terça-feira, 8 de agosto de 2017

SEGUNDA PRAGA – RÃS – Êxodo 8.1 a 15


SEGUNDA PRAGA – RÃS – Êxodo 8.1 a 15

TEXTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO

Êxodo 8.1 – Chega a Faraó e dize-lhe – Deus exigiu obediência absoluta. Seria preciso bastante tempo, haveria muitas ordens, muitos movimentos, muitas estratégias. Aarão desempenharia seu papel de orador principal. A mensagem seria a mesma: “Deixe que meu povo saia”  Deus tinha um filho primogênito que deveria ser tirado do Egito, pondo fim ao longo exílio que os Israelitas sofreram ali.

Deus conhecia o coração frio do rei, e estava preparado para usar sua força de criação para impressionar aquele descrente a deixar Israel partir. Moisés atuou em todas as pragas como porta voz de Yahweh, o Deus todo Poderoso, cujo nomes e natureza lhe haviam de ser revelado. Para os egípcios e provavelmente muitos dos israelitas, Yahweh era apenas mais um entre muitos deuses. Porém Deus estava prestes a mostrar-se infinitamente superior aos deuses vazios, inúteis e sem realidade adorado pelo povo egípcio.

Deixa ir meu povo – Isso já havia sido dito anteriormente, e seria dito outras vezes ainda. Deus tinha um filho primogênito no Egito, e exigia que fossem libertos – (Êxodo 4.22 e 23 – 5.1 – 7.16 – 8.20 – 9.1 e 10.3) 

Encontramos a expressão: “Israel é meu filho” (Êxodo 4.22) – Com certeza temos uma exaltação a nação de Israel, que além de ser filho amado de Yahweh, era Seu primogênito, filho privilegiado, dotado de direito de primogenitura. O Egito havia aprisionado aquele filho exaltado, e agora teria que pagar o preço por seu erro e perseguição. Se Israel não fosse liberado, os filhos primogênitos do Egito teriam de morrer. Porém, a liberação do primogênito de Deus poderia ter salvo os primogênitos do Egito. Faraó, entretanto, calculou mal, mediu exageradamente o seu próprio poder, e subestimou o Deus de Israel. Assim reteve Israel cativo e por esse motivo pagou um alto preço, perdeu seus próprios filhos primogênitos.

Êxodo 8.2 – Castigarei com rãs – No hebraico “tesephardea” um termo que usa três vezes no Antigo Testamento – (Êxodo 8.2,9,11 e 13 – Salmo 78.45 e Salmo 105.30). No Novo Testamento, a palavra no rego é “batraxos” e ocorre somente em Apocalipse 16.13.

No Antigo Testamento, essa palavra ocorre com conexão com uma das dez pragas do Egito, ao passo que, no Novo Testamento, o sentido é metafórico representando espírito malignos. Apocalipse 16.13 – “Então, vi sair da bocado dragão, da boca do a besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs

Rã era um sinal de maldade. A religião Zoroastro dividia os animais em duas categorias, bons e maus, semelhante aos Judeus que dividia os animais em limpos e imundos. O deus “Ahriman” podia transformar-se em uma rã, e espalhar outras rãs e outros seres a fim de trazer a peste, a dor e as enfermidades. Esses animais também representavam poderes demoníacos.

Possivelmente João estivesse frisando alguma última perseguição contra a igreja, que acompanharia de imediato a destruição da terra, por ocasião do Armagedom.

As rãs era animais imundos, portanto suas fontes originárias, o dragão e suas bestas. A missão dessas rãs era de enlouquecer os moradores da terra, assim como a praga no Egito.   

Diversos tipos rãs era nativas do rio Nilo, e uma ou mais espécie dessas poderia ter causado a praga mencionada aqui. Tais rãs podiam atingir apenas sete centímetros de comprimento, o que significa que eram muito pequenas. A rã verde é comestível, mas tais batráquios eram considerados imundos pelos egípcios e pelo israelitas. o rio Nilo, por ocasião da primeira praga, ficou severamente poluído, sendo esse o possível motivo do aparecimento daquele rãs, que saíram das águas marginais daquele rio, para invadir todo Egito.

No Salmo 42.7 diz: – “... um abismo chama outro abismo ...”. No caso do Egito, um pecado abriu caminho outro, as águas imundas do Nilo, trouxeram as rãs.

Nos lugares quentes e secos, as rãs desidratavam e morriam rapidamente,  o que resultava na putrefação, com odores desagradáveis, e ameaçando a saúde da vida no Egito. É uma ironia que as rãs se mostrem muito útil no controle da multiplicação dos insetos, e algumas das pragas que se seguiram a praga das rãs devem ter sido causada por insetos, pelo menos em parte.

Normalmente as rãs permanecem perto de rios, mas nesta ocasião elas invadiram todos lugares imagináveis. Deus poderia ter lançado contra os egípcios qualquer tipo de animal, leão, urso, crocodilo, etc ...Mas Ele preferiu a humilde rã, e insetos como piolho e as moscas. Pragas que extremamente incomodas, entretanto menos ameaçadoras à vida que animais ferozes. 
  
