mártires, e até certo ponto no caso de todos cristãos.
A coroa de Cristo – Em alguns
lugares nas proximidades do pretório os soldados encontraram alguns ramos de
espinhos. Não se sabe se a planta da qual extraíram os ramos era a “Spina
Christi” ou “Arbusto Palinrus”, como alguns pensam, essas plantas possuem
grandes espinhos que poder alcançar cerca de sete centímetros, e tão rígido que
podiam ser utilizados como pregos pelos romanos. Os botânicos tem opinado que
poucos países das dimensões da Palestina tenham tanta variedades de plantas
espinhosas. É de pouca importância a identidade das espécies. Muito mais
significativo é o fato de que se mencionam cardos e abrolhos em Gêneses 3.18,
em conexão com a queda do homem.
Jesus é retratado como portador de
maldição que está na natureza, com o fim de livrar dela tanto a natureza quanto
a nós. Com crueldade infernal, os soldados, havendo feito uma coroa desses
ramos espinhosos, vestem na cabeça de Cristo. Ela representava não uma coroa
imperial, mas uma coroa que seria apropriada para o “Rei dos Judeus”. O que estava engajado nesta cerimônia demoníaca
seria, escarnecer-se de Jesus e torturá-lo.
Metáforas usada para coroa da vida:
1. Talvez esteja por detrás dessa
metáfora a idéia das competições gregas. O vencedor recebia a coroa de louros.
Mas também pode estar aqui em vista a idéia da coroa usada na coroação real.
Aqueles cristão reinariam com Cristo – Apocalipse 1.6 e I Pedro 2.9. – ou seja,
“reis sacerdotais”. Os reis eram coroados, mas a mesma coisa sucedia aos
sacerdotes – Zacarias 6.11 e 14. – Poderíamos contrastar a durabilidade dessa
coroa com as coroas de louro ou de flores, concebidas aos vencedores das
antigas competições olímpicas. – II Timóteo 2.5 e I Coríntios 9.25.
2. A coroa era uma representação poética
da “recompensa ou galardão”. Os
galardões consistem do grau que participamos da vida eterna e da natureza de
Cristo, com atributos e poderes que acompanharão as mesmas – I Coríntios 3.14 e
II Coríntios 5.10.
3. A via eterna está em foco, o que
também figura em – Apocalipse 2.7 – sob o símbolo da “árvore da vida”. O cristão vira a participar na vida da família
divina – Hebreus 2.10 – Obterá a plenitude de Deus – Efésios 3.19 – Participará
literalmente da natureza de Cristo, por ser filho de Deus, a semelhança do
Filho – Romanos 8.29 e II Coríntios 3.18.
Existem outras ideias a respeito da
coroa, neste versículo, vejamos:
1. Os sacerdotes superintendentes da
falsa religião de Esmirna recebiam uma coroa, após completarem um ano de
oficio. Isso seria símbolo de suas realizações religiosas e de seu serviço
real. Por semelhante modo o cristão verdadeiro possui uma recompensa
inigualável, devido à sua vida de serviço e lealdade ao Senhor.
2. A coroa será o ponto final de todo
temor. O sofrimento faz parte essencial do cristianismo, por tratar-se este da presença de Cristo em um
mundo hostil. O mundo odiará ao cristão que for semelhante a Cristo. – Mateus
5. 11 e 12
3. Esmirna possuía um dos maiores
anfiteatros da Ásia Menor, onde eram efetuados os jogos olímpicos. Nenhum
vencedor daqueles jogos receberam um coroa que se possa comparar com aquela de
Cristo nos oferece.
4. No mundo pagão era costume usar coroa
e arranjos de flores na festas e banquetes. A coroa era símbolo de alegria e
festividade. Ao terminar a vida, quando o cristão foi leal, terá a alegria de
participar do banquete celestial como hóspede e convidado de Deus.
5. Os pagãos tinham costume de pôr na
cabeça uma coroa quando iam ao templo de seus deuses. A coroa era uma forma de
assinalar o fato de que ia comparecer perante seus deuses. Ao terminar sua vida
o cristão que tinha sido fiel a alegria de comparecer perante a presença de
Deus.
6.
