COMENTÁRIO BÍBLICO DE APOCALIPSE AS SETE IGREJAS
IGREJA DE SARDES APOCALIPSE 3. 1 a 6
A CIDADE
A
cidade de Sardes e a moderna “Sart ou
Sarid”, e significa “o que escapou ou remanescente” estava situada aproximadamente a trinta milhas a
sudeste de Tiatira e cinqüenta milhas a leste de Esmirna. O nome da cidade de
Sardes, é uma palavra plural, porque em realidade tratava-se de duas cidades, em
primeiro lugar, à cidade como fortaleza no topo de um promontório; e, em
segundo lugar, à cidade próspera em comércio, produto oriundo da agricultura e
indústria relacionada com a posição em nível plano do vale baixo.
A
primeira cidade, estava situada numa faixa alta e estreita, a fortaleza era, em
termos militares, invencível. A cidade apenas podia ser alcançada lado sul
dessa faixa estreita. Precipícios íngremes protegiam a cidade, de modo que não
podia ser escalada. Por causa desta fortaleza, Sardes veio a ser a capital de
Lidia, porém sua localização impedia a expansão e a forçava a permanecer
pequena. Era completamente dependente do fértil abaixo para todas as
necessidades da vida, sendo que todo o suprimento tinha de ser levado de fora para
o cume mais alto da cidade.
A
segunda metade da cidade estava situada no vale a cerca de mil e quinhentos pés
abaixo. Muitas pessoas haviam estabelecido ali: agricultores que produziam e
vendiam seus produtos pecuários, trabalhadores na indústria de lã, e os
mercadores que levavam e vendiam suas mercadorias. Uma grande industria de
lanifícios se desenvolveu naquela cidade. Vários metais também eram extraídos
ali, aumentando as riquezas de Sardes.
O
nome “Croesus”, rei da Lidia de 560 a 546, é pare da história da cidade. Havia
uma lenda na cidade que tudo que ele tocasse virava ouro. Pois a própria
natureza contribuía com Sardes, “Heródoto” escreve acerca do “Rio Pactolus” que
corre através da cidade: O ribeiro que desce do “Monte Tmolus” e que traz para
Sardes uma quantia de ouro em pó corre diretamente através do mercado da cidade.
Croesus
numa batalha contra o Rei Ciro o Persa, ele confiou em um oráculo que lhe foi
transmitido pela sacerdotisa de “Delfo”que
dizia: “Se você cruzar o Rio Halys, então
destruirá grande império”. Com suas forças ele cruzou esse rio e destruiu
não o império Persa, mas o seu próprio.
Croesus
cria que estaria seguro em Sardes, protegido por sua fortaleza inexpugnável.
Ele não esperava que Ciro o seguisse, e assim fracassou em mobilizar suas
forças. Quando o exército persa chegaram a Sardes, Croesus o esperava fora,
crendo que ninguém poderia escalar os muros do promontório quase na vertical.
Mas quando um de seus homens deixou cair incidentemente seu elmo (casaco) de um
dos muros e descera com facilidade para recuperá-lo mostrou aos seu inimigos
que o muro poderia ser escalado. À noite, os soldados persas escalaram o muro,
não encontraram oposição e tomaram a cidade. Por descuido dos soldados que não
guardaram o muro, Croesus perdeu a guerra.
No
terceiro século a.C “Antíoco o Grande”,
rei da Síria, enviou seu exércitos contra Sardes, por volta do ano 214 a.C.
seus soldados escalaram os muro desprotegidos da cidade e a capturaram quase da
mesma forma que os guerreiros Persas em 564 a.C. portanto, quando Jesus diz aos
cristãos de Sardes “estejam em alerta”
era um recado para reforçar a vigilância, advertindo as falhas do passado.
Antíoco
o Grande forçou cerca de duas mil famílias judias a emigrar-se da Mesopotâmia
para Lidia e Frígia, na Ásia Menor. Os judeus estabeleceram em muitas cidades,
inclusive A Sardes, onde pesquisas arqueológicas têm demonstrado que o idioma
aramaico já era conhecido. Josefo registra que os judeus em Sardes desfrutavam
de certos privilégios, como receber cidadania e preencher as posições
principais como membros do conselho da cidade. Escavações tem sido desenterrado
das ruínas de uma sinagoga de tamanho razoável datando o terceiro século da Era
Cristã. Presumivelmente, ruínas do terceiro século não provam que os judeus
viviam em Sardes no primeiro século, contudo sugerem que pessoas judias
poderiam ter vivido ali por algum tempo antes disso e que eram muito ricas,
influentes e bastante numerosas ao ponto de poderem ter construído essa
sinagoga.
Há
mais, Jesus nota que umas poucas pessoas em Sardes não tinham contaminado suas
roupas. Isso significa que poucos se conservaram puros das influências externas
e que não se adaptara as práticas religiosas daqueles dias. Embora, ambas as
cartas às igrejas de Esmirna e Filadélfia mencionem a “sinagoga de satanás” e “pessoas
que se dizem ser judeus e não são” – Apocalipse 2.9 e 3.9 – Sardes não
sofreu oposição dos judeus. O evangelho que os cristãos locais proclamavam e
aplicavam era fraco demais para ser ofensivos aos judeus.
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RELIGIOSIDADE E RITOS RELIGIOSOS
Em
Sardes havia templos pagão dedicados a Cibele, Zeus Lídio, Heracles e Dionisio,
que exerciam influência na religião do povo. Além do mais, o tipo de evangelho
que os habitantes de Sardes ouviam dos cristãos não constituía nenhuma ameaça à
sua religião pagã.
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SARDES É CONQUISTADO POR ROMA
Sardes
foi conquistada pelos romanos em 189 a.C, e sofreu um devastador terremoto em
17 d.C, e por isso o imperador Tibério isentou a cidade de pagar impostos por
um período de cinco anos. Esse ato de Tibério interessou a cidade na
instauração do culto ao imperador, que era adorado como uma divindade.