Êxodo 8.3 – O rio produzira rãs em abundancia – por onde estivessem os egípcios, ali estava as rãs com seu incessante coaxar. Havia uma quantidade prodigiosa do animal, os quais ao morrerem empesteavam o ar com seu mal cheiro.

Havia uma superstição, que os críticos pensavam que o autor do livro de Êxodo compartilhava, n que diz, que as rãs se multiplicavam espontaneamente sem procriarem, a partir do lodo d rio Nilo. Até nos dias de hoje existe esta crença, que o Nilo tem esse poder sobrenatural.

Os egípcios atribuíam poderes divinos as rãs. Era adorada uma deusa egípcia de nome Heqet, que tinha forma de mulher com cabeça de rã. Seu marido, o deus Khnum, teria criado as coisas fazendo sair vida pelas narinas de Heqet. Sua respiração animaria os corpos criados por seu marido. Essa crassa superstição fazia a religião egípcia proibir a matança das rãs.. por conseguinte, essa segunda praga foi um ataque contra a crença egípcia.

A história mostra que os egípcios eram um povo que davam grande valor a higiene pessoal. Mas agora havia rãs até nos seu leitos. Os sacerdotes se vestiam com linhos finos, mas agora saltavam rãs dentro dos templos. Elas também caiam sobre os utensílios de cozinha e nos pratos, estavam nas gavetas, em vasos de plantas, em esgotos e até nas taças sagradas.

O Íbis, uma ave que se alimentava de rãs, ficava impotente diante de tão grande número de rãs. Até o sistema ecológico estava sofrendo um tremendo desiqulibrio.    

O Íbis são aves pernaltas, de pescoço longo, de bicos comprido e virado para baixo. São na maioria dos casos animais gregários, que vivem e se alimentam em grupo. Vivem e regiões costeiras e perto de água, seus alimentos preferidos são: crustáceos e moluscos. Segundo a tradição o Íbis é a única ave a desaparecer antes de um furação e a primeira a aparecer depois de tempestade. O Íbis era objeto de veneração religiosa e esta associado ao deus “thoth”. O Íbis foi citado na Bíblia Católica e na Nova Tradução de hoje no livro de Jó, como sendo uma ave que anuncia as enchentes do Rio Nilo.

Êxodo 8.4 – Virão sobre ti, e sobre teu povo – Faraó e seus cortesãos não conseguiram desvencilhar-se da rãs. Usualmente, o poder do dinheiro podem afastar as pragas que acossam os pobres. Mas incansavelmente as rãs não poupavam as donzelas dengosas e os cavalheiros conhecedores das finuras palacianas. 

Êxodo 8.5 – Dize a Aarão: Estende a mão com teu bordão – A vara de poder que era usada por Moisés foi novamente entregue a Aarão, e por sua vez teve grande prodígio de multiplicação de rãs.

Êxodo 8.6 – Aarão estendeu a mão – A vara usada nos milagres realizado no Egito simbolizava o poder que Deus entregue ao homem que Lhe obedece sua vontade, e é fiel ao chamado divino.

Êxodo 8.7 – Os magos fizeram o mesmo – Os magos fizeram sair ainda mais rãs do rio Nilo. Era o poder satânico, real, e totalmente negativo. Tal milagre realizado pelo magos aumentou mais inda a aflição do povo. Assim acontece quando os homens manipulam as forças do mundo dos espíritos sem uma autentica espiritualidade.

Outra vez os magos só serviram para multiplicar a desgraça, como fizeram anteriormente com a água do Nilo. Nada mais fácil naquela hora que fazer aparecer mais rãs. Faraó viu que falhara novamente seus artífices, logo veio a Moisés e Aarão o pedir socorro.

Êxodo 8.8 – Chamou Moisés e Aarão – Vemos aqui uma espécie de quebrantamento no coração de Faraó. Pois seus magos, sacerdotes de confiança falharam em sua missão, ao invés de amenizar o problema, só piorou a situação multiplicando o número de rãs.

Rogais ao Senhor para que tire as rãs de mim e meu povo – Ficou claro para Faraó que apenas Moisés e Aarão poderia invocar o poder de Deus, e somente através da intervenção de Yahweh poderia livrar-se daqueles impertinentes animais. Pois seus magos tinham falhado em tão importante missão.

Faraó tinha cessado de zombar de Deus, agora o rei dependia do Seu poder, e não dos falsos deuses. Também reconheceu a missão e autoridade de Moisés e Aarão.

Deixarei o povo ir – A vida no país não foi posta em perigo real por essa segunda praga, mas foi algo tão inconveniente que Faraó quase deixou escapar seu barato trabalho escravo. Porém sua insanidade retornou, assim quem a praga desapareceu, com a mortandade em massa das rãs.

Faraó tinha feito promessa solene que permitiria a partida de Israel, talvez uma promessa sincera no momento, mas voltou atrás mais tarde do que lhe prometera.

Podemos observar através dessa falsa afirmação de Faraó que, as palavras que saem da boca do ímpio dificilmente será cumprida.  