Por último, alguns eruditos pensam que nesta menção de uma coroa, faz-se
referencia ao halo ou auréola que rodeia os seres divinos e santos nas
representações pictóricas. Se fosse assim, o significado é que os cristãos, se
forem fieis a seu chamado, serão coroados com a vida que pertence
exclusivamente a Deus. Tal como disse João: “Seremos semelhantes a Ele, porque havemos de vê-lo como Ele é” – I
João 3.2
Apocalipse 3.12 – “Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no
santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do
meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu,
vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome.”
“...
Ao vencedor fá-lo-ei ...” – Neste texto Jesus promete fazer do cristão
uma coluna no Templo de Deus.
Esse
é um elemento comum a todas as cartas do Apocalipse – 2.7 – 2.11 – 2.17 – 2.26
– 3.5 – 3.12 – 3.21. Aqueles que rejeitam os assédios da sinagoga de Satanás,
que tira proveito da porta aberta de serviço, conservam-se puros para a Palavra
e pregando-a, esse é vencedor. Aquele que tem a “Chave de Davi”, é capaz de fazer o vencedor ser uma coluna na casa
de Deus.
Em
cada uma das sete igrejas de Apocalipse há um “vencedor”. Em cada época, haverá
vencedores, a despeito dos problemas e das crises diferentes que tiverem de
enfrentar. Em cada caso, e cada uma das
sete igrejas da Ásia Menor, o “vencedor” é aquele que dá atenção às
advertências e instruções da carta sob consideração, e cumpre aquilo que dele é
exigido. A igreja de Filadélfia o grande triunfo seria a perseverança contra
aquela fraqueza que queria esfriá-los, contra os falsos judeus e as provações
que viriam sobre todo mundo.
A
vitória antecipada da igreja tem seus fundamentos postos na vitória já
conquistada por Jesus Cristo. Ele venceu a guerra, mas ela ainda não terminou.
Não só as igrejas antigas, mas cada cristão esta pessoalmente engajado nessa
guerra contra satanás e seus correligionários.
Portanto,
cada seguidor de Cristo recebe promessa e vida eterna e todas as demais
promessas que ele faz ao seus servos. – Apocalipse 2.10, 17, 26 – 3.5, 12 e 21.
Todas as promessas são feitas ao vencedor, isto é, a cada cristão genuíno.
Todo
cristão genuíno é um vencedor porque:
1.
Não existe cristão verdadeiro que também não seja um soldado, e está envolvido
em uma guerra, não sendo mero espectador. Ele conta com armadura de Deus e a
usa, domina e vence o mal – Efésios 6.11;
2.
Coisa alguma foi prometida àqueles que não se mostrarem vencedores nessa luta.
Cada uma das sete epistolas do Apocalipse promete algo ao vencedor – Apocalipse
2.7, 10, 17, 26 3.5, 12 e 21;
3.
Cristo é o vencedor Mor, Ele é o nosso exemplo. Quanto a esse título que é
aplicado ver – Apocalipse 3.21 – 5.5 e 17.14
“...
fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus ...” – A cidade de Filadélfia
sofria com terremotos frequentes, com a resultado de muitas construções ,
incluindo o templo, eram abalados, rachavam-se, e, algumas fazes tombavam.
Mesmo assim a cidade continuava habitada, a despeito de seus sofrimentos e de terem de edificar novas casas. A cidade
foi totalmente destruída por um terremoto, mas a doação imperial ajudou em sua
reconstrução. O vidente João dizia, por conseguinte, que em contraste dos
deuses pagãos, cujas colunas eram abaladas e destruídas por terremotos, os
vencedores perseverantes tronar-se-ão colunas no templo do Deus vivo, a
comunidade eram formadas de “Pedras vivas”
que compõem o “Templo do Deus vivo”. O
Apóstolo Paulo se retrata a nós como “Templo
do Espírito de Deus” – I Coríntios 3. 16, e 6. 19 e 20 e Efésios 2.22.
Pedro reforça essa afirmação I Pedro 2.5
Existem
pelo menos duas interpretações da expressão “Coluna no Templo de Deus”. Uma é
que os templos antigos tinham inúmeras colunas
esculpidas na forma de seres humanos que circundavam essas estrutura. A segunda é que uma coluna
no templo servia para honrar uma pessoa eminente, porém essas não devem ser tomadas
tão a sério.
