FESTA
DO PURIM
Embora
o Purim não seja uma das festas fixas estabelecidas pelo Eterno para a Nação de
Israel, é uma festa que é celebrada com muitas alegria, musicas e danças. Ela é
celebrada todos os anos no dia quatorze do mês de Adar. O mês lunar de Adar segundo
o calendário Redentivo (bíblico/religioso) é o décimo segundo mês do ano. Porém
no calendário civil é o quinto mês. Esse mês judaico corresponde aos meses de
Fevereiro e Março segundo nosso calendário Gregoriano, exceto quando for
bissexto, então estará entre Março e Abril.
RESUMO
DA HISTORIA
Esta
festa bíblica foi realizada pela primeira vez no período do Império Persa no
quarto século antes da nossa era cristão. O Imperador era (Achashverosh)
Assuero, e reinou em cento e vinte e sete províncias, desde da Índia até á
Etiópia. O período em que reinou foi de 486 a 465 a.C, e a cidade onde estava
erigido seu trono nesse período era a cidade de Susã.
Assuero
é filho do Imperador Dario, aquele que liberou o povo judeu para voltar para
sua terra natal e restaurar os muros e o templo do Eterno. Porém muitos judeus
preferiram continuar morando naquela região, pois já estavam estabelecidos com
suas famílias e negócios. Esses são os chamados Judeus da Diáspora, ou seja, os
remanescentes que não regressaram para Jerusalém.
A
bíblia nos conta que no terceiro ano do reinado de Assuero foi oferecido um
banquete aos príncipes e nobres de seu império que durou seis meses, banquete
esse regado a muito vinho e comida da melhor qualidade. Passado alguns dias Assuero resolve dar outra
festa, dessa vez, toda cidade fora convidada. Sendo que a intensidade desta
festa fora muito menor que a primeira, e mesmo que teve duração apenas sete
dia, a qualidade da bebida e da comida foi a melhor possível. Houve muita ostentação,
o salão real que fora utilizado para o evento era revestido com muito ouro,
tecido de linho, mármore e pedras preciosas, além da quantidade de comida e
bebida ser exorbitante, os utensílios utilizado era de ouro e prata. A intenção
de Assuero era mostrar sua gloria e poder ao seu povo. No quinto dia da festa o
rei Assuero envolvido pelo vinho em abundancia exige que Vasti sua rainha seja
introduzida a festa, expondo seu corpo nu, e dançasse para aqueles homens
bêbados. Esta por sua vez recusa o pedido do rei Assuero, pois a mesma também
estava dando uma festa para suas mulheres do reino Persa. Neste momento, o rei
Assuero seguindo o conselho de seus sábios cria uma lei que nunca mais Vasti
pudesse se apresentar diante do rei, e que seu reino fosse dado a outra mulher
melhor do que ela.
Passado
a euforia das festas, Assuero lembra-se de Vasti com saudades. Seus sábios orienta o
rei fazer um concurso de beleza com as mais belas virgens da cidade de Susã.
Então seria selecionada de todas as virgens inscritas a mais bela, e essa, a escolhida
que caísse no agrado do rei seria instituída da nova rainha no lugar da
renegada Vasti.
Naquela
cidade havia um judeu da Tribo de Benjamim chamado Mordecai, esse fora levado
para Babilônia por Nabucodonosor. Mordecai criou Hadassa sua sobrinha depois da
morte de seus pais como sua própria filha. E incentivou a Hadassa a participar
desse concurso de beleza. E passado o tempo determinado pelo rei Hadassa é
apresentada ao rei Assuero, a qual a amou muito, e caindo na graça do rei
Assuero foi eleita a nova rainha de seu reinado. Interessante ressaltar que,
instruída por Mordecai, Hadassa não declara para Assuero sua linhagem.
É
nesse momento que Hamã é levantado pelo rei Assuero acima de todos os
príncipes. Esse homem se auto elevou a uma prepotência espantosa, e quando ele
passava exigia que todos se curvassem diante dele. Mordecai porem não se
curvava, e sua ira se ascendeu sobremaneira contra os judeus. Então Hamã
convence Assuero instituir o Pur, que significa sorte. Hamã convence o rei
Assuero que todos os judeus deveriam ser mortos todos no mesmo dia, dia esse
escolhido pelo asqueroso Hamã treze de Adar, Assuero é levado a crer que o
extermínio desses judeus era necessário, afinal e lei deles eram diferentes a
dos Persas, eles não eram fieis as leis estabelecidas pelo rei. Assuero
concorda com o conselho de Hamã, tira seu anel e da e coloca no dedo em seu
dedo dando total liberdade de ação para fazer o que quisesse com aquele povo.
Hamã movido com seu ódio morta por Mordecai, decreta que o todos judeus seria
mortos dia treze do mês de Adar, e mais, cada homem Persa que matasse um judeu
receberia a quantia de mil talentos de prata dos cofres públicos.
Mordecai
fica sabendo daquele Decreto de Morte dos seus compatriotas, e se não fizesse
algo muito rápido todos os judeus daquela nação seriam extintos, nem mesmo
Ester como rainha seria poupada. Mordecai faz a Rainha Ester saber também desse
holocausto judaico que estava para acontecer. Então, Ester pede para que todos
os judeus intercedessem por ela fizesse um jejum por três dias de comida e
água, pois ela entraria na presença do rei sem que fosse solicitada, mesmo
sabendo do grande risco que poderia sofrer, e mesmo que isso poderia lhe custar
sua vida, caso o rei não estendesse o cedro em sua direção, pois ninguém
poderia entrar na presença do rei seu ser convidado. Essa foi a decisão mais
correta de Ester.
