terça-feira, 20 de junho de 2017

PRIMEIRA PRAGA DO EGITO AS ÁGUAS TORNAM-SE SANGUE – (Êxodo 7. 14 a 25)




PRIMEIRA PRAGA DO EGITO

AS ÁGUAS TORNAM-SE SANGUE – (Êxodo 7. 14 a 25)

TEXTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO

O impacto dessa praga era convencer Israel da obrigação e privilegio de deixar-se guiar por Yahweh, obedecer a Ele, e crescer nas provisões da aliança, para o próprio bem deles, e não meramente para a glória de Deus.

Yahweh estava exercendo sobre os egípcios a pressão necessária para garantir a soltura de Israel. O poder de Yahweh ficou demonstrado sobre ou deuses egípcios, próprio Nilo que era considerado uma divindade, Aspis o deus das águas e Khnrum, deus carneiro, era guardião do Nilo. Essa gloria e reputação universal, que serviram de degrau para universalização do Yahwismo, um acontecimento necessário na preparação para a dispensação do Novo Testamento.

Êxodo 7.14 – O coração de Faraó está obstinado – Faraó iria começar a colher o que tinha semeado – Gálatas 6. 7 – “Não vos enganeis, de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isto também ceifará

O homem recebe por aquilo que tiver feito, tanto de bom quanto de mal. Existe certos aspectos da verdade, nesta idéia, que tem sido negligenciado pelos cristãos. Geralmente não compreendem que um pecado cometido, embora perdoado pelo Senhor, tem efeitos daninhos. Isto se deu na vida de Davi, o qual, apesar de perdoado, viu muitas tristezas e tribulações que resultaram das conseqüências posteriores ao seu pecado. Não podemos deixar de falar, que uma vez o pecado confessado, é pecado perdoado. Ele não tem poder de condenar o cristão a perdição. Suas obras serão queimadas, e ele mesmo que sofra perdas, será salvo. – Leia Salmo 51 e I João 1. 5 a 10.

Deus havia avisado a Moisés que endureceria o coração de Faraó, e se recusaria deixar Israel sair do Egito.

Faraó estava com seu coração obstinado, e sua vida totalmente entregue ao designo de satanás, portanto, começaria a colher toda a maldade que havia semeado entre o povo de Deus. (Lei moral da colheita segundo a semeadura).

No capítulo 4.21 de Êxodo, está relatado sobre o duro coroação de Faraó, que resistiu tantos desafios de Moisés. O fato de que Deus endureceu o coração de Faraó, foi também o exercício da própria vontade livre dele. Não sabemos como isso pode ter acontecido. Judas Iscariote estava destinado a trair a Jesus; mas isso Judas fez de livre e espontânea vontade, por causa da sua perversidade interior e de seu coração corrupto. Como esse dois fatores interagem, não podemos determinar.

A dureza do coração de Faraó é atribuída a Deus – Êxodo 4,21; 7.3; 9.12; 10.1,20 e 27; 14. 4 e 8. É também atribuída ao próprio Faraó – Êxodo 8. 15,32; 9.34. é também atribuída ao próprio coração do rei – Êxodo 7.13,22 e 9.7,35.

Êxodo 7.15 – Saíra as águas – Aqui não se trata de um passeio matinal, mas de uma cerimônia, anual, a qual Faraó abençoava a enchente do Nilo, ano após ano, o que trazia fertilidade e prosperidade a nação. Aquele intervenção de Faraó era tão importante e verdadeira para os Egípcios, quanto pregação de Jesus em João 7.37 a 39 e João 4.10 a 14.

O Nilo além de ser o lugar onde os egípcios se banhavam, era local onde se realizava as cerimônias religiosas. A praga ocorreu no período em que o Nilo estava em cheia, o que era importante para sobrevivência do Egito. A linha de vida do Egito de súbito, tornou-se uma linha de morte.  

Para muitos o Nilo era considerado uma divindade, e o deus Nilo foi humilhado diante dos olhos do rei.

As águas do Rio Nilo ficaram poluídas. Não podemos nos esquecer das atrocidades cometidas pelos egípcios, que por ordem de Faraó jogaram as crianças hebréias nas águas daquele rio. Agora o rio se revoltava espalhando destruição pelo Egito inteiro.

A primeira praga foi a que durou mais tempo, sete dias (Versículo 25), porém não provocou tanta destruição como as que seguiram. Das dez pragas que caiu sobre o Egito, esta é a única que nos é informado o tempo de duração.      
     
