SEGUNDA PRAGA –
RÃS – Êxodo 8.1 a 15
TEXTO
INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO
Êxodo
8.1 –
Chega a Faraó e dize-lhe – Deus exigiu obediência absoluta. Seria
preciso bastante tempo, haveria muitas ordens, muitos movimentos, muitas
estratégias. Aarão desempenharia seu papel de orador principal. A mensagem
seria a mesma: “Deixe que meu povo saia”
Deus tinha um filho primogênito que deveria ser tirado do Egito, pondo
fim ao longo exílio que os Israelitas sofreram ali.
Deus
conhecia o coração frio do rei, e estava preparado para usar sua força de
criação para impressionar aquele descrente a deixar Israel partir. Moisés atuou
em todas as pragas como porta voz de Yahweh, o Deus todo Poderoso, cujo nomes e
natureza lhe haviam de ser revelado. Para os egípcios e provavelmente muitos
dos israelitas, Yahweh era apenas mais um entre muitos deuses. Porém Deus
estava prestes a mostrar-se infinitamente superior aos deuses vazios, inúteis e
sem realidade adorado pelo povo egípcio.
Deixa ir meu povo – Isso já havia
sido dito anteriormente, e seria dito outras vezes ainda. Deus tinha um filho
primogênito no Egito, e exigia que fossem libertos – (Êxodo 4.22 e 23 – 5.1 –
7.16 – 8.20 – 9.1 e 10.3)
Encontramos
a expressão: “Israel é meu filho” (Êxodo 4.22) – Com certeza temos uma
exaltação a nação de Israel, que além de ser filho amado de Yahweh, era Seu
primogênito, filho privilegiado, dotado de direito de primogenitura. O Egito
havia aprisionado aquele filho exaltado, e agora teria que pagar o preço por
seu erro e perseguição. Se Israel não fosse liberado, os filhos primogênitos do
Egito teriam de morrer. Porém, a liberação do primogênito de Deus poderia ter
salvo os primogênitos do Egito. Faraó, entretanto, calculou mal, mediu
exageradamente o seu próprio poder, e subestimou o Deus de Israel. Assim reteve
Israel cativo e por esse motivo pagou um alto preço, perdeu seus próprios
filhos primogênitos.
Êxodo
8.2 – Castigarei com rãs – No hebraico “tesephardea” um termo que usa
três vezes no Antigo Testamento – (Êxodo 8.2,9,11 e 13 – Salmo 78.45 e Salmo
105.30). No Novo Testamento, a palavra no rego é “batraxos” e ocorre somente em
Apocalipse 16.13.
No
Antigo Testamento, essa palavra ocorre com conexão com uma das dez pragas do
Egito, ao passo que, no Novo Testamento, o sentido é metafórico representando
espírito malignos. Apocalipse 16.13 – “Então,
vi sair da bocado dragão, da boca do a besta e da boca do falso profeta três
espíritos imundos semelhantes a rãs”
Rã
era um sinal de maldade. A religião Zoroastro dividia os animais em duas
categorias, bons e maus, semelhante aos Judeus que dividia os animais em limpos
e imundos. O deus “Ahriman” podia transformar-se em uma rã, e espalhar outras
rãs e outros seres a fim de trazer a peste, a dor e as enfermidades. Esses
animais também representavam poderes demoníacos.
Possivelmente
João estivesse frisando alguma última perseguição contra a igreja, que
acompanharia de imediato a destruição da terra, por ocasião do Armagedom.
As
rãs era animais imundos, portanto suas fontes originárias, o dragão e suas
bestas. A missão dessas rãs era de enlouquecer os moradores da terra, assim
como a praga no Egito.
Diversos
tipos rãs era nativas do rio Nilo, e uma ou mais espécie dessas poderia ter
causado a praga mencionada aqui. Tais rãs podiam atingir apenas sete
centímetros de comprimento, o que significa que eram muito pequenas. A rã verde
é comestível, mas tais batráquios eram considerados imundos pelos egípcios e
pelo israelitas. o rio Nilo, por ocasião da primeira praga, ficou severamente
poluído, sendo esse o possível motivo do aparecimento daquele rãs, que saíram
das águas marginais daquele rio, para invadir todo Egito.