Durante
esses anos, seus cidadãos edificaram Sardes, fazendo-a surgir das ruínas e voltar
seu esplendor anterior. Os judeus enviavam regularmente dinheiro para a
manutenção do templo.
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A IGREJA EM SARDES
A
igreja em Sardes foi estabelecida provavelmente pelo Apóstolo Paulo, quando de
sua terceira viagem missionária. À semelhança das outras igrejas da Ásia Menor,
cresceu e desenvolveu-se, refletindo a vida de Deus em suas ações
evangelísticas e missionárias.
O
tempo porém encarregou-se de enxerir-lhe toda a vitalidade espiritual. Ela,
agora, vivia da aparência e exterioridade. Embora, parecesse viva, jazia morta
em suas iniquidades. Apesar da evidência de méritos, suas obras não são
perfeitas nem íntegras aos olhos de Cristo; são indícios de um organismo que
deixou mumificar-se.
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A CARTA A IGREJA DE SARDES – APOCALIPSE 3. 1 a 6
ESPLENDOR NO PASSADO, DECADÊNCIA NO PRESENTE –
IGREJA MORTA
Das
sete igrejas da Ásia Menor, Sardes estava entre as de fervor espiritual mais
baixo. Sua acomodação ao seu ambiente religioso protegia a igreja da
perseguição, pois dificilmente alguém a notava. Sua vida era inofensiva
produzia paz religiosa com o mundo, porém resultou morte espiritual aos olhos
de Deus. Afora uns poucos membros que conservavam o fogo do evangelho, a igreja
propriamente dita estava gradualmente morrendo, como um fogo que faltava
combustível e ar.
A
igreja de Sardes foi morrendo aos poucos, até esvaziar-se do Espírito Santo.
Havia uma maquiagem, que fingia enganar a própria vida dos membros.
O
“Príncipe da vida”, enviou uma carta
por intermédio de João, buscando reavivar-lhe a partícula de vida que remanescia no
organismo. Um organismo extremamente adoentado. O teor da carta era o hálito de
vida do Espírito Santo, que soprara sobre ela seu avivamento, tentando
ressuscitá-la, contudo sem reação pela igreja, o estado da enfermidade era
terminal.
Muitas
igrejas hoje, assemelham-se a Sardes, morreram e ainda não sabem. Vivem do
passado, pois já não existe presente.
1.
A
ADVERTÊNCIA
Apocalipse 3.1 – “Ao anjo da igreja em Sardes
escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete
estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.”
“...
Ao anjo da Igreja ...” – Há quem queira atribuir a carta a algum ser
angelical que ministram à igreja, controlando seus ministros, servindo de
mediadores espirituais. Outros pensam que se trata de uma pessoa enviada as
comunidades cristãs levando copias do livro de Apocalipse, não é provável que
se trate de cristão itinerantes e sim membros alguém permanente vinculado a
igreja. O Apostolo João foi instruído a escrever uma breve carta endereçada ao
pastor da igreja de Sardes, vemos a mesma saudação as outras seis igrejas da Ásia
menor.
O
ensino que temos aqui é profundo, a igreja de Cristo não fica sozinha, conta
com a ajuda de grandes protetores espirituais, guardiões e instrumentos
angelicais. Cumprindo o que esta escrito em Hebreus 13.5 – “de maneira alguma te deixarei, nunca jamais
te abandonarei” e Mateus 28.20 – “Eis
que estou contigo todos os dias te a consumação dos séculos”
“... igreja ...” – 1. Sendo elas em
número de sete, representando a igreja universal, bem como a igreja cristã
estabelecida na Ásia Menor;
2. O número sete, por ser um número
místico, foi usado propositalmente por João. Assim é que neste livro, também
temos sete selos, sete julgamentos por trombetas, sete personagens, sete visões
dos adoradores do Cordeiro e da besta, sete juízos das taças, sete visões sobre
a queda da babilônia, sete visões de como satanás será derrubado do seu reino e
destroçado. Por isso a tradição visa a mensagem divina enviada à igreja
universal, misticamente representada pelas sete igrejas da Ásia Menor;
3. É possível que as sete igrejas
representa, profeticamente, sete estágios da história da igreja cristã, até ao
tempo de segunda vinda de cristo;
4.
Essas sete igrejas representam as condições espirituais das igrejas
cristãs em qualquer época histórica;
5. Sete igrejas literais daquela época
que precisavam instruções as quais estão contidas neste livro. Portanto,
Apocalipse em parte é um livro histórico. Supomos que muitas de suas profecias,
a começar do quarto capítulo deste livro, também representam condições existentes nos fins do
primeiro século de nossa era, bem como dos primódios do segundo século;
6. Se desenharmos um mapa dessas cidades
na ordem que aparece no décimo primeiro versículo, descobriremos que ele forma
um circulo, que é igualmente sinal da perfeição. É possível que João tenha
propositalmente escolhido essas cidades a fim de formar um circulo geográfico,
desta maneira representando a igreja universal;
“...
Sardes ...” – Sardes era uma cidade da província romana da Ásia Menor,
na parte Ocidental do que é agora a Turquia Asiática. Era a capital do antigo
reino da lídia, um dos maiores poderes econômicos encontrados pelos gregos, nas
suas primeiras atividades colonizadoras. – (Mais in formações sobre a cidade
é descrita na introdução do estudo)
“...
escreve ...” – Esta é uma das frequentes ordens dadas neste livro para
que o vidente João escrevesse; pois o Apocalipse não é um livro selado,
conforme vários Apocalipse antigos. Somente por uma vez soa a ordem para João
não escrever, pois as vozes dos trovões deveriam ser seladas – Apocalipse 10.4
Quem manda o Apóstolo escrever ao anjo da igreja é
Jesus Cristo
– Essas cartas constituem exclusivamente das palavras de Cristo, mas
diferentemente das parábolas, ou sermão do monte, foram ditadas dos céus, depois
de que ele ressuscitou e foi glorificado. Essas palavras são únicas registradas
em seus discursos que chegaram até nós. Elas chegaram até nós com admoestações
sete vezes reiterada, de que devemos ouvi-las e guardá-las no coração.