Os
textos a seguir mostram o simbolismo do servo de Deus como coluna na igreja. Os
Apóstolos Tiago, Pedro e João são considerados colunas na igreja – Gálatas 2.9
comparar com – I Timóteo 3.15
A
palavra fala não de templos pagãos, nem de templo salomônico em Jerusalém, mas
da Nova Jerusalém que está descendo do céu. Isso significa que os santos serão
honrados no seio desse templo celestial. Isso excluí, pois, qualquer ideia de
colunas de apoio como templo antigos, a expressão “Templo” deve ser interpretada de forma figurada.
Significados
da “Coluna no Templo” aqui referida:
1.
Estabilidade de natureza espiritual, em contaste com os templos da cidade de
Filadélfia, que viviam abalados por terremotos;
2.
Glória na estabilidade, pois a permanência da alma conduz à transformação
divina dos homens segundo a imagem de Cristo – II Coríntios 3.18;
3.
Infusão da natureza divina na natureza humana, formando um processo eterno, pois Deus é o Templo e nós
as colunas desse templo;
4.
Somos adorador, e também habitantes perpétuo, o vitorioso cristão entrará no
templo celestial, portanto jamais sairá;
5.
A coluna da igreja são seus membros mais fortes e sustentadores. Esses dão seu
apoio ao trabalho da igreja, servindo de elementos fundamentais na mesma; assim
continuará sendo por toda eternidade;
6.
Os muitos templos de festividades religiosas de Filadélfia conquistaram para
ela o nome de “Atenas em miniatura”.
Mas o vidente João viu um templo magnificente, dotado de colunas, e muitíssimo
mais atrativo para a alma remida que toda glória pagã;
7.
Embora a coluna seja um elemento
ornamental “reveste-se de beleza”, é
colocada na estrutura de um edifício a
fim de ocupar certa função, e para tanto, precisa ser forte.
“...
daí jamais sairá ...” – Os cidadãos de Filadélfia, por causa dos
constantes terremotos, preferiam viver do lado de fora dos muros da cidade, em
campo aberto. As colunas referidas estarão dentro do templo, e não nos limites
externos conforme se via na estrutura dos templos pagãos. Serão fixadas dentro
do templo celeste, e sua posição será permanente. Os moradores de Filadélfia
viviam com medo dessas catástrofes naturais, em contraste os “Filhos de Deus” habitarão em segurança
em sua presença – Apocalipse 21.3
Todos
que entrarem neste templo celeste ali permaneceram para sempre em segurança
perfeita, satisfação e realização espiritual. Isso pode ser comparado com a
mesma forma de ideia, ilustrada no discurso sobre o “Bom Pastor” no décimo capítulo do evangelho de João. A ovelha entra
no rebanho conta com a proteção e os cuidados eternos do Bom Pastor, o que
envolve a satisfação de cada necessidade espiritual.
Já
que Deus é o templo, e os fiéis tornar-se-ão colunas, ficarão unidas a ele, e
nunca poderão ser separados. – Romanos 8. 35 a 39 e João 17.21. Em contraste
com isso, o profeta Isaias fala sobre a remoção da estaca que fora fincada em
lugar firme, (isto é Eliaquim) – Isaias 22.25. Talvez seja isso que o vidente João
tenha em mente. A etsca pode ser removida, mas a coluna não.
“...
gravarei também sobre ele o nome do meu Deus ...” – As colunas dos
templos pagãos antigos traziam gravações com nomes das divindades ali adorada,
juntamente com o nome dos sacerdotes, heróis e outros personagens importantes
para aquele culto. Os sacerdotes provinciais do culto ao imperador, quando ao
seu ano de oficio já começava até seu término, erguiam sua própria estátua
dentro dos limites do templo, inscrevendo sobre as mesmas o seu próprio nome,
ou o nome do progenitor, seu lugar de nascimento e o ano de durante o qual
oficiou. É possível que a gravação, aqui mencionada, por conseguinte, seja uma
alusão a essa prática, e que a ideia tenha sido transferida para prática de
gravar nomes sobre as colunas. Lemos também que muitas pessoas gravavam seus
nomes nas paredes dos templos, pensando que assim estariam em constante contato místico com o deus
daquele templo. Tais colunas eram esculpidas em formas humanas, e isso pode ser
sugerida ao vidente João a ideia que os vencedores tornar-se-iam colunas do
templo de Deus.