No
Salmo 42.7 diz: – “... um abismo chama
outro abismo ...”. No caso do Egito, um pecado abriu caminho outro, as
águas imundas do Nilo, trouxeram as rãs.
Nos
lugares quentes e secos, as rãs desidratavam e morriam rapidamente, o que resultava na putrefação, com odores
desagradáveis, e ameaçando a saúde da vida no Egito. É uma ironia que as rãs se
mostrem muito útil no controle da multiplicação dos insetos, e algumas das
pragas que se seguiram a praga das rãs devem ter sido causada por insetos, pelo
menos em parte.
Normalmente
as rãs permanecem perto de rios, mas nesta ocasião elas invadiram todos lugares
imagináveis. Deus poderia ter lançado contra os egípcios qualquer tipo de
animal, leão, urso, crocodilo, etc ...Mas Ele preferiu a humilde rã, e insetos
como piolho e as moscas. Pragas que extremamente incomodas, entretanto menos
ameaçadoras à vida que animais ferozes.
Êxodo
8.3 – O rio produzira rãs em abundancia – por onde estivessem os
egípcios, ali estava as rãs com seu incessante coaxar. Havia uma quantidade
prodigiosa do animal, os quais ao morrerem empesteavam o ar com seu mal cheiro.
Havia
uma superstição, que os críticos pensavam que o autor do livro de Êxodo
compartilhava, n que diz, que as rãs se multiplicavam espontaneamente sem procriarem,
a partir do lodo d rio Nilo. Até nos dias de hoje existe esta crença, que o
Nilo tem esse poder sobrenatural.
Os
egípcios atribuíam poderes divinos as rãs. Era adorada uma deusa egípcia de
nome Heqet, que tinha forma de mulher com cabeça de rã. Seu marido, o deus
Khnum, teria criado as coisas fazendo sair vida pelas narinas de Heqet. Sua
respiração animaria os corpos criados por seu marido. Essa crassa superstição
fazia a religião egípcia proibir a matança das rãs.. por conseguinte, essa
segunda praga foi um ataque contra a crença egípcia.
A
história mostra que os egípcios eram um povo que davam grande valor a higiene
pessoal. Mas agora havia rãs até nos seu leitos. Os sacerdotes se vestiam com
linhos finos, mas agora saltavam rãs dentro dos templos. Elas também caiam
sobre os utensílios de cozinha e nos pratos, estavam nas gavetas, em vasos de
plantas, em esgotos e até nas taças sagradas.
O
Íbis, uma ave que se alimentava de rãs, ficava impotente diante de tão grande
número de rãs. Até o sistema ecológico estava sofrendo um tremendo desiqulibrio.
O
Íbis são aves pernaltas, de pescoço longo, de bicos comprido e virado para
baixo. São na maioria dos casos animais gregários, que vivem e se alimentam em
grupo. Vivem e regiões costeiras e perto de água, seus alimentos preferidos
são: crustáceos e moluscos. Segundo a tradição o Íbis é a única ave a
desaparecer antes de um furação e a primeira a aparecer depois de tempestade. O
Íbis era objeto de veneração religiosa e esta associado ao deus “thoth”. O Íbis
foi citado na Bíblia Católica e na Nova Tradução de hoje no livro de Jó, como
sendo uma ave que anuncia as enchentes do Rio Nilo.
Êxodo
8.4 – Virão sobre ti, e sobre teu povo – Faraó e seus cortesãos não
conseguiram desvencilhar-se da rãs. Usualmente, o poder do dinheiro podem
afastar as pragas que acossam os pobres. Mas incansavelmente as rãs não
poupavam as donzelas dengosas e os cavalheiros conhecedores das finuras
palacianas.