Os
pastores não são meramente portadores de luz, mas como as estrelas, são
doadores de luz. Eles transmitem a luz aos membros das igrejas, as quais, por
sua vez dissipam as trevas que os circundam.
Jesus
se dirige aos mensageiros da congregação locais, pois eles são responsáveis por
levar a mensagem ao povo. Se eles falharem em fazê-lo, abafam a luz do
evangelho e conservam os membros da
igreja na escuridão. Jesus espera que os pastores sejam os embaixadores da sua
palavra. Romanos 10.14 – “E como pode
ouvir se não há quem pregue?
“...
estas cousas ...” – Isto é, a mensagem geral da carta que se segue.
“...
diz aquele que tem os sete espíritos de Deus ...” – A igreja de Sardes
que representa uma renovação, enfrenta Cristo, o qual tem “Sete espíritos de Deus e sete estrelas”
Os
sete espíritos descrevem a plenitude do Espírito Santo, a quem Jesus está
enviado da parte do Pai – João 14.26 -15.26 – Atos 2.33 – Jesus tem os sete
Espíritos , isto Ele recebeu a Plenitude do Espírito Santo e exerce autoridade
sobre ele. Ele comissiona o Espírito Santo para fazer os cristãos e incrédulos
o conheçam e para avivar as chamas da renovação nas igrejas que estão em
declínio. O Espírito Santo é aquele que sopra nova vida na igreja moribunda
estimula os membros indolentes a ação.
Em
Sardes havia vida somente de nome, a morte espiritual estava reinando,
excetuando a minoria constituída pelos fieis.
O
Cristo de Deus possuem esses sete espíritos como seus ministros. Em Apocalipse
5.6 – o Cordeiro é retratado como possuidor de sete olhos, que são
identificados com sete espírito. Por conseguinte agem como sua visão, como seu
discernimento e como sua inteligência.
Há
muitas outras interpretações sobre os sete espírito de Deus, com outras
explicações – Apocalipse 1.4
1
– Muitos intérpretes veem aqui uma combinação de angiologia com ideias astrais.
Os antigos criam que o elevado poder dos seres espirituais habitavam nas
estrelas e nos planetas, ou que seus corpos eram corpos celestes. Por isso era
fácil para eles supor que Venus fosse um ser celestial, uma entidade
consciente, ou que esse objeto luminoso fosse o corpo de algum ser espiritual,
exerciam poderes diversos sobre os homens. Até supunham que a vida humana seria
dirigida e influenciada por tais seres.
2
– Alguns interpretes pensam que esses sete espíritos, são os mesmos sete
arcanjos das especulações judaicas referidos em Ezequiel 9.2 e nos livros apócrifos de Tobias 12,15 –
I Enoque 20. 1 a 8 – III Enoque 17. 1 a 3 e Testamento de Levi 8.2.
3 – Alguns estudiosos veem aqui tão somente uma alusão aos sete
Espíritos de Deus ,
ou seja, uma espécie mística do Espírito Santo, representando a
perfeição do seu poder e de suas operações, representadas pelo número sete. O
trecho de Isaias 11.2 é aludido por assim dizer:
4
– Há outro ponto de vista que diz que os sete espíritos, são uma ordem Sui
Generis, de seres celestiais, que não podem ser identificados como os arcanjos.
Isso poderia ter apoio na observação que havia outros seres similares, como é o
caso dos vinte e quatro anciãos e os quatro
animais cheios de olhos (Apocalipse 4.4 a 6)
5
– Ou poderíamos entender que os sete espíritos como meras alusões místicas e
simbólica ao próprio Cristo, sem que se pense em qualquer seres literais. Esse
espíritos são os sete olhos do Cordeiro, ou seja, as sete formas básicas da
revelação do Logos ou Cristo celeste no mundo, portanto, idéias de Cristo,
lâmpada de Deus. O Cordeiro tem sete chifres, sete olhos e são esses os sete
espírito de Deus.
O
leitor pode ver que não há qualquer
acordo entre os intérpretes acerca da identidade desses sete espíritos. Pode
ser reais ou meros símbolos; o autor pode ter aludido aos mesmos como se fossem
seres reais, utilizando-se de linguagem astrológica de sua época, embora
quisesse apontar somente para a auto-revelação de Cristo, na qual ele é visto
como quem controla tudo no cosmos.
“...
sete estrelas ...” – As sete estrelas são as sete igrejas da Ásia
Menor, cristo é apresentado a segurá-las em sua mão direita. Cristo as
controla, são instrumentos de poder em suas mãos. As igrejas fracas e
moribundas não tem desculpas para suas deploráveis condições, porquanto o
poderosíssimo Cristo as tem sob controle, sendo capaz de conferir um genuíno
avivamento.
A
frase “sete estrelas” também ocorre
na igreja de Éfeso, mas ali os cristãos tinham perdido seu primeiro amor, e
tinham caído do auge espiritual – Apocalipse 2.1,3 e 4 – nesta passagem a
igreja esta espiritualmente quase totalmente morta, o que é muitíssimo pior.
Mas, através de seu Espírito gerador de vida, que há em Jesus, e sua palavra
liberada, a igreja poderia ter reagido positivamente.
“...
conheço as tuas obras ...” – O que Jesus quis dizer com isso é que: Ele
conhecia a condição espiritual em geral das obras realizadas pela igreja de
Sardes, tanto as boas quanto as más. Essa expressão se acha em todas as sete
cartas as igrejas de Apocalipse diretamente expressa ou sob conteúdo da
mensagem.