Alguns
estudiosos creem, que alusão que temos aqui não é a gravação sobre colunas ou
muralhas, e sim, sobre o próprio individuo vencedor; e, nesse caso, a alusão
talvez seja ao trecho de Êxodo 28.36 a 38, e à chapa de ouro, gravada com o
nome de Yahweh, que era então usada pelo sumo sacerdote, sobre a testa. A lição
é espiritual, é clara, ainda que simbolismo particular não seja muito claro.
Em
outras duas passagens, João elabora pensamentos dizendo que os nomes do
Cordeiro e do Pai são escritos nas frontes dos santos – Apocalipse 14.1 e 22.4.
Note que, da mesma forma que os santos recebem os nomes de Deus e do Cordeiro,
os incrédulos portaram o número do besta – Apocalipse 13.17, 18.
Significados
do nome de Deus, gravado sobre o cristão vencedor, transformado em colunas no
templo de Deus, são enumerados abaixo:
1.
Identificação; os verdadeiros cristãos serão identificados como pertencentes ao
Deus Altíssimo. Assim como a casa dos israelitas foram marcados com a sangue do
Cordeiro, e o Anjo destruidor não tocou em nenhum deles – Êxodo 12
2.
Possessão ou relacionamentos, pertencem a Deus; fazem parte do templo divino.
Aqueles que trazem seu nome escrito sobre suas testas pertencem a Ele,
3.
Cidadania da Nova Jerusalém, porquanto fazem parte do seu templo,
4.
Comunhão e transformação; um cristão é um filho de Deus e habita na presença de
Deus, agora e em intensidade cada vez maior. Por esse intermédio ele é
transformado segundo a imagem do filho, o qual, acima de todos os seres,
traz o nome de Deus,
5.
Yahweh, nome impronunciável, escrito sobre o Urim, será o nome escrito sobre o
Cristão. Ele estará sempre sujeito a receber maiores revelações de Deus , e
será transformado mediante essas comunicações. Isso pode ser comparado a
Apocalipse 2.7,
Os
pagãos acreditavam que esses nomes gravados possuíam algum poder mágico. Para o
vidente João havia um poder místico, em tudo isso, visando o benefício eterno
daquele que recebe o nome de Deus, como uma marca em sua vida.
“... o
nome da cidade do meu Deus a Nova Jerusalém ...” – O vencedor é assim
identificado como um cidadão daquela cidade, pelo que terá acesso aos céus, e a
tudo que ali está envolvido. Não seria mais um mero cidadão de Filadélfia, mas
receberia a cidadania muito superior da cidade celeste. Dotado dessa nova cidadania,
possuirá um nova natureza e também novas possessões. Entrará na categoria dos
homens transformados, daqueles que participam da mesma natureza do Filho.
Abraão
aguardava essa cidade celeste, tornou-se um peregrino na terra, a fim de
tornar-se cidadão da Nova Jerusalém. Nesse tempo ele não tinha um lugar
permanente, mas buscava a cidade vindoura, como nós fazemos – Hebreus 11.10 –
Filipenses 3.20.
Assim
também , tão preciosa, será a porção daquele que guarda a palavra de paciência
de Cristo e sai-se vencedor do conflito terreno contra o erro e o pecado.
Nova
Jerusalém – O vidente João nos fornece uma detalhada descrição da Nova
Jerusalém descrita em Apocalipse 21 2 e 10 a 27. Certamente ele tem por base
Ezequiel 48, onde os detalhes da cidade são dados com respeito a dimensões,
portões, tribos e nomes. O profeta Ezequiel, com propriedade, concluí esse
capítulo dizendo: “E o nome da cidade
daquele tempo será: O Senhor está ali” – Ezequiel 48.35b.
A
nova cidade é diferente da antiga no que diz respeito à sua forma, aspecto e
significação. – Gálatas 4.25 e 26 – Filipenses 3.20 – Hebreus 11.10, 12.22, 13.