Êxodo
8.5 – Dize a Aarão: Estende a mão com teu bordão – A vara de poder que era usada por Moisés foi novamente entregue
a Aarão, e por sua vez teve grande prodígio de multiplicação de rãs.
Êxodo
8.6 – Aarão estendeu a mão – A vara usada nos milagres realizado no
Egito simbolizava o poder que Deus entregue ao homem que Lhe obedece sua
vontade, e é fiel ao chamado divino.
Êxodo
8.7 – Os magos fizeram o mesmo – Os magos fizeram sair ainda mais rãs
do rio Nilo. Era o poder satânico, real, e totalmente negativo. Tal milagre
realizado pelo magos aumentou mais inda a aflição do povo. Assim acontece
quando os homens manipulam as forças do mundo dos espíritos sem uma autentica
espiritualidade.
Outra
vez os magos só serviram para multiplicar a desgraça, como fizeram
anteriormente com a água do Nilo. Nada mais fácil naquela hora que fazer
aparecer mais rãs. Faraó viu que falhara novamente seus artífices, logo veio a
Moisés e Aarão o pedir socorro.
Êxodo
8.8 – Chamou Moisés e Aarão – Vemos aqui uma espécie de
quebrantamento no coração de Faraó. Pois seus magos, sacerdotes de confiança
falharam em sua missão, ao invés de amenizar o problema, só piorou a situação
multiplicando o número de rãs.
Rogais ao Senhor para que tire as rãs de mim e meu
povo
– Ficou claro para Faraó que apenas Moisés e Aarão poderia invocar o poder de
Deus, e somente através da intervenção de Yahweh poderia livrar-se daqueles
impertinentes animais. Pois seus magos tinham falhado em tão importante missão.
Faraó
tinha cessado de zombar de Deus, agora o rei dependia do Seu poder, e não dos
falsos deuses. Também reconheceu a missão e autoridade de Moisés e Aarão.
Deixarei o povo ir – A vida no
país não foi posta em perigo real por essa segunda praga, mas foi algo tão
inconveniente que Faraó quase deixou escapar seu barato trabalho escravo. Porém
sua insanidade retornou, assim quem a praga desapareceu, com a mortandade em
massa das rãs.
Faraó
tinha feito promessa solene que permitiria a partida de Israel, talvez uma
promessa sincera no momento, mas voltou atrás mais tarde do que lhe prometera.
Podemos
observar através dessa falsa afirmação de Faraó que, as palavras que saem da
boca do ímpio dificilmente será cumprida.
Para sacrificar ao Senhor – Não se tem
como precisar, mas ao que parece os quatrocentos anos que Israel ficou subjugado
pelo Egito, não houve holocaustos em adoração a Yahweh. Pois tais práticas eram
abominações a cultura e religião egípcia, pois os animais usados nos
sacrifícios dos hebreus eram considerados divinos, então era proibidos serem
sacrificados a qualquer deus que fosse.
Percebemos
que o povo queria voltar a ter um relacionamento sacrificial a Deus. Graças a
Deus hoje não precisamos realizar tal rito, pois Jesus é nosso sacrifício
vitalício – Hebreus 9.11 a 14.
Êxodo
8.9 – Digna-te dizer-se quando – Moisés permitiu que Faraó
determinasse o tempo da soltura. É como se ele tivesse dito: “Dize-me quando
mandarei as rãs embora”. Então Moisés levaria o pedido de Faraó à presença do
Senhor.
Êxodo
8.10 – Ele respondeu: Amanhã – Faraó era, segundo o pensamento dos
egípcios um ser divino, e logo o ato de “combinar”
com os mensageiros de Deus seria mesmo
que admitir um ser superior a si mesmo. A guerra que vamos ver na mente de
Faraó é semelhante aquele que cada pessoa enfrenta quando decide seguir ou
rejeitar a Jesus Cristo.