Deus
não esta interessado em frias tentativas de servi-lo, a sumula de sua lei é: “Ame o Senhor seu Deus de todo seu coração, e
de toda sua alma e de sua mente”
“...
tens nome de que vives, e estas morto ...” – A igreja, em geral, conhecia
Sardes como uma congregação que desfrutava da reputação de ser viva. Presumimos
que a influência financeira poderiam ter contribuído para dar á igreja
aparência externa de ser espiritualmente fluorescente. A aparência externa
poderia enganar ao olhos dos cristãos que olhassem superficialmente, Jesus
porém, examina a condição intima da igreja e descobre uma ausência de fé
vibrante, que resultaria na apatia espiritual. Quase toda a igreja tinha se
rendido ao mundo circundante de religião pagã e judaísmo, e em vez de ser uma
influencia para cativar os de fora. Não nos surpreende que Jesus descreva
Sardes como uma igreja morta, pois viera ser um fracasso para o evangelho.
Sardes
tem um Salvador histórico, mas não um Salvador presente, senão a situação
estaria bem diferente. Após um inicio cheio de vida, houve um enrijecimento. O
que nos chama atenção é que essa igreja, em contraste com outras igrejas, é
deixada em paz pelo diabo. Satanás nem é citado aqui, em Sardes não há falsas
doutrinas, não á entusiastas, não há falsos profetas e não há sofrimento nem tribulações. Porque?
Porque justamente ela esta morta. Bem entendido, ela esta morta aos olhos de
Jesus, aos olhos de fora ela parece estar viva.
Apocalipse 3.2 – “Sê vigilante e consolida o resto
que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na
presença do meu Deus.”
“...
se vigilante ...” – Esteja alerta! O vidente João ordena que uma
vigília fosse instituída, que sua condição fosse reconhecida, que algumas
pessoas que restavam na igreja fossem despertadas, evitando o amortecimento
geral, a fim de que essas sobrevivessem. Quando vivemos no pecado, e deixamos
de reconhecer esse estado lamentável, e deixamos de fazer qualquer coisa a
respeito, em conseqüência disso, então é chegado o tempo de estabelecermos uma
vigília pra anos mesmos.
Os
pensamentos de alguém pode estar morto, sem sabê-lo, é suficientemente
terrível. Isso e que a igreja de Sardes ainda tinha de aprender.
John
Donne mandou pintar um quadro de si mesmo, em meio a véus esvoaçantes, e
colocou em um esquife. Olhando diariamente para o mesmo, para lembrar-se da
final sentença de morte. Mas nem passou por sua mente que, aquela cena realista no fato que aquele quadro poderia representar a
possibilidade de um homem estar morto, enquanto ainda vive.
Uma
tradução original do grego diz: “Torna-te
desperto, e põe-te a vigiar” a igreja morrera, e ninguém ao menos notara.
Essa era a prova de insensibilidade daqueles cristãos, para com a verdadeira
espiritualidade.
O
texto grego enfatiza o presente contínuo
para indicar que a igreja deve estar sempre alerta aos perigos externos, como
por exemplo: Os falsos mestres no seio da igreja e uma falsa doutrina chegando
do lado de fora. A ordem é vigiar! – Mateus 24.24 – Atos 20. 29 a 31
“Sedes sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso
adversário, anda em derredor, como um leão que ruge procurando alguém para devorar”
- I Pedro 5.8
“Vigiai e orai, para que não entreis em
tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” –
Mateus 26.41
“...
consolida o resto que estava para morrer
...” – Aquela igreja não estava totalmente destituída de bem, de vida e
de esperança. O que era bom, era preciso fortalecer as pessoas, e as coisas que
ainda funcionavam na igreja.
A
morte de muitos era um sono espiritual, e era preciso que Cristo os
despertassem - “Desperta tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te
iluminará” – Efésios 5.14 – A igreja possuía alguns sinais de vida, algumas
obras de justiça e alguma demonstração de amor, porém suas manifestações eram
imperfeitas, e precisavam serem salvos os remanescentes.
“... porque
não tenho achado íntegras as tuas obras...” – Jesus examina as obras da
igreja de Sardes, exatamente com Deus pesou Belsazar na balança e o achou em
falta – “Tequel: Pesado foste na balança
e achado em falta”- Daniel 5.27
Eles
tinham algumas obras, mas isso era defeituoso e mesclado com erros. Os judeus
não podiam oferecer um animal defeituoso ao Senhor, ele precisava ser sem
mancha e íntegro. Assim a igreja de Sardes tinha que apresentar suas obras
diante do Senhor com sacrifício perfeito – Levíticos 1.3 – Deuteronômio 15.12 –
Malaquias 1.8.
As
verdadeiras obras de Cristo são puras, ricas e maduras, mas isso não podia ser
dito da Igreja de Sardes. È verdade que produziam frutos, mas sempre misturados
com o espinhos.
“...
na presença do meu Deus ...” – Isso faz óbvio contraste com o nome ou
fama de grandeza que tinham diante dos homens. Portanto se as obras da igreja
agradam ao homem, elas não podem agradar a Deus.
O
Apóstolo Paulo se preocupava
exclusivamente com a avaliação do único Juiz, e não com a avaliação dos
homens, sendo que, boa parte daquilo que fazemos para agradar aos homens, visa
obter vantagens para nós mesmos. – I Coríntios 4. 1 a 5
“Porventura, procuro eu, agora, o favor dos
homens ou de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda homens, não
seria servo de Cristo” – Gálatas 1.10
Apocalipse 3.3 – “Lembra-te, pois, do que tens
recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei
como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti.”
“...
Lembra-te, pois ...” – Os verbo nesta sentença fornece ampla evidencia
de que muito tempo havia transcorrido desde que as pessoas ouviram pela
primeira vez e creram na mensagem do evangelho. Podemos levar em conta que o
evangelho foi apresentado a cidade de Sardes nos meados dos anos cinquenta, e
João escreveu Apocalipse em meados dos anos noventa, quarenta anos haviam
transcorrido. – A igreja de Éfeso também é chamada a “lembrar-se” – Apocalipse 2.5
Aqueles
cristãos foram convocados à memória piedosa acerca de seus privilégios
passados, de seus triunfos. Os cristão da primeira geração tinham posto sua fé
em ação, mas a segunda geração apenas descansava no que acontecera no passado.