Êxodo 7.16 – O Deus dos hebreus – Faraó estava prestes a conhecer o poder do Deus de Israel. O “Eu Sou” tinha entrado em ação, estava prestes a atingir o deus Nilo diante dos olhos de Faraó. Embora Faraó nunca tivesse ouvir fala de Yahweh, encontrar-se-ia face a face com Ele.

Deixa meu povo ir – Esse é o tema central bem como grito de guerra do livro de Êxodo (Ex. 4.22 e 23). A libertação do filho primogênito de Deus poderia ter salvo os primogênitos de Egito. Faraó mediu exageradamente seu poder e subestimou a Deus de Israel. Assim, reteve os primogênitos de Deus no cativeiro, e, por esse motivo, perdeu seus próprios primogênitos. Êxodo 11. 5 e 12. 12. 29 a 34   

Para que me sirva no deserto – Os filhos de Israel deveriam ser libertos da escravidão, isso com o propósito a saber,promover culto a Yahweh, e tornar Seu nome conhecido, e Seu poder entre todas as nações.

Êxodo 7.17 – Eu sou o Senhor – Deus era poderoso para derrotar o deus do Nilo, e todos os deuses falsos do Egito. Em  Êxodo 3.14 “Eu sou o que sou”

Apocalipse 1.4 e 8 – está escrito: - “... da parte daquele que é, que era e que há de vir ...”

É indiscutível que este nome está alicerçado sobre o verbo ser. Dando a entender a vida independente ou necessária de Deus, em contraste com todos os seres criados que é derivada e dependente. Deus é o que exatamente o Ele é, o Poder Supremo, Imutável. – Isaias 44.  – “Eu sou ... além de mim não há Deus” – Temos aqui uma poderosa declaração contrária ao Politeísmo ou Panteísmo.

Águas do rio se tornarão em sangue – O juízo de Deus foi derramado no rio, e o mesmo ocorreu com todas as fontes, poços, vasos que continham água potável. Versículo 19.

Explicação Natural – O Rio Nilo assume uma coloração avermelhada quando suas águas estavam no seu nível máximo, por causa das partículas vermelhas de barro ou por minúsculos organismos que tomavam conta do rio nesta ocasiões. Essa explicação é inteiramente tola, isso não serviria de sinal para impressionar Faraó, nem pressionaria a coisa alguma.  

Contraste com Jesus – O milagre efetuado por Moisés foi destrutivo. O milagre de Jesus, de transformar água em sangue, foi benéfico para todos. (João 2). Mas ambos os prodígios serviram aos propósitos de Deus.

Êxodo 7.18 – Os peixes morrerão – Os peixes não sobreviveram, nem os homens ousavam beber as águas do rio, que se avermelharam ao chegar ele no nível máximo. Até hoje quando se refere ao Nilo são usadas as palavras “águas vermelhas”, mas nem por isso ficam poluídas, a pontos de matar os peixes. Não se tem informações que o rio ficava poluído por causas naturais.

Pela segunda vez o poder de Yahweh venceu o poder dos mágicos egípcios. A serpente de Aarão tinha comido as serpentes do mágicos, agora o fenômeno do Rio Nilo não podia ser produzido pelo repertório dos truques dos mágicos do Egito. Contudo eles imitaram o fenômeno, mas nada tão vasto como a poluição de um rio inteiro.

As águas cheirarão mal – Aquelas águas ficaram totalmente tóxica, a ponto der impossível ser consumida por homens ou animais. Os peixes entraram em estado de decomposição contaminando totalmente aquele rio que até então era considerado como santuário.
     
Terão nojo – O rio tão adorado logo se tornou abjeto de nojo, todos que olhavam para aquelas águas que até aquele momento eram consideradas sagradas, não podiam acreditar que elas se tornaram tão repugnantes e impossível de ser consumida de uma hora para outra. Pois nada neste mundo tem valor sem a benção de Deus.

Êxodo 7.19 – Toma a tua vara – Podemos observar que a maioria das pragas do Egito ouve o uso da vara que Moisés e Aarão carregavam em suas mãos. – na primeira – água se torna em sangue / na segunda –  rãs / na terceira – piolhos / na sétima –  saraiva / na oitava –  gafanhotos / na nona –  trevas.

Estende as mãos sobre as águas do Egito – Neste ponto o escritor sagrado relata que não apenas as águas do Rio Nilo foram contaminadas, o poder de Yahweh alcançou lagos, rios, cisternas e até potes com água dentro das casas. O milagre foi realmente grandioso. Não tem como ter ocorrido um fenômeno natural, pois não foram apenas as águas do Nilo que ficaram avermelhadas como muitos pensam, e sim toda água do Egito, até os vasos guardado nos lares também sentiram o efeito do milagre.