Seja conforme tua palavra – Essa foi a
ordem de Faraó; Moisés a transmitiu a Yahweh, e assim sucedeu. Não havia como
alguém dizer : “Isso aconteceu por coincidência”. Faraó tinha determinado o
prazo,e, pela de Deus misericórdia, assim
ocorreu.
Para que saiba que não há ninguém como o Senhor
nosso Deus –
Coisa alguma poderia ser tão decisiva de que essa praga foi um acontecimento
sobrenatural do que o fato que ao Faraó foi permitido determinar o tempo em que
ela seria removida. No dia seguinte as rãs estavam mortas de súbito. Nenhum
processo natural poderia ter feito isso.
Êxodo
8.11 – Ficarão somente no rio – O texto é bem objetivo em relatar que
as rãs que estavam em excesso foram exterminadas por intervenção de Yahweh.
Porém o ciclo natural dos animais continuou, as poucas rãs que sobrou, se
limitaram a ficar em seu habitante natural, sem prejudicar, nem importunar
nenhum habitante do Egito.
Êxodo
8.12 – Moisés clamou ao Senhor – Sem perda de tempo Moisés, assim que
saíra da presença de Faraó, foi até a presença de Deus.
Conforme combinará com Faraó – Ao que parece
Moisés e Faraó tinham acordado a respeito de Moisés livrar-se das rãs, e Faraó
deixar sair o povo de Israel.
Faraó
era considerado um deus segundo o pensamento dos egípcios, e logo o ato de
combinar com os mensageiros de Deus seria o mesmo que admitir um ser superior a
si mesmo.
Êxodo
8.13 – O Senhor fez conforme a palavra de Moisés – Deus tinha
investido em Moisés, e suas orações mostravam-se eficazes.
Tiago
5.16 – “... muito pode, por eficácia o
oração de um justo”
Ademais,
Moisés recebera uma missão divina, e tudo quanto estivera envolvido nesta
missão tinha sido determinado pelo Senhor. Porquanto, não deveríamos admirar
que Deus tenha removido as mesmas rãs que Ele fizera multiplicar-se tão
sobrenaturalmente. E agora restava fazer a limpeza do Egito – (Bíblia de
Jerusalém – Êxodo 8.10 “E ajuntaram-na em
montões imensos, e a terra ficou poluída”)
Êxodo
8.14 – Montões e montões – Os corpos das rãs eram um inconveniente
muito grande. O Egito estava momentaneamente livre do problema, mas não por
muito tempo, porque a causa do drama
todo, a dureza do coração de Faraó, em nada mudaria. Talvez os montões de rãs
mortas tenham sido a causa, ou, pelo menos, causa contribuinte para grande
multiplicação dos insetos que faria parte da terceira e quarta praga que viriam
a seguir no Egito, as moscas e os piolhos.
Êxodo
8.15 – Vendo, porém, Faraó que havia alívio, continuou com o coração
endurecido – Foi uma atitude estúpida de sua parte. Ao ver o Egito
livre das rãs, imaginou que tudo terminaria naquele ponto. Ele não queria abrir
mão do trabalho escravo prestado pelos filhos de Israel. Por isso recusou
cumprir a promessa que fizera. Sua continua obstinação aumentava cada vez mais.
Faraó tivera muitas oportunidades de se arrepender e mudar de ação. Geralmente
é assim que os pecadores agem. Faraó havia experimentado seus próprios
recursos. Seus mágicos tinham multiplicado as rãs, mas não tinha conseguido
livrar-se delas. Os recursos dos religiosos não dão certo, então a única saída
é apelar para o Deus verdadeiro, abandonando assim seus ídolos, rezas e ritos
inúteis.
____________________________________________________________
FONTES DESTE ESTUDO
Antigo
Testamento Interpretado Versículo por Versículo – R.N.Champlin
Bíblia
Shedd – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada
Wikepédia
– wikepedia.org
Pastor
– Paulo Sergio Sandrim
facebook
– Paulo Sergio Sandrim
Celular
– 98306-7709 (vivo)