Daí, Jesus deu a ordem de guardar a memória o que seus pais fizeram, porque a
primeira geração recebera a mensagem da salvação. A segunda geração ainda
tinham a mesma mensagem, porém agora recebera a ordem de salvaguardá-la. Jesus
não esta dizendo que a Palavra de Deus deve ser conservada em uma prateleira ou
uma gaveta, e sim, que seu ensinos devem ser conhecidos, seguidos e obedecidos.
Hoje
a Bíblia é o livro mais vendido no mundo inteiro, milhões de pessoas a
adquirem. Ainda que muitas pessoa a leiam regularmente, poucas colocam em
prática os seus ensinos.
“ ... do
que tens recebido e ouvido...” – Por muitos tempos a igreja passou em
trevas, pouquíssima pessoas possuíam cópias das escrituras, e menos pessoa
podiam lê-las. O evangelho se vinha perdendo, em meio à paganização da igreja.
A
missão de satanás a igreja de Sardes era distorcer a Palavra de Deus, fazendo
assim que ela fosse banalizada, e fosse considerada pela igreja como algo sem
valor. Até os dias de hoje isso acorre dentro das comunidades cristãs, pessoas
vão as igrejas não mais para ouvir a Palavra de Deus, e sim para ouvir palavras
de homens que massageiam seu ego. Por isso o salmista dizia: “Guardei a sua palavra no meu coração para
não pecar contra ti”
“...
guarda-o ...” – O ato de ouvir teve lugar, e agora jazia no passado,
continuar ouvir a sua mensagem, se assim quiser fazê-lo. Era obrigação , depois
de ter ouvido e recebido a mensagem. Cumpre a tua missão, observa e põem em
prática o evangelho.
“Guarda o bom depósito, mediante o Espírito
Santo que habita em nós” – “E o que
ouviste de minha parte através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite homens fieis e também idôneos para instruir a
outros” – II Timóteo 1.14 e II Timóteo 2.2
“...
arrepende-te ...” – A chamada ao arrependimento é comum em cinco das
sete cartas à Ásia Menor, excetuando às
igrejas de Esmirna e Filadélfia. Vemos esse chamado nas igrejas de: Efésios 2.5
– Pérgamo 2.16 – Tiatira 2.21 – Sardes 3.3
– Laodicéia 3.19.
O
arrependimento é uma atuação do Espírito sobre a alma, e não uma modificação
superficial de atitude mental ou intencional.
O termo grego “metanoeo” significa “mudança de
mente” correspondente a mudança de conduta. A ordem do Senhor aponta não só
para as faltas deles, mostra também como corrigi-las. Após criticar
negativamente suas conduta espiritual, ele lhes ordena positivamente que a
restaurem. Era preciso lembrar constantemente de sua posição anterior,
renovando sua própria história eclesiástica, recordando do que fizeram seus
antepassados anos atrás, e assim recordarem sua história, devem reconhecer que
mudaram para pior.
A natureza do arrependimento:
1. Ele representa muito mais do que mudança de
mente, o que evidencia por meio de atitudes e ações novas;
2. O arrependimento faz parte da conversão, e está
vinculado ao problema do pecado. Precisamos reconhecer nossa natureza
pecaminosa, e pedir para Espírito Santo guiar nossa vida. – Gálatas 5. 25 – “Se
vivemos no Espírito, andemos também no Espírito”
3. O arrependimento é um ato divino, é concedido
pelo próprio Deus. – Atos 11.18;
4. Também é uma reação humana porquanto os homens
são convocados a arrepender-se. Atos 17.30;
5. O arrependimento nos leva a vida eterna, pois a
conversão resulta na santificação, e a santificação na glorificação e na
salvação final – II Tessalonicenses 2.13
Como servos de Deus precisamos entender que
diferenças entre arrependimento e remorso. Através da vida de Pedro e Judas encontramos o
exemplo real de arrependimento e remorso. Ambos eram discípulos de Jesus, ambos
erraram diante do Mestre, ou seja, Pedro negou a Jesus e Judas traiu a Jesus,
Ambos ficaram tristes, depois do fato Pedro saiu e chorou amargamente. Judas
ficou só, depois se retirou e enforcou-se. Em Judas vemos uma tristeza que
operou morte. A Bíblia nos mostra que o arrependimento inicia o Caminho da
Salvação. Mateus 26. 31 a 35 – Mateus
26. 69 a 75 – Mateus 27. 3 a 10 – João 21. 15 a 17
Vemos
que Judas se enforcou, não encontrou o
caminho do arrependimento, Pedro entendeu que Jesus jamais estava ali
para o reprová-lo, nem tão pouco condená-lo, e sim para perdoá-lo.
Confessemos
o mal, tenhamos consciência de sua
destrutibilidade; busquemos a mudança positiva no intimo, a transformação na
direção da imagem santa de Jesus Cristo.
“... se não vigiares ...” – Temos aqui a
advertência acerca da vigilância. Trata-se da vigilância acerca da segunda
vinda de Cristo, a esperança purificadora, conforme nos mostra o restante do
versículo.
É
preciso a igreja estará em alerta, pois Cristo voltará como um ladrão, a fim de
julgar os que dormem, ou seja, aqueles que estão dentro da igreja, porém de
braços dados com o mundo. – Mateus 24. 42 e 43 – Marcos 13. 33 a 35 – Lucas 12.
39 e 40 – Isso deve ser confrontado com a exposição do Apostolo Paulo sobre a “parousia”, é também usada a figura
simbólica de “um ladrão e do sono”, o
que é totalmente contrária a vigilância do cristão – I Tessalonicenses 5. 1 a
11
Essas
palavras falam sobre as condições espirituais. Há certas insensibilidade para
com a mensagem do evangelho, em suas promessas e advertências. Essas pessoas
insensíveis são as que dormem nessa noite presente, ignorando os avisos da
madrugada do dia eterno, que já se aproxima. Mas outros estão bem despertos,
aguardando ansiosamente pelo raiar di dia, que Cristo fará resplandecer.
Os
dorminhocos espirituais não aperceberão os sinais que advertem sobre o juízo
que se advinha. O julgamento haverá de apanhá-los de surpresa, como fez um
ladrão sua vitima.