Para sacrificar ao Senhor – Não se tem como precisar, mas ao que parece os quatrocentos anos que Israel ficou subjugado pelo Egito, não houve holocaustos em adoração a Yahweh. Pois tais práticas eram abominações a cultura e religião egípcia, pois os animais usados nos sacrifícios dos hebreus eram considerados divinos, então era proibidos serem sacrificados a qualquer deus que fosse.

Percebemos que o povo queria voltar a ter um relacionamento sacrificial a Deus. Graças a Deus hoje não precisamos realizar tal rito, pois Jesus é nosso sacrifício vitalício – Hebreus 9.11 a 14.

Êxodo 8.9 – Digna-te dizer-se quando – Moisés permitiu que Faraó determinasse o tempo da soltura. É como se ele tivesse dito: “Dize-me quando mandarei as rãs embora”. Então Moisés levaria o pedido de Faraó à presença do Senhor.

Êxodo 8.10 – Ele respondeu: Amanhã – Faraó era, segundo o pensamento dos egípcios um ser divino, e logo o ato de “combinar” com os mensageiros de Deus seria  mesmo que admitir um ser superior a si mesmo. A guerra que vamos ver na mente de Faraó é semelhante aquele que cada pessoa enfrenta quando decide seguir ou rejeitar a Jesus Cristo.

Seja conforme tua palavra – Essa foi a ordem de Faraó; Moisés a transmitiu a Yahweh, e assim sucedeu. Não havia como alguém dizer : “Isso aconteceu por coincidência”. Faraó tinha determinado o prazo,e, pela de Deus misericórdia, assim  ocorreu.

Para que saiba que não há ninguém como o Senhor nosso Deus – Coisa alguma poderia ser tão decisiva de que essa praga foi um acontecimento sobrenatural do que o fato que ao Faraó foi permitido determinar o tempo em que ela seria removida. No dia seguinte as rãs estavam mortas de súbito. Nenhum processo natural poderia ter feito isso.

Êxodo 8.11 – Ficarão somente no rio – O texto é bem objetivo em relatar que as rãs que estavam em excesso foram exterminadas por intervenção de Yahweh. Porém o ciclo natural dos animais continuou, as poucas rãs que sobrou, se limitaram a ficar em seu habitante natural, sem prejudicar, nem importunar nenhum habitante do Egito.        

Êxodo 8.12 – Moisés clamou ao Senhor – Sem perda de tempo Moisés, assim que saíra da presença de Faraó, foi até a presença de Deus.

Conforme combinará com Faraó – Ao que parece Moisés e Faraó tinham acordado a respeito de Moisés livrar-se das rãs, e Faraó deixar sair o povo de Israel.

Faraó era considerado um deus segundo o pensamento dos egípcios, e logo o ato de combinar com os mensageiros de Deus seria o mesmo que admitir um ser superior a si mesmo. 

Êxodo 8.13 – O Senhor fez conforme a palavra de Moisés – Deus tinha investido em Moisés, e suas orações mostravam-se eficazes.

Tiago 5.16 – “... muito pode, por eficácia o oração de um justo”    

Ademais, Moisés recebera uma missão divina, e tudo quanto estivera envolvido nesta missão tinha sido determinado pelo Senhor. Porquanto, não deveríamos admirar que Deus tenha removido as mesmas rãs que Ele fizera multiplicar-se tão sobrenaturalmente. E agora restava fazer a limpeza do Egito – (Bíblia de Jerusalém – Êxodo 8.10 “E ajuntaram-na em montões imensos, e a terra ficou poluída”)

Êxodo 8.14 – Montões e montões – Os corpos das rãs eram um inconveniente muito grande. O Egito estava momentaneamente livre do problema, mas não por muito tempo, porque  a causa do drama todo, a dureza do coração de Faraó, em nada mudaria. Talvez os montões de rãs mortas tenham sido a causa, ou, pelo menos, causa contribuinte para grande multiplicação dos insetos que faria parte da terceira e quarta praga que viriam a seguir no Egito, as moscas e os piolhos.

Êxodo 8.15 – Vendo, porém, Faraó que havia alívio, continuou com o coração endurecido – Foi uma atitude estúpida de sua parte. Ao ver o Egito livre das rãs, imaginou que tudo terminaria naquele ponto. Ele não queria abrir mão do trabalho escravo prestado pelos filhos de Israel. Por isso recusou cumprir a promessa que fizera. Sua continua obstinação aumentava cada vez mais. Faraó tivera muitas oportunidades de se arrepender e mudar de ação. Geralmente é assim que os pecadores agem. Faraó havia experimentado seus próprios recursos. Seus mágicos tinham multiplicado as rãs, mas não tinha conseguido livrar-se delas. Os recursos dos religiosos não dão certo, então a única saída é apelar para o Deus verdadeiro, abandonando assim seus ídolos, rezas e ritos inúteis.

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FONTES DESTE ESTUDO

Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – R.N.Champlin
Bíblia Shedd – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada
Wikepédia – wikepedia.org

Pastor – Paulo Sergio Sandrim
facebook – Paulo Sergio Sandrim
Celular – 98306-7709 (vivo)




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