Podemos
notar claramente a intervenção do Eterno em favor de seu povo nesse momento.
Alcançando a graça do rei Assuero, e ao ver Ester no pátio estende seu cetro em
sua direção permitindo que ela se aproximasse e tocasse no cajado. Então, Assuero
encantado com sua formosura e beleza lhe oferece até metade de seu reino. Ester
sabia que estava ali na presença de Assuero como uma peça principal para
denunciar as maldades de agagita Hamã. Ela havia preparado um banquete para
Assuero a qual Hamã também estava sendo
convidado, mas na verdade aquele banquete seria uma excelente ocasião para
denunciar os planos diabólicos de Hamã de acabar com todos seu povo, e também
com ela.
Hamã
sai daquele lugar irradiante por tamanha honra ao ser convidado pela rainha
Ester para um banquete tão formal. Quando ele sai do palácio real se depara com
Mordecai nas escadarias do palácio, então se enche de furor e ódio, pois
Mordecai não se curvara diante dele. Hamã se contém, pois acreditava que seu
plano de matar Mordecai e todos os judeus estava indo como planejava. Ao chegar
e sua casa Hamã desabafa seu ódio, então, é instruído por Zeres sua esposa, e levanta
uma forca em seu quintal para enforcar Mordecai. Mal sabia ele que aquela forca
serviria para o fim de sua família.
Mas
como todo planos de satanás são frustrados, os planos maquiavélicos de Hamã
começam a se voltar contra ele próprio. Naquela noite o rei Assuero não
consegue dormir, ele manda que entre o livro dos seus feitos, achando nele
escrito que Mordecai o livrara da conspiração de dois eunucos de seu reino que
planejaram a morte sua morte, porém, essa conspiração contra o rei não teve a
devida recompensa, e que nenhum beneficio foi retribuído por isso. Nesse
momento entra Hamã todo confiante que seu pedido para enforcar Mordecai fosse
aceito pelo rei. Mas, na verdade o seria uma grande satisfação para Hamã em poder
ver Mordecai enforcado, se tornou em uma situação vexatória. O rei pergunta a
Hamã o que deveria fazer ao homem a quem queria honrar. Hamã pensando que seria
tal homem lhe diz.
Vista–o
com as vestes reais, traga o cavalo que o rei monta, coloque a coroa a coroa
real, e desfila com ele nas praças apregoando: Assim se faz ao homem a quem o
rei deseja honrar!
Então
o rei disse faça você mesmo isso a Mordecai. Hamã foi obrigado a fazer como
instruiu o rei. Voltando pra casa envergonhado e arruinado. Zeres e seus amigos
lhe diz ao chegar em casa. Vejo que começaste cair diante deste judeu.
Para
Hamã só lhe restava o banquete da rainha Ester a esperança de poder ser
honrado. Porém esse banquete foi a derrota total de Hamã, Ester conta ao rei
Assuero os planos de Hamã para destruir seu povo, confessando ser ela também
judia, assim sendo também não estaria isenta da morte. O rei se retira da sala
do banquete, e ao voltar encontra a Hamã caído em cima da rainha Ester rogando
por sua vida. O rei interpreta essa cena como se Hamã estivesse tentando abusar
de Ester, então o rei manda que lhe cubra a cabeça e enforque na mesma forca
preparada para Mordecai.
Naquele
mesmo dia o anel que pertencia a Hamã é posto no dedo de Mordecai, também foi
dado aos judeus o direito de se defender dos seus inimigos, pois era impossível
revogar uma lei selada com anel do rei. Selando esse novo decreto com o anel do
rei, e enviado tal decreto a todas as cento e vinte e sete províncias do seu
reino, os judeus puderam se defender dos ataques.
Aqui
temos o grande ápice da história de Ester, Mordecai se apresenta a seu povo
vestido em honra, e as cidades explode de alegria e honra.
Assim,
foram os judeus que feriram seu inimigos com auxilio dos homens do rei Assuero
sob o comando de Mordecai. Quinhentos homens foram mortos, e todos da família
de Hamã destruídos no mesmo dia na mesma forca que havia sido destinada a
Mordecai.
Por
issi todos os judeus comemoram ate o dia de hoje a festa do Purim. . No dia
treze do mês de Adar, os judeus mataram cinco mil homens, e no dia quatorze
descansaram e fizeram festa e banquete de alegria. Mordecai escreve novo
decreto que se comemorassem todos os anos no dia quatorze e quinze de Adar.
Purim
então significa sossego dos inimigos, o mês que mudou de tristeza para alegria,
de luto para festa. Hamã o agagita tinha lançado o Pur (sorte) para assolar e
destruir os judeus, mas, tendo Ester ido perante o rei, a sentença foi mudada.
Assim, esse dia seria lembrado de geração em geração, e o Purim jamais
caducaria.
Desta
forma, o judeu Mordecai foi o segundo depois do rei Assuero, grande para os
gentios, e estimado pela multidão de irmãos, trabalhando pela prosperidade de
seu povo.