“...
virei como ladrão ...” – A palavra ladrão aqui usada do grego é “Kletes” indica alguém que normalmente não
rouba com violência, o qual obtém sucesso com suas maneiras e habilidades
astuciosas, em contraste com outro vocábulo “lestes” que significa assaltante que se apossa do alheio por meio
de violência. A primeira dessas duas palavras é muito apropriada para nosso
texto, porquanto salienta a forma inesperada com que o ladrão opera, o qual
tanto furta a noite como de dia, sb qualquer circunstância.
Isso
também é dito acerca do modo que Cristo retornará. – Mateus 24.43 – I
Tessalonicenses 5. 2 e 4 – II Pedro 3.10 e Apocalipse 16.15
A
advertência é direta, pois deixar de dar atenção resulta inevitavelmente na
vinda do juízo do Senhor. Cinco das sete epistolas registram sua vinda –
Efésios 2.5 – Pérgamo 2.16 – Tiatira 2.25 – Sardes 3.3 - Filadélfia
3.11 – três delas trazem esta informação de arrependimento – Efésios –
Pérgamo – Sardes. As pessoas de Sardes não tem que esperar até ao prometido
regresso do Senhor; se fracassassem em arrepender-se, sua inesperada aparição
seria como a de um ladrão, cuja vinda pode ocorrer a qualquer momento.
Essa
expressão tem a seguintes significações:
1.
De maneira inesperada; o ladrão não faz pré anuncio de sua intenção de atuar.
Já dizia um antigo provérbios, “o ladrão
vem calçados com sapatos de lã”
2.
Fatal seria o resultado para os cristãos que não estiverem preparados, com a
perda de algo precioso, espiritualmente falando, a saber, a “vida eterna”;
3.
Com a instauração de um julgamento inesperado, algo extremamente desagradável,
tal como a visita de um assaltante não é bem acolhida e produz dano;
“...
não conhecerás, de modo algum, em que horas virei contra ti ...” –
Essas palavras continuam reverberando passagens dos evangelhos, acima
mencionadas, como exemplo de Mateus 24.44 – “Por isso, ficai também vós apercebidos; porque à hora em que não
cuidais, o Filho do Homem virá”
2. A PROMESSA
Apocalipse 3.4 – “Tens, contudo, em Sardes, umas
poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco
junto comigo, pois são dignas.”
“...
tens contudo ...” – A despeito de um quadro negro, acerca de uma igreja
morta, que aos olhos dos homens parecia viva, havia alguns elementos de boa
qualidade. Nenhuma igreja é tão má que não conta com bem nenhum e com algum
cristão verdadeiro.
“...
poucas pessoas ...” – Havia esperança para o letárgica igreja de
Sardes, onde poucos membros conservavam-se fieis ao Senhor. Entre cinzas do
fogo se encontra uma poucos tições fumegantes, que com uma lufada de vento
arderão em chamas. O Senhor conhece seus seguidores fieis individual e
nominalmente que nutrem amor por ele.
“...
que não contaminaram suas vestiduras ...” – Temos aqui uma metáfora que
envolve vestes. Esta metáfora pode subtender uma conversão genuína e
verdadeira, quando alguém se reveste do novo homem, da nova natureza, como se
fosse uma roupa para alma.
A
contaminação provavelmente é moral, em que se permitem formas de paganismo,
vícios sexuais, que sujam o caráter cristão. A imoralidade do sistema gnóstico,
está presente em todas as sete cartas, além disso , as juntas comerciais e o
culto ao imperador encorajavam as práticas imorais, já que tais práticas
estavam vinculadas aos ritos de fertilidade dos deuses pagãos.
Um
pequeno grupo de servos fiéis não tinham contaminado suas roupas, o que
significa que eles não tinham se deixado influenciar pela cultura secular de
seus dias. A roupa era um símbolo espiritual de um estilo de vida. Não estavam
manchadas pelo pecado de adultério e idolatria não tinham solapado a mensagem
do evangelho e refreado em comprometer. Ainda que esse poucos cristão fossem
considerados como fora de moda relação a sua cultura, andavam sem vacilar nas
pegadas dos Apóstolos e outros cristãos que tinham trazido e ensinado o
evangelho da Salvação – Efésios 4. 22 a 24 – Colossenses 3. 8 a 10
“porque todos quantos foram batizados em
Cristo de Cristo vos revestistes” Gálatas 3.27
“...
andarão de branco ...” – Essa é uma antiga referencia, não criada por
João. Tal promessa é reiterada no quinto versículo deste capítulo, onde a
questão é comentada.
A
cor branco, é símbolo da retidão, inocência, pureza e santidade. Os sacerdotes
diante do Sinédrio eram vestidos com manto branco. Este andar é escatológico,
isto é, em companhia de Cristo, na gloria celestial. Essas roupas brancas são a
cobertura que o Senhor lhe dá como um manto de justiça – Isaias 61.10.
Nos
tempos antigos aquele que vinha adorar no templo e honrar uma divindade, não
permitido entrar com veste sujas. Isso era considerados um desrespeito. Por
semelhante modo, ninguém pode aproximar-se dos lugares celestiais com uma vida
moram maculada. Sem santificação é impossível ver a Deus – Hebreus 12.14.
“...
são dignas ...” – Tais pessoas compartilham da pureza de vida exibida
pelo Senhor de sua coragem em face da oposição por aqueles que confessam ao
Senhor em suas vidas. Não confessavam apenas verbalmente; pois nenhuma
confissão verbal vale qualquer coisa, se é meramente verbal. É que essas
pessoas vinham sendo transformadas conforme a imagem de Cristo, pelo Espírito
Santo, razão pela qual compartilhavam de seu valor aos olhos de Deus.
Nesta
seção podemos incluir os mártires, por que naqueles dias de João, a fidelidade
a Cristo resultaria em morte.
Apocalipse 3.5 – “O vencedor será assim vestido de
vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo
contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.”