Encontramos algo similar e Apocalipse 8. 8,9 e 16. 3 a 6 – Nestas passagens vemos que a terça parte da terá e do ar foram transformados em sangue, e somente a terça parte da vida marinha pereceu. O mar tornar-se-á como a sangue de um morto, imundo e coagulado, impossibilitando a vida no mesmo. Foi essa a primeira praga que atingiu o Egito, mas no fim do mundo será atingido o mar, que cobre a maior parte da superfície da terra, Deus que o criou agora transforma-o em sangue como um cadáver que faz em seu próprio sangue coagulado. Por isso trilhões de criaturas marinhas irão perecer, flutuarão a sua superfície, como testemunhas apodrecidas da iniqüidade dos homens.    

O texto não diz onde os mágicos encontraram água para duplicar o milagre. (mesmo que em minúsculas porções – Versículo 22). Fosse como fosse, o que eles realizaram foi insignificante diante da operação de maravilhas feitas por Yahweh.

O Egito não dispõem de água corrente, salvo as águas do Nilo e seus afluentes, e qualquer outra água tem que ser obtida nos poços ou fontes.

Êxodo 7.20 – Fizeram Moisés e Aarão como o Senhor havia determinado – No versículo dezessete a praga foi pronunciada, e agora posta em execução segundo a ordem divina. O motivo do milagre era ensinar os líderes civis de Egito a respeitarem ao Deus verdadeira, ao invés dos deuses de mentira.      

Levantando a vara – Esses prodígios atacavam os deuses e deusas específicos do Egito, de modo geral, o politeísmo.

Em primeiro lugar o próprio Nilo era considerado uma divindade. Além do “Hapi ou Áspis” era o deus boi, aquele associado bem perto ao Nilo. E o “Khnrum”, deus carneiro, era  guardião do Nilo.

Àspis ou Hapi – Era uma divindade da mitologia egípcia que personificava as águas do Rio Nilo durante a inundação anual a que o Antigo Egito estava sujeito entre meados de Julho e Outubro. Hapi não tinha templos a si dedicados, mas era associado a primeira catarata do Nilo, apesar disso o deus era popular e venerado por todo Egito. 

Ápis na Antiga religião egípcia, é a personificação da terra. O Morto-vivo (Osiris), encarnou um touro branco sagrado. Era o touro de Menfis, simbolicamente representado como um touro negro com um triangulo branco na testa.

Hapi era representado como homem com ventre proeminente e seios, que veste a cinta dos pescadores e barqueiros. Na sua cabeça tinha o Lotús e o papiro ou segurava estas plantas nas mãos. Sua pele poderia ser pintada de azul ou verde, duas cores associadas entre os egípcios a fertilidade. Era também representado segurando um jarro derramando água ou a levar a mesa bandejas com alimentos.

Hapi era conhecido com o pai dos deuses, estava associado ao deus “Osíris”, outra divindade relacionada com a fecundidade. Enquanto Hapi representava as águas do Nilo, Osíris era a força fertilizante destas águas. Sua esposa era a deusa “Sekhmet”. Havia outros deuses relacionado a Hapi são eles: Ísis, cujas lágrimas eram vistas como a causa da inundação do Nilo e Khnum e estava ligado as cataratas do Nilo.
 

Êxodo 7.21 – O rio cheirou mal – É provável que os egípcios pensassem que os poderes malignos poderiam vencer o bem, através de fé em suas falsas divindades.

A primeira praga atacou as água, símbolo da vida e vital para todo ser humano. A vitalidade do Egito avia recebido um duro golpe, era uma situação de emergência e calamidade.

Osíris, outro deus atacado, o deus da terra, dependia de águas limpas e de bom suprimento. Osíris ou Ausar outro deus da mitologia egípcia, associado a vegetação e a vida além.

Sua esposa era Ísis e pais de Horus, era ele que julgava os mortos na “sala das duas verdades”, decidindo quem deveria ir pra o paraíso (lugar onde só há fartura). Sem duvida era o deus mais conhecido do Antigo Egito, devido ao grande número de templos dedicado por todo país.

Várias apresentações referente ao seu nome tem sido apresentada, entre elas Isaac Newton diz significar “Lamento Egípcio”ele identifica-o como Faraó “Sesac ou Sesóstris” um grande conquistador que reinou entre 1002 a 956 a.C, outros dizem ser “Aquele que ocupa um trono”, contudo o significado ais considerável “O Poderoso”, deus do sol.

