segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020


FESTA DO PURIM

Embora o Purim não seja uma das festas fixas estabelecidas pelo Eterno para a Nação de Israel, é uma festa que é celebrada com muitas alegria, musicas e danças. Ela é celebrada todos os anos no dia quatorze do mês de Adar. O mês lunar de Adar segundo o calendário Redentivo (bíblico/religioso) é o décimo segundo mês do ano. Porém no calendário civil é o quinto mês. Esse mês judaico corresponde aos meses de Fevereiro e Março segundo nosso calendário Gregoriano, exceto quando for bissexto, então estará entre Março e Abril.

RESUMO DA HISTORIA

Esta festa bíblica foi realizada pela primeira vez no período do Império Persa no quarto século antes da nossa era cristão. O Imperador era (Achashverosh) Assuero, e reinou em cento e vinte e sete províncias, desde da Índia até á Etiópia. O período em que reinou foi de 486 a 465 a.C, e a cidade onde estava erigido seu trono nesse período era a cidade de Susã.

Assuero é filho do Imperador Dario, aquele que liberou o povo judeu para voltar para sua terra natal e restaurar os muros e o templo do Eterno. Porém muitos judeus preferiram continuar morando naquela região, pois já estavam estabelecidos com suas famílias e negócios. Esses são os chamados Judeus da Diáspora, ou seja, os remanescentes que não regressaram para Jerusalém.  

A bíblia nos conta que no terceiro ano do reinado de Assuero foi oferecido um banquete aos príncipes e nobres de seu império que durou seis meses, banquete esse regado a muito vinho e comida da melhor qualidade.  Passado alguns dias Assuero resolve dar outra festa, dessa vez, toda cidade fora convidada. Sendo que a intensidade desta festa fora muito menor que a primeira, e mesmo que teve duração apenas sete dia, a qualidade da bebida e da comida foi a melhor possível. Houve muita ostentação, o salão real que fora utilizado para o evento era revestido com muito ouro, tecido de linho, mármore e pedras preciosas, além da quantidade de comida e bebida ser exorbitante, os utensílios utilizado era de ouro e prata. A intenção de Assuero era mostrar sua gloria e poder ao seu povo. No quinto dia da festa o rei Assuero envolvido pelo vinho em abundancia exige que Vasti sua rainha seja introduzida a festa, expondo seu corpo nu, e dançasse para aqueles homens bêbados. Esta por sua vez recusa o pedido do rei Assuero, pois a mesma também estava dando uma festa para suas mulheres do reino Persa. Neste momento, o rei Assuero seguindo o conselho de seus sábios cria uma lei que nunca mais Vasti pudesse se apresentar diante do rei, e que seu reino fosse dado a outra mulher melhor do que ela.

Passado a euforia das festas, Assuero lembra-se de Vasti com saudades. Seus sábios orienta o rei fazer um concurso de beleza com as mais belas virgens da cidade de Susã. Então seria selecionada de todas as virgens inscritas a mais bela, e essa, a escolhida que caísse no agrado do rei seria instituída da nova rainha no lugar da renegada Vasti.

Naquela cidade havia um judeu da Tribo de Benjamim chamado Mordecai, esse fora levado para Babilônia por Nabucodonosor. Mordecai criou Hadassa sua sobrinha depois da morte de seus pais como sua própria filha. E incentivou a Hadassa a participar desse concurso de beleza. E passado o tempo determinado pelo rei Hadassa é apresentada ao rei Assuero, a qual a amou muito, e caindo na graça do rei Assuero foi eleita a nova rainha de seu reinado. Interessante ressaltar que, instruída por Mordecai, Hadassa não declara para Assuero sua linhagem.

É nesse momento que Hamã é levantado pelo rei Assuero acima de todos os príncipes. Esse homem se auto elevou a uma prepotência espantosa, e quando ele passava exigia que todos se curvassem diante dele. Mordecai porem não se curvava, e sua ira se ascendeu sobremaneira contra os judeus. Então Hamã convence Assuero instituir o Pur, que significa sorte. Hamã convence o rei Assuero que todos os judeus deveriam ser mortos todos no mesmo dia, dia esse escolhido pelo asqueroso Hamã treze de Adar, Assuero é levado a crer que o extermínio desses judeus era necessário, afinal e lei deles eram diferentes a dos Persas, eles não eram fieis as leis estabelecidas pelo rei. Assuero concorda com o conselho de Hamã, tira seu anel e da e coloca no dedo em seu dedo dando total liberdade de ação para fazer o que quisesse com aquele povo. Hamã movido com seu ódio morta por Mordecai, decreta que o todos judeus seria mortos dia treze do mês de Adar, e mais, cada homem Persa que matasse um judeu receberia a quantia de mil talentos de prata dos cofres públicos.

Mordecai fica sabendo daquele Decreto de Morte dos seus compatriotas, e se não fizesse algo muito rápido todos os judeus daquela nação seriam extintos, nem mesmo Ester como rainha seria poupada. Mordecai faz a Rainha Ester saber também desse holocausto judaico que estava para acontecer. Então, Ester pede para que todos os judeus intercedessem por ela fizesse um jejum por três dias de comida e água, pois ela entraria na presença do rei sem que fosse solicitada, mesmo sabendo do grande risco que poderia sofrer, e mesmo que isso poderia lhe custar sua vida, caso o rei não estendesse o cedro em sua direção, pois ninguém poderia entrar na presença do rei seu ser convidado. Essa foi a decisão mais correta de Ester.