“... o
vencedor ...” - Trata-se de um elemento comum em todas as cartas
enviadas as sete igrejas de Apocalipse na Ásia Menor – Apocalipse 2.
7,11,17,26, - 3.5,12,21 – Dá a entender aquele que tem a capacidade espiritual
da praticar o que lhe foi ordenado. No grego era um termo militar. Somos
retratados como quem está empenhado em um conflito espiritual armado – Efésios
6.11.
Portanto
aqui, aquele que triunfará será aquele que lembrar-se do depósito sagrado que
lhe tiver dado. Aquele que conserva sua confiança no evangelho, aquele que se
arrepende e vigia, esperando a volta de Cristo, se mostra preparado para a
mesma. Esse é o individuo que em suas vestes puras, que evita os males morais.
“... será
assim vestido de vestiduras brancas ...” – No quarto versículo são
mencionadas as vestes brancas, como possessão daqueles que andarão em companhia
do Senhor Jesus na gloria celeste. Abaixo enumeramos o que está envolvido no
simbolismo das vestes brancas.
1.
Pureza de vida e de caráter, transferida para as dimensões celestiais;
2.
Imortalidade obtida através da santidade;
3.
Reconhecimento do corpo imortal, veículo da alma em substituição ao corpo
mortal de nossa experiência terrena. Tais vestiduras nunca poderão envelhecer,
por serem imortais. Isso pode ser comparado com a esperança que o Apóstolo
Paulo tinha de ser revestido da imortalidade, que sem duvida incluí a idéia do
corpo ressurreto, que será dado mediante a transformação operada quando do
arrebatamento da sua igreja –
I Coríntios 15. 53 e 54 e II
Coríntios 5.4.
A
imortalidade no Novo Testamento nunca é mera sobrevivência da alma diante da
morte biológica do corpo. Antes, incluí a promessa da ressurreição, na qual o
cristão receberá um veículo espiritual para a alma, o corpo celestial. Esse
corpo não é material e nem formado por
partículas atômicas, porquanto a carne e o sangue não terão herança nos lugares
celestiais. – I Coríntios 15. 20 a 35 e 50
“...
de
modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida ...” – Os cristãos de
Sardes tinham um grande nome como de quem vivia, isto é, como quem possuía
elevada vida espiritual. Mas tal fama era mentirosa, era um ludibrio, os poucos
cristão que dariam ouvidos as exigências expressas nesta carta, teriam seus
nomes escritos no livro da vida.
Por
outro lado, vemos que esses nomes que foram registrados no livro da vida jamais
serão apagados. – “Veja que eu gravei nas
palmas de minhas mãos” Isaias 49.16. – João revela que os nomes inscritos
neste livro da vida foram registrados desde a fundação do mundo – Apocalipse
17.8
Em
êxodo 32.22 e Salmo 69.28, lê-se acerca do “Livro
de Deus” e “Livros dos vivos”. Na
cultura de Israel havia um livros com registros dos cidadãos da cidade, da
província ou do país. Ter seu nome apagados deste livro era equivalente a
perder a cidadania e seus privilégios.
Em
Neemias 7. 5, 6 e 12. 22 a 24 – foi feito um registro das famílias no regresso
do exílio para Jerusalém. Também a exclusão das pessoas da casa de Israel foi
uma prática nos dias de Jeremias, os quais eram falsos profetas, por isso eram
isolados e banidos da terra de Israel – Ezequiel 13.9
Os
romanos deveriam apagar o nome de um criminoso antes de entregá-lo à morte; os
cristãos que se recusassem adorar César como senhor eram considerados réus que
deveriam perder a cidadania.
João
mostra-nos que para que o nome de alguém seja registrado ali, ficando assim
assegurado a sua salvação e glorificação, depende de que os homens façam com as
advertências de Cristo e com ele mesmo.
O
livro de “Jubileus” exibe o típico
ponto de vista arminiano, ao declarar que os indivíduos que se voltam para o
pecado e para iniquidade, podem ter seus nomes apagados do “Livro da Vida”.
Aquelas
pessoas eu professavam o nome de Jesus, cujo estilo de vida falhava em endossar
sua profissão, jamais tiveram seus nomes registrados no “Livro da Vida”, Jesus afirma que nunca os conheceu e lhes ordena
que se apartem dele. Mateus 7.21 - 23
A
expressão “Livro da Vida” é
significativa, porque difere daquele
livro de “registro civil”; um esta nó
céu e o outro na terra. Além do grande “Livro
da Vida”, a tradição da literatura do Antigo Testamento, desenvolveu-se
livros similares como: “Livro da memória
de ações boas e más”. De ações boas como se vê em Salmo 66.8 – Malaquias
3.16 – Neemias 13.14 e ações más, como se vê em Isaias 65.6.
“...
confessarei o seu nome diante do meu Pai e diante dos seus anjos ...” –
Essa declaração que foi escrita em Apocalipse, já estava em circulação no Novo
Testamento a muito tempo atrás. Pelo que João pegou alguns elementos por
empréstimo – Mateus 10.32 – Lucas 12.8. – II Timóteo 2.12 – Nas cortes mais
elevadas do céu, diante de Deus e de seus anjos, Jesus confessa os nomes de
todos quantos confessam seu nome na terra.
Nossa
confissão a Jesus deve ser publica, genuína e consciente – Romanos 10. 8 a 10;
ela consiste na outorga da alma aos cuidados de Cristo, e não em mera crença em
certo itens de um credo qualquer.
“Não obstante, alegrai-vos, não porque os
espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus”
– Lucas 10.20
Apocalipse 3.6 – “Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz às igrejas.”
“...
Quem tem ouvidos, ouça ...” – Essa frase foi emitida pelos lábios de
Jesus Cristo durante seu ministério terreno, porém aqui aparece com um
complemento “O que o Espírito diz a igreja” ocorrendo em cada uma das cartas
individualmente. – (2.7,11,17,29 e 3.6,13,22). Trata-se de uma solene chamada,
para que se aplique o que acaba de ouvir. Já que Cristo é apresentado como quem
fala, não admira que a forma de expressão seja similar a declarações genuínas
de Jesus nos evangelhos. – Mateus 11.15 – 13.9.43 – Marcos 4.9,23 – 7.16 –
Lucas 8.8 – 14.35.