A localização onde Osíris começou ser adorado com deus seria na cidade de Busíris, nome que significa “Lugar de Osíris ou Domínio de Osíris”, região central do Delta do Nilo. Diz a lenda que Osíris substituiu um deus local de nome “Andjeti” tendo herdados suas insígnias. Nesta cidade Osíris sua função era apenas garantir uma boa colheita, personificando o ciclo da vegetação e as águas do Nilo.

Sua representação mais comum correspondia a de um homem mumificado com barba postiça, com braços cruzados sob o peito. Nas mão um cajado e na cabeça uma coroa branca com duas plumas de avestruz, ou no lugar das penas, uma serpente. A cor do ídolo, poderia ser verde, que representava fertilidade ou preta referente ao renascimento. Raramente era apresentado em forma de animal, quando se verificava o deus poderia surgir como um touro negro, um crocodilo ou grande peixe.

Êxodo 7.22 – Os magos do Egito também fizeram o mesmo – O autor sacro não revela como eles acharam águas para a experiência nem o ponto se reveste de importância, exceto para os céticos.

Talvez o versículo vinte e quatro deste capítulo tenha uma boa resposta, as cisternas cavadas pelos egípcios. Os magos encontraram uma pequena porção de água, e a transformaram em sangue, mediante o poder satânico, ou algum truque, para que parecessem sangue. Os magos não tinham poder para sanar a praga e só copiá-la, aumentando-a ainda mais o problema. Mesmo assim, o coração endurecido de Faraó inclinava-se a crer em mentira e amá-la.

Os magos não tinham poder para sanar a praga e só copiá-la. Satanás se infiltra nas religiões se fazendo passar por anjo de luz, se auto qualificando com poderes de resolver os problemas da humanidade.  

Qualquer sinal de religião falsificada é desculpa suficiente para os ímpios recusarem a verdade. 

II Timóteo 4.3 – “Pois haverá tempos em que não suportarão a sã doutrina, pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundos suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos

Apocalipse – 22.15 – “Fica fora os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama a mentira

I João 2.21 – “Não vos escrevi porque saibais a verdade; antes, porque a sabeis, e porque a mentira alguma procede da verdade

Êxodo 7.23 – Faraó virou-se e foi para casa – Faraó, aparentemente indiferente para o grande milagre que acabara de presenciar, voltou para sua casa como se nada tivesse acontecido, com o coração duro como sempre.

Aqueles que são convencidos contra sua vontade, continuam com a mesma opinião.

Êxodo 7.24 – Todos os egípcios cavaram – Todos os egípcios cavaram, poços e cisternas, foi essa a única medida salvadora.

O julgamento de Deu, junto com sua misericórdia, havia deixado intactas as camadas freáticas. Pelo menos esses depósitos subterrâneos não foram atingidos pela prega. Os deuses egípcios tinham falhado; mas o povo egípcio tinha uma válvula de escape, cavar poços.      

È maravilhoso ver o grande livramento que Deus sempre tem para seu povo, a bíblia é enfática em dizer que toda água do Egito se tornou sangue, porém essa praga não atingiu a terra de Gosén, onde estava os Israelitas. Não lemos que os israelitas tiveram que cavar para obter água, ao passo que os egípcios se quisessem beber um copo de água tinha que cavar para encontrá-la.

João 4.14 – “Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede ....

Êxodo 7.25 – Se passaram sete dias – Esse versículo serve de introdução para o capítulo oito. Aqui é introduzida a informação de que, após o milagre da poluição das águas, dentro de sete dias, Moisés recebeu instrução para voltar a Faraó e fazer novo protesto. É provável que as águas foram livradas da poluição, embora o texto sagrado não esclareça isso. A primeira praga só cessou ao fim de abri espaço para a segunda, que veio logo em seguida.

Conclusão – Esse capítulo nos ensina sobre o poder soberano de Deus, e sobre a seu direito de exigir obediência humana. Aqui podemos ver as punições se acumulando, à medida que o ser humano resiste às mensagens de Deus. Lemos da falsas religiões que tentam imitar a verdade para conquistar os fieis, e separá-los das verdades absolutas de Deus.

II Coríntios 4.4 – “Nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.

Mateus 24.24 – “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.”   

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FONTES DESTE ESTUDO

Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – R.N.Champlin
Bíblia Shedd – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada
Wikepédia – wikepedia.org

Pastor – Paulo Sergio Sandrim
facebook – Paulo Sergio Sandrim
Celular – 98306-7709 (WhatApp - Vivo)