14 e Apocalipse 21.2 – Ali o trono de Deus é estabelecido, em torno do qual
todas as nações são congregadas para honrar o nome do Senhor.
Os
discípulos de Cristo receberam o título de “cristão”pela
primeira vez em Antioquia – Atos 11.26. Para o mundo esse era um nome de
escárnio – Atos 26.28 e I Pedro 4.16. Mas ao entrar a Nova Jerusalém, o cristão
recebe o novo nome de Cristo, não somos informados que nome será esse, mas com
certeza não será ridicularizado, mas será honrado e reverenciado.
A
Nova Jerusalém indica “estado eterno”,
porquanto, descerá dos céus, somente após o milênio, o julgamento final.
Portanto, temos nisso um símbolo da vida nos lugares celestes,porquanto, a Nova
Jerusalém é retratada como a capital dos novos céus e nova terra.
“... e
o meu novo nome ...” – Temos aqui uma menção ao nome de Cristo, uma
nova e elevadíssima revelação de Cristo, o Filho, para os filhos de Deus. esse
nome identifica os filhos com o Filho, e o resultado é que todos compartilharão
do que Ele é.
Apocalipse 3.13 – “Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz às igrejas.”
Essa
declaração faz parte da conclusão de todas as sete cartas do Apocalipse. Todo
cristão tem certa sensibilidade espiritual, que lhe foi dada por Deus. Esses
são os ouvidos espirituais. Aquele que afirma possuir qualquer receptividade
espiritual deve exercer tal capacidade, dando ouvidos às promessas e
advertências dessa cartas passando a agir de acordo com as mesmas.
Notemos
que Espírito quem nos conclama a ouvir. A mensagem é divina, as promessa , são
divinas, as advertências são divinas. Portanto, o imperativo é divino. O
Espírito continua falando a todos os ouvidos abertos e a todos os corações bem
dispostos em todas essas admiráveis e solenes mensagens. Estaremos ouvindo
realmente?
“...
Quem tem ouvidos, ouça ...” – Essa frase foi emitida pelos lábios de
Jesus Cristo durante seu ministério terreno, porém aqui aparece com um
complemento “O que o Espírito diz a igreja” ocorrendo em cada uma das cartas
individualmente. – (2.7,11,17,29 e 3.6,13,22). Trata-se de uma solene chamada,
para que se aplique o que acaba de ouvir. Já que Cristo é apresentado como quem
fala, não admira que a forma de expressão seja similar a declarações genuínas
de Jesus nos evangelhos. – Mateus 11.15 – 13.9.43 – Marcos 4.9,23 – 7.16 –
Lucas 8.8 – 14.35.
Essa
é uma expressão usada acerca de verdades radicais. As sete cartas deveriam ser
lidas nas igrejas – Apocalipse 1.3 – poucas pessoas poderiam lê-las
pessoalmente, mas todos poderiam ouvir a leitura dessas instruções. . Portanto
já que eram capazes de ouvir, porque seu aparelho auditivo estava em
funcionamento então, deveriam ter sabedoria de dar ouvidos e de pôr em prática
o que lhes estava sendo lido.
A
primeira parte dessa sentença é uma expressão que se refere ao ato de ouvir
mecanicamente ou fisicamente, ela vem acompanhada em dar ouvido.a segunda parte
é uma ordem para ouvir atenta e obedientemente as palavras do Espírito Santo.
Jesus fala através do Espírito como também se faz ouvir em outras passagens das
escrituras. – João 14.26 – 15.26 – 16.13 e14 – Atos 2.23.
Os
ouvidos que ouve. Um dos mas solenes estudos da Bíblia inteira é aquele que
concerne ao ouvido que ouve.