Essa
é uma expressão usada acerca de verdades radicais. As sete cartas deveriam ser
lidas nas igrejas – Apocalipse 1.3 – poucas pessoas poderiam lê-las
pessoalmente, mas todos poderiam ouvir a leitura dessas instruções. . Portanto
já que eram capazes de ouvir, porque seu aparelho auditivo estava em
funcionamento então, deveriam ter sabedoria de dar ouvidos e de pôr em prática
o que lhes estava sendo lido.
A
primeira parte dessa sentença é uma expressão que se refere ao ato de ouvir mecanicamente
ou fisicamente, ela vem acompanhada em dar ouvido.a segunda parte é uma ordem
para ouvir atenta e obedientemente as palavras do Espírito Santo. Jesus fala
através do Espírito como também se faz ouvir em outras passagens das
escrituras. – João 14.26 – 15.26 – 16.13 e14 – Atos 2.23.
Os
ouvidos que ouve. Um dos mas solenes estudos da Bíblia inteira é aquele que
concerne ao ouvido que ouve.
No
fim de quarenta anos passou no deserto, Moisés diz Israel que embora tivessem
visto tantos prodígios, Yahweh não lhes dera, côo noção olhos para verem e
ouvidos para ouvirem – Deuteronômio 29.4 – E quando se achavam na Terra de
Canaã também não deram ouvidos aos mensageiros de Deus os Profetas, a Isaias –
“Ouvi, ouvi, e nada entendais, vede,vede
mas nada percebais, torna insensível o coração do povo endurecendo-lhes os
ouvidos e fechando-lhes os olhos, para que não venham ver com os olhos, a ouvir
com ouvidos e entender com o coração, e se convertam , e sejam salvos” –
Isaias 6.10 – O profeta Jeremias clama: “ouvi
agora isso,ó povo insensato e sem entendimento que tendes olhos e não vedes,
tendes ouvidos e não ouvis – Mas não lhe deram ouvidos nem atenderam, porém
andaram nos próprios conselhos e na dureza do seu coração maligno; andaram para
trás e não para diante desde o dia que vosso pais saíram da terra do Egito, até
hoje, enviei-vos todos os meus servos , os profetas, todos os dias, começando
de madrugada, eu vos enviei; mas não deste ouvidos, nem me atendestes; a cerviz
fizeste pior que seu pais” – Jeremias 5.21e 7.24 a 26
Essas
citações não da apenas lugar a interpretação fatalista , mas põem toda culpa
sobre o endurecimento do coração e o desprezo dos ouvintes.
Podemos
citar outras diversas passagens que refutarão no mesmo sentido – Ezequiel 12.2 –
“Filho do homem, tu que habitas no meio
da casa rebelde, que tem olhos para ver e não vê, tem ouvidos para ouvir e não
ouve, porque é tu casa rebelde” - O
ouvir sem a devida reação positiva produz a ilusão fatal; a capacidade dos
homens se esquecem do que diz Tiago 1. 22 a 24 – “Tornai-vos pois, praticante da palavra e não somente ouvintes,
enganando-vos a vós mesmos, porque, se alguém é ouvinte da palavra e não
praticante assemelhar-se-ão homem que contempla, no espelho, o seu rosto
natural, pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de
como era seu rosto”
O
Senhor Jesus chegou até a dizer para seus discípulos, no barco – “...ainda não considerastes, nem
compreendestes?tendes o coração endurecido? Tendo olhos não vedes? E,tendo
ouvidos, não ouvis?” – Marcos 8.17 e 18
E
não podemos esquecer-nos do que fala o Apóstolo Paulo – “pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário,
cercar-se-ão de mestres segundo sua próprias cobiças, como que sentido coceira
nos ouvidos se recusarão a dar ouvidos, à verdade, entregando-se as fábulas”
– II Timóteo 4. 3 e 4.
Ora,
por nada menos do que sete vezes nos e por oito vezes no livro de Apocalipse,
ecoa aquela chamada vital, aberta e particular – “Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz as igrejas”
1
– Visam a todos os membros da igreja.
2
– Só podem ser colocadas em prática pelos que possuem discernimento espiritual,
por aqueles que buscam o mesmo, de tal modo que ponham em prática o que ali e
encontrado.
3
– Procedem elas do Espírito, porquanto foi ele quem as proferiu; por
conseguinte, só podem ser discernida espiritualmente, por serem
imperativos divinos.
4
– O significado dessas declarações transcendem ao que é terreno, e presente;
fornece-nos um vislumbre da glória futura.
5
– Essas mensagens foram dirigidas à comunidade religiosa, coletivamente, porém,
também aplica-se individualmente.
“... o
que o Espírito diz ...” – O Espírito Santo é o porta voz de Cristo em
Apocalipse. O seu poder divino que dá prosseguimento a sua obra, dentro e fora
da igreja. O Espírito Santo de Deus fala – “E
servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: separai-me agora a
Barnabé e Saulo para a obra que os tenho chamado”
“...
as igrejas ...” – A mensagem foi dirigida não somente a igreja de
Éfeso, e sim as sete igrejas da Ásia Menor, para onde foi originalmente enviado
o livro de Apocalipse. Acredita-se que cada uma das sete igrejas recebeu copia
da carta de Apocalipse dos capitulo dois e três. Naturalmente elas representavam
a igreja universal.
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FONTES DE ESTUDO
Estudo de Apocalipse de Jesus Cristo – Dennis Allan
Comentário do Novo Testamento - Willian Barclay
Novo Testamento interpretado Versículo por Versículo
– R. N. Champlin
Comentário Novo Testamento – Apocalipse – Simon
Kistemarker
Estudos no Livro de Apocalipse – Reverendo Hernandes
Dias Lopes
CASO QUEIRAM BAIXAR O ESTUDO AQUI ESTA O LINK
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