Podemos notar claramente a intervenção do Eterno em favor de seu povo nesse momento. Alcançando a graça do rei Assuero, e ao ver Ester no pátio estende seu cetro em sua direção permitindo que ela se aproximasse e tocasse no cajado. Então, Assuero encantado com sua formosura e beleza lhe oferece até metade de seu reino. Ester sabia que estava ali na presença de Assuero como uma peça principal para denunciar as maldades de agagita Hamã. Ela havia preparado um banquete para Assuero a qual  Hamã também estava sendo convidado, mas na verdade aquele banquete seria uma excelente ocasião para denunciar os planos diabólicos de Hamã de acabar com todos seu povo, e também com ela.               

Hamã sai daquele lugar irradiante por tamanha honra ao ser convidado pela rainha Ester para um banquete tão formal. Quando ele sai do palácio real se depara com Mordecai nas escadarias do palácio, então se enche de furor e ódio, pois Mordecai não se curvara diante dele. Hamã se contém, pois acreditava que seu plano de matar Mordecai e todos os judeus estava indo como planejava. Ao chegar e sua casa Hamã desabafa seu ódio, então, é instruído por Zeres sua esposa, e levanta uma forca em seu quintal para enforcar Mordecai. Mal sabia ele que aquela forca serviria para o fim de sua família.  
     
Mas como todo planos de satanás são frustrados, os planos maquiavélicos de Hamã começam a se voltar contra ele próprio. Naquela noite o rei Assuero não consegue dormir, ele manda que entre o livro dos seus feitos, achando nele escrito que Mordecai o livrara da conspiração de dois eunucos de seu reino que planejaram a morte sua morte, porém, essa conspiração contra o rei não teve a devida recompensa, e que nenhum beneficio foi retribuído por isso. Nesse momento entra Hamã todo confiante que seu pedido para enforcar Mordecai fosse aceito pelo rei. Mas, na verdade o seria uma grande satisfação para Hamã em poder ver Mordecai enforcado, se tornou em uma situação vexatória. O rei pergunta a Hamã o que deveria fazer ao homem a quem queria honrar. Hamã pensando que seria tal homem lhe diz.

Vista–o com as vestes reais, traga o cavalo que o rei monta, coloque a coroa a coroa real, e desfila com ele nas praças apregoando: Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar!

Então o rei disse faça você mesmo isso a Mordecai. Hamã foi obrigado a fazer como instruiu o rei. Voltando pra casa envergonhado e arruinado. Zeres e seus amigos lhe diz ao chegar em casa. Vejo que começaste cair diante deste judeu.

Para Hamã só lhe restava o banquete da rainha Ester a esperança de poder ser honrado. Porém esse banquete foi a derrota total de Hamã, Ester conta ao rei Assuero os planos de Hamã para destruir seu povo, confessando ser ela também judia, assim sendo também não estaria isenta da morte. O rei se retira da sala do banquete, e ao voltar encontra a Hamã caído em cima da rainha Ester rogando por sua vida. O rei interpreta essa cena como se Hamã estivesse tentando abusar de Ester, então o rei manda que lhe cubra a cabeça e enforque na mesma forca preparada para Mordecai.

Naquele mesmo dia o anel que pertencia a Hamã é posto no dedo de Mordecai, também foi dado aos judeus o direito de se defender dos seus inimigos, pois era impossível revogar uma lei selada com anel do rei. Selando esse novo decreto com o anel do rei, e enviado tal decreto a todas as cento e vinte e sete províncias do seu reino, os judeus puderam se defender dos ataques.

Aqui temos o grande ápice da história de Ester, Mordecai se apresenta a seu povo vestido em honra, e as cidades explode de alegria e honra.

Assim, foram os judeus que feriram seu inimigos com auxilio dos homens do rei Assuero sob o comando de Mordecai. Quinhentos homens foram mortos, e todos da família de Hamã destruídos no mesmo dia na mesma forca que havia sido destinada a Mordecai.

Por issi todos os judeus comemoram ate o dia de hoje a festa do Purim. . No dia treze do mês de Adar, os judeus mataram cinco mil homens, e no dia quatorze descansaram e fizeram festa e banquete de alegria. Mordecai escreve novo decreto que se comemorassem todos os anos no dia quatorze e quinze de Adar.

Purim então significa sossego dos inimigos, o mês que mudou de tristeza para alegria, de luto para festa. Hamã o agagita tinha lançado o Pur (sorte) para assolar e destruir os judeus, mas, tendo Ester ido perante o rei, a sentença foi mudada. Assim, esse dia seria lembrado de geração em geração, e o Purim jamais caducaria.

Desta forma, o judeu Mordecai foi o segundo depois do rei Assuero, grande para os gentios, e estimado pela multidão de irmãos, trabalhando pela prosperidade de seu povo.