No
fim de quarenta anos passou no deserto, Moisés diz Israel que embora tivessem
visto tantos prodígios, Yahweh não lhes dera, côo noção olhos para verem e
ouvidos para ouvirem – Deuteronômio 29.4 – E quando se achavam na Terra de
Canaã também não deram ouvidos aos mensageiros de Deus os Profetas, a Isaias –
“Ouvi, ouvi, e nada entendais, vede,vede
mas nada percebais, torna insensível o coração do povo endurecendo-lhes os
ouvidos e fechando-lhes os olhos, para que não venham ver com os olhos, a ouvir
com ouvidos e entender com o coração, e se convertam , e sejam salvos” –
Isaias 6.10 – O profeta Jeremias clama: “ouvi
agora isso,ó povo insensato e sem entendimento que tendes olhos e não vedes,
tendes ouvidos e não ouvis – Mas não lhe deram ouvidos nem atenderam, porém
andaram nos próprios conselhos e na dureza do seu coração maligno; andaram para
trás e não para diante desde o dia que vosso pais saíram da terra do Egito, até
hoje, enviei-vos todos os meus servos , os profetas, todos os dias, começando
de madrugada, eu vos enviei; mas não deste ouvidos, nem me atendestes; a cerviz
fizeste pior que seu pais” – Jeremias 5.21e 7.24 a 26
Essas
citações não da apenas lugar a interpretação fatalista , mas põem toda culpa
sobre o endurecimento do coração e o desprezo dos ouvintes.
Podemos
citar outras diversas passagens que refutarão no mesmo sentido – Ezequiel 12.2
– “Filho do homem, tu que habitas no meio
da casa rebelde, que tem olhos para ver e não vê, tem ouvidos para ouvir e não
ouve, porque é tu casa rebelde” - O
ouvir sem a devida reação positiva produz a ilusão fatal; a capacidade dos
homens se esquecem do que diz Tiago 1. 22 a 24 – “Tornai-vos pois, praticante da palavra e não somente ouvintes,
enganando-vos a vós mesmos, porque, se alguém é ouvinte da palavra e não
praticante assemelhar-se-ão homem que contempla, no espelho, o seu rosto
natural, pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de
como era seu rosto”
O
Senhor Jesus chegou até a dizer para seus discípulos, no barco – “...ainda não considerastes, nem
compreendestes?tendes o coração endurecido? Tendo olhos não vedes? E,tendo
ouvidos, não ouvis?” – Marcos 8.17 e 18
E
não podemos esquecer-nos do que fala o Apóstolo Paulo – “pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário,
cercar-se-ão de mestres segundo sua próprias cobiças, como que sentido coceira
nos ouvidos se recusarão a dar ouvidos, à verdade, entregando-se as fábulas”
– II Timóteo 4. 3 e 4.
Ora,
por nada menos do que sete vezes nos
evangelhos e por oito vezes no livro de Apocalipse, ecoa aquela chamada
vital, aberta e particular – “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz
as igrejas”
1
– Visam a todos os membros da igreja.
2
– Só podem ser colocadas em prática pelos que possuem discernimento espiritual,
por aqueles que buscam o mesmo, de tal modo que ponham em prática o que ali e
encontrado.
3
– Procedem elas do Espírito, porquanto foi ele quem as proferiu; por
conseguinte, só podem ser discernida espiritualmente, por serem
imperativos divinos.
4
– O significado dessas declarações transcendem ao que é terreno, e presente;
fornece-nos um vislumbre da glória futura.
5
– Essas mensagens foram dirigidas à comunidade religiosa, coletivamente, porém,
também aplica-se individualmente.
“... o
que o Espírito diz ...” – O Espírito Santo é o porta voz de Cristo em
Apocalipse. O seu poder divino que dá prosseguimento a sua obra, dentro e fora
da igreja. O Espírito Santo de Deus fala – “E
servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: separai-me agora a
Barnabé e Saulo para a obra que os tenho chamado”
“...
as igrejas ...” – A mensagem foi dirigida não somente a igreja de
Éfeso, e sim as sete igrejas da Ásia Menor, para onde foi originalmente enviado
o livro de Apocalipse. Acredita-se que cada uma das sete igrejas recebeu copia
da carta de Apocalipse dos capitulo dois e três. Naturalmente elas
representavam a igreja universal.
FONTES DE ESTUDO
Estudo de Apocalipse de Jesus Cristo – Dennis Allan
Comentário do Novo Testamento - Willian Barclay
Novo Testamento interpretado Versículo por Versículo
– R. N. Champlin
Comentário Novo Testamento – Apocalipse – Simon
Kistemarker
Estudos no Livro de Apocalipse – Reverendo Hernandes
Dias Lopes
Apocalipse de Jesus Cristo – Um comentário para
nossos dias – Win